Meio

Luiz Henrique Mandetta deu um banho de política no presidente da República. Agora, Bolsonaro tem um problema nas mãos. Porque, não importa o que ele decida, em suas muitas coletivas o ministro que defende o isolamento social deixou claro quem está de que lado nesta disputa. O relógio está girando. Quando o número de casos explodir, a população lembrará quem foi que atrapalhou Mandetta.

O Brasil fecha a semana com uma democracia forte. Pode parecer uma afirmação descolada da realidade. Afinal, há um autoritário na presidência e um conflito institucional em curso. Mas é justamente nestes momentos de teste que percebemos o quanto uma democracia aguenta. Os tempos são difíceis. Esta semana, porém, ao menos isso podemos dizer: as instituições funcionaram, afirma o editor Pedro Doria.

Na semana em que o Golpe de 1964 faz 56 anos, não custa lembrar o que houve entre 31 de março e 2 de abril daquele ano. Porque lembrando fica óbvio que democracia funciona. Ditadura, não.

Há políticos capazes de inspirar um país. Há os capazes de costuras entre grupos antagônicos por um acordo. Há, ainda, os que se especializam no detalhe técnico das políticas públicas. E há Jair Bolsonaro, que não tem nenhuma das três qualidades num momento que todas são necessárias.

Há políticos capazes de inspirar um país. Há os capazes de costuras entre grupos antagônicos por um acordo. Há, ainda, os que se especializam no detalhe técnico das políticas públicas. E há Jair Bolsonaro, que não tem nenhuma das três qualidades num momento que todas são necessárias.

A partir dos panelaços, e com a crise do coronavírus, o cenário de desgaste que pode levar ao impedimento de Jair Bolsonaro se forma. Seria o terceiro impeachment em 30 anos. Pois é: precisamos conversar sobre o que está errado em nossa democracia, comenta o editor Pedro Doria.

O que fazemos quando o presidente da República passa seus dias atacando o regime democrático? Em algum momento será preciso que a sociedade se posicione. É à população que pertence a democracia. Quem dá o limite do aceitável?

Os democratas limitaram suas escolhas a dois candidatos. Representam, ambos, perfis muito diferentes. Entre o centro e a esquerda, quem tem a melhor fórmula para enfrentar a nova direita? O editor Pedro Doria avalia os dois caminhos.

Não existe outro termo para descrever uma convocação popular insuflada por um presidente da República contra o Congresso Nacional. Algo do tipo não acontece em nenhuma democracia madura. Mas acontece na Venezuela. O editor do Meio, Pedro Doria, fala sobre o bolsonarismo.

Há muito que Jair Bolsonaro não entende sobre governar. Uma delas é que, para conseguir avançar com sua agenda, precisa parar de brigar com meio país. Decoro não é bons modos. Decoro, conta o editor do Meio Pedro Doria, é método para obter resultados.