Já não são mais só notas de repúdio
Com a popularidade de Bolsonaro ainda na casa do um terço, a Câmara não tem como se mover com um impeachment. Mas o Supremo não está parado. De uma semana para cá, muita coisa mudou, prisões podem estar próximas e Bolsonaro e seus aliados começam a dar sinais de que estão sentindo a pressão.
Já não são mais só notas de repúdio
Com a popularidade de Bolsonaro ainda na casa do um terço, a Câmara não tem como se mover com um impeachment. Mas o Supremo não está parado. De uma semana para cá, muita coisa mudou, prisões podem estar próximas e Bolsonaro e seus aliados começam a dar sinais de que estão sentindo a pressão.
O que o vídeo de Bolsonaro conta
Talvez agrade a seus seguidores. Talvez sirva de prova sobre interferência na Polícia Federal. Mas, principalmente, o que o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril revela é a ideia que Bolsonaro tem de sociedade. É um mundo no qual o Estado oprime, o cidadão tem de pegar em armas contra governantes, um conceito em essência iliberal. Não democrático, conta o editor Pedro Doria.
Jair Bolsonaro precisa sair
Nelson Teich não é mais ministro da Saúde. É o segundo no cargo a cair em meio a uma pandemia, o terceiro ministro importante que sai durante uma crise gravíssima em menos de um mês. As ações de acirramento de conflitos e anticientíficas de Bolsonaro causarão dezenas de milhares de mortes. Numa pandemia, pessoas morrem. Mas as políticas recomendadas podem diminuir a mortandade. Politicamente, hoje, o impeachment é dificílimo. E, no entanto, o custo para não fazê-lo é alto demais.
Quem foi o pior presidente da história?
Para preparar uma lista dessas, é preciso antes ter claros os critérios. Em nosso caso selecionamos aquilo que a experiência brasileira tem mostrado que faz melhor pelo país. Presidentes organizados, que têm um projeto claro, que não só fazem um bom governo como criam um ambiente no qual o presidente seguinte possa construir. Se é isto que faz um bom presidente, quais os cinco piores?
Lavajatistas x Bolsonaristas
Uns dizem que são a mesma coisa. Outros, que são radicalmente distintos. Mas compreender este racha, que ocorreu a partir da demissão do ministro Sérgio Moro, faz toda a diferença. Está diretamente ligado a perceber uma mudança sutil que pode se tornar muito importante no quadro político brasileiro.
Bolsonaro, o golpista frustrado
Mais uma vez, Jair Bolsonaro participa de uma manifestação que pede que se fechem Supremo e Congresso. Desta vez teve direito até às bandeiras de EUA e Israel — um nacionalista e tanto. E mais uma vez os generais disseram que não querem nada disto. Sem força para dar um golpe, com a popularidade em franca queda, perante uma pandemia assassina, o presidente tenta incitar o núcleo de sua militância. É hora de a democracia começar o caminho de se impor, comenta o editor Pedro Doria.
O caminho do impeachment
Você está confuso a respeito da política brasileira? Há muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Esta semana, nós desmontamos as peças e mostramos os jogos simultâneos que estão ocorrendo. Um impeachment é possível, sim. Mas terá de ser construído. E há gente o construindo — inclusive o próprio presidente Jair Bolsonaro. Ele não está sozinho.
Que presidente irresponsável
Entramos numa daquelas crises políticas que não temos como prever como sairão. Sem Moro e com Centrão, Jair Bolsonaro distribui cargos e tenta se salvar enquanto brasileiros morrem aos milhares. Ele não está nem aí.
Quanto custa manter Sérgio Moro?
Jair Bolsonaro está reinventando seu governo sob pressão. O Congresso o estrangula, ele vai buscar o Centrão. Empresários cobram, ele chama os militares para fazerem umas obras. A Polícia Federal ameaça seus novos parceiros e periga chegar em seu filho Carlos — ele tenta mudar o comando. Aí Sérgio Moro ameaça se demitir. O risco para Bolsonaro é alto, muito alto. E sua incompetência pode ainda lhe custar a presidência.