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Ponto de Partida

Esteja você na direita ou na esquerda, comece por aqui. Pedro Doria explica didaticamente o início, o fim e o meio da política nacional.

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Rui contra Haddad

Existe um conflito aberto no interior do governo Lula: é entre o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o da Fazenda, Fernando Haddad. Há duas semanas, por exemplo, Haddad soube da demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, pelos jornais. E a Petrobras é a maior companhia do Brasil. O cara responsável pela economia sequer foi informado de que Prates estava a caminho do Planalto pra ser demitido.

Quantas pessoas cabem na Paulista?

No ano passado, a Parada LGBTQIA+ levou, para a avenida Paulista, três milhões de pessoas. Na edição anterior, 2022, quando estava para acontecer a eleição presidencial, foram quatro milhões de pessoas. Este ano, não. Este ano foi diferente. Setenta e três mil e seiscentas pessoas no momento de pico, lá por volta das quatro da tarde.

Por que não biodiesel?

Existe um caminho para um Brasil movido a biodiesel e etanol. E ninguém tem a tecnologia pronta como nós. Ainda: a estratégia de tratar toda a direita como ilegítima é, por si, um abandono da democracia.

O que a Petrobras ensina sobre Lula

Eu sei: críticas ao governo Lula irritam. Sou chamado de bolsonarista a toda hora por conta delas. Paciência. É um governo que está muito longe de levar o Brasil para onde precisamos ir. É verdade que muito disso não é culpa de Lula ou do Planalto, é de um Congresso Nacional conservador que foi sequestrado pela minoria reacionária que está lá dentro. Mas não temos uma política de educação nem para o ensino fundamental, nem para o ensino médio. E isso não é culpa do Congresso, é culpa de uma divisão que existe dentro da esquerda. A política de energia é um desastre. A gente precisa falar, com clareza, a respeito do que está ocorrendo na Petrobras. Mas também sobre o Minha Casa, Minha Vida. Se você junta o Minha Casa com a Petrobras, aprende muito sobre a visão de Brasil que o governo emana. E ela está com os calcanhares firmes, postos no século 20.

Tolerar intolerantes?

Vamos falar de Paradoxo da Tolerância? Sabe o que é, Bolsonaro já não é presidente faz um ano e meio e a gente continua lendo, nas redes, aqueles slogans que se repetem. Não se tolera os intolerantes. Se há dez pessoas numa mesa, um nazista senta e ninguém se levanta, então existem onze nazistas à mesa. Em geral essa vem afirmando que a frase é um ditado alemão. Ou então, claro, tem aquela do quadrinho do Karl Popper, com um Hitler e uns nazistas, explicando o Paradoxo da Tolerância. E tudo muito bacana, mas o que é que essas pessoas estão realmente dizendo? Está se consolidando uma convicção, em parte da esquerda brasileira, de que toda direita é bolsonarista. De que toda direita é intolerante. De que, portanto, nenhuma candidatura de direita a nenhum cargo é por natureza democrática. Olha, quem pensa desse jeito não entendeu o Popper.

“Você era mais isento!”

Por que falar tanto de Bolsonaro? Como assim Moro não abusou? E, naturalmente, uma conversa importante sobre como o Brasil deve se adaptar ao tempo da inteligência artificial. (Dica: já deveria ter começado.)

O que os políticos não veem na IA

Vamos falar de inteligência artificial? Olha, tem tudo a ver com política. Tem uma frase que tenho repetido recorrentemente por aqui. As duas pautas mais importantes para as sociedades, hoje, são regulação das plataformas digitais e mudanças climáticas. E ambas são pautas que os governos têm evitado de encarar. Por quê? Por conta da crise democrática pela qual o Brasil, e o mundo, vivem. E as coisas estão atreladas, tá?

Bolsonaro vs Lula, 2026

E se a eleição presidencial de 2026 for uma reedição de Lula contra Bolsonaro?

A crítica correta e a incorreta a Leite

Existem muitos motivos para se criticar o governador gaúcho, assim como o governo federal. Mas é preciso também compreender o contexto humano e político para criticar os erros de política pública e os de gestão, e descontar o que é desinformação, descontextualização e pura exaustão.

Falta gestão na crise do Sul

Entre junho e outubro de 2022, o Paquistão enfrentou uma série de enchentes violentas causadas pelo encontro de geleiras derrentendo nas montanhas e as monções. Foi um cenário muito pior do que o do Rio Grande do Sul, matou quase duas mil pessoas, ficaram mais de dois milhões desabrigados. Não tem nenhuma lição de moral aí, não. É só essa constatação meio triste de que o mundo está mudando, o clima do mundo está sendo transformado. E, ainda assim, vai ter uma penca de pessoas aqui na caixa de comentários dizendo que as mudanças climáticas são um engodo. Dá um desânimo, sabe? É importante a gente ter a escala do problema.

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