O PT não é democrático
Quem estuda democracia e os chefes de Estado da região reconhecem que o governo Nicolas Maduro cometeu a maior fraude eleitoral da história moderna da América Latina. Quem acha que está tudo normal, que tudo foi honesto, é o PT. Eles deixaram de entender alguma coisa? Não. Só não acham que democracia é importante se a esquerda está por cima.
Vamos ver quem é democrata, agora
Vamos falar com clareza, aqui. Não é só que a eleição na Venezuela foi fraudada, e foi fraudada. O que está em curso em Caracas tem nome. É um golpe de Estado. Tem gente dizendo algumas coisas nas redes sociais. Uma, que não dá para chamar a Venezuela de ditadura. Outra, que não dá para afirmar que houve fraude. Dá para fazer as duas afirmações com tranquilidade e com base naquilo que é de conhecimento de todos.
Você, o que sabe de inteligência artificial?
A gente está preparando um produto bem bacana, tanto simples quanto denso, com tudo o que você precisa para ter uma conversa inteligente sobre IA. Ainda nesta edição: e não é justo cobrar mais impostos de ricos? E como dá para afirmar que não foram orquestrados os memes contra Haddad? É democrático?
Os memes do Haddad
A gente não pode tirar férias, né? Uma semana só. Não é pedir muito. Primeira vez desde que o Meio começou. Aí o presidente dos Estados Unidos desiste de ser candidato. Primeira vez que acontece isso desde 1968. Tipo: eu não era nem nascido. Não dá. E nesse bando de notícia que ocorreu desde a quarta passada, acho que a mais importante pra gente discutir são os memes do Haddad. Ou Taxad. Sabe por quê? Porque a imprensa errou muito feio na cobertura.
Ainda bem que Trump sobreviveu
Ainda bem que Donald Trump não morreu. Foi por muito pouco. Sim, tem um monte de piada na internet, e piada é livre. Mas, olha, a ideia que move a maioria dos movimentos extremistas de direita é que existe um deep state, um Estado profundo, uma estrutura, um grupo de pessoas que realmente manda em um país, que se sobrepõe ao povo, e que opera para que o desejo do povo não seja jamais alcançado.
Por que a direita faz sentido
Uma das principais lições que fica desta semana de eleições e pesquisas, para quem prestou atenção, é que existem razões para além do fanatismo para pessoas, principalmente homens, principalmente os menos educados, principalmente os mais pobres, abraçarem a direita. A esquerda que perde a capacidade de falar com eles perde esse eleitorado. A esquerda que é capaz de conversar, não. Ela pode, até, ganhar eleições. Mas, para isso, é preciso respeitar as pessoas.
Pobre que vota na direita
Vocês devem ter visto a pesquisa DataFolha que saiu sobre a eleição municipal em São Paulo, na semana passada. No final de junho teve uma parecida, da Quaest. Nada de surpreendente para quem está acompanhando a corrida. O prefeito Ricardo Nunes, do MDB, em primeiro, Guilherme Boulos do PSOL em segundo, o apresentador de tevê José Luiz Datena e o coach bolsonarista Pablo Marçal ameaçando chegar no segundo turno. Mas deixa eu chamar atenção para um ponto. Quem quer votar em Boulos? Eleitores de renda mais alta, eleitores sem religião, eleitores com maior índice de escolaridade. Quem tende a votar em Nunes? Menor renda, católicos e evangélicos, menos anos de escola.
Quem realmente ganhou na França e Reino Unido
Duas eleições muito surpreendentes aconteceram nesses últimos dias, no Reino Unido e na França. Estamos num ano eleitoral importante no mundo todo e poucas eleições têm a importância destas duas. O que aconteceu ali? Porque entender essas duas eleições também ajuda a entender essa ideia de grupos políticos democráticos e grupos políticos extremistas disputando o espaço político no Ocidente.
Censura! Censura!
Agora, explica isso melhor: por que quando é de direita é intolerável, mas a esquerda pode tudo? O que faz a direita atual tão diferente assim? E, por falar nisso, por que não defender a esquerda sempre?
Dólar e Roberto, Galípolo e Lula
Gabriel Galípolo, se for ele mesmo o próximo presidente do Banco Central, e tudo indica que será, vai ter um trabalho gigante pela frente. O trabalho maior não vai ser o de cuidar de política monetária, garantir que a inflação esteja na meta, produzir sistemas como o PIX e DREX ou ter certeza de que os bancos estão funcionando direito. Essas coisas todas são muito importantes, deveriam ser o foco essencial de todo banqueiro central, só que no caso do Brasil não basta. É preciso institucionalizar o Banco Central. Criar algo que Roberto Campos Neto não deu conta de criar: o jeito de se conduzir no cargo. E isso abre um flanco de críticas que vai muito além do trabalho técnico muito competente que o BC vem executado.