Ponto de Partida

Esteja você na direita ou na esquerda, comece por aqui. Pedro Doria explica didaticamente o início, o fim e o meio da política nacional.

Segundas, quartas e sextas, sempre ao final do dia.

O Golpe de Estado de Jair

Uma reportagem sólida, publicada esta semana pela revista Piauí, descreve o momento em que Jair Messias Bolsonaro tomou a decisão de destituir, com auxílio do Exército Brasileiro, os onze ministros do Supremo. Golpe clássico. Foi dissuadido, mas quis. Desde então, as coisas acalmaram muito. Por isso mesmo, é fundamental que lembremos: este não é um governo que tem compromisso com a democracia.

O Centrão rachou. E agora, Bolsonaro?

Política tem muito de jogo. Essa semana, quem levou a melhor foi Rodrigo Maia, que tirou da base de Bolsonaro o MDB e o DEM. Este é só o início da disputa que levará à campanha presidencial de 2022. Quer entender como estão as peças?

Isso tudo já aconteceu antes…

Depois duma surra na Câmara, o governo troca líder e vice-líder bolsonaristas raiz por gente do Centrão. Na mesma toada, os olavistas vão ficando no segundo escalão e o governo Bolsonaro, quem diria, ganha um presidente silencioso e fica estável. A história já se repete. Já aconteceu antes.

E aí? Há genocídio?

A palavra da semana é genocídio. Foi isso que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo, sugeriu que o governo Bolsonaro pode estar fazendo em relação à população indígena. Aliás, ele alertou aos militares que, se mantendo no governo, perigam terminar ligados a isso. A um genocídio. Claro, desde então foi a maior grita, pediram investigação na Procuradoria-Geral da República contra Gilmar e todo aquele escarcéu. Mas vamos botar a bola no chão. Falar em genocídio é exagero?

O Face, o TSE e o fim de Bolsonaro?

Essa história da rede de fake news desbaratada pelo Facebook é maior do que parece pelo valor de face. O que aconteceu exatamente? Os bolsonaristas faltam de um ataque à sua liberdade de expressão. Faz sentido? E, por fim, como exatamente isso poderia chegar ao ponto de tirar Bolsonaro do Palácio do Planalto? O editor Pedro Doria responde.

Tudo mudou. Bolsonaro resistirá?

Nessas últimas semanas, muita coisa mudou na política brasileira. Quer dizer… Só uma coisa mudou: Jair Bolsonaro. Só que quando o presidente muda, tudo muda ao redor. Este momento é tão importante que pode definir as chances de um impeachment. Pode definir as chances de reeleição. Então é importante demais a gente entender qual a natureza dessa mudança. O que ela tem de real ou falso, se é superficial ou profunda. Se Bolsonaro aguenta o tranco do próprio temperamento explosivo. E, muito cá entre nós, até mesmo se ainda dá tempo de se salvar. Quer entender? O editor Pedro Doria explica.

Como sequestrar uma democracia

Quem vê só bots ou fake news percebe árvores mas não vê a floresta. No Brasil, a campanha (e o governo) de Jair Bolsonaro aplicaram e aplicam as técnicas desenvolvidas na Itália para manipulação da opinião pública. O modelo foi usado antes na eleição do Movimento 5 Estrelas, depois no Reino Unido, durante o Brexit, e também pelo time de Donald Trump, nos EUA. Funciona. Quer entender o que fazem?

Cadê o Queiroz? Achou…

O cerco está se fechando sobre o presidente Jair Bolsonaro. Queiroz preso, Supremo a toda, Weintraub cai-não-cai, TCU mirando militares e até o governador do DF tirou uma casquinha. Está tudo muito confuso? O Meio explica.

Lula, liberais de mercado e os riscos à democracia

Algo obviamente escapa a dois grupos importantes no Brasil. Lula e parte do PT se recusam a entrar numa frente ampla pela democracia. Liberais de mercado acreditam ser possível separar liberdade de mercado e liberdade política. De formas distintas, ambos põem em risco algo caro demais a todos nós.

Vamos falar sobre passeatas

O governo Bolsonaro não mais governa — e tem medo das ruas. Não é medo de depredação, é medo de que elas se tornem como as de 1992 ou 2016. Porque, na história da Nova República, quando a população vai às ruas, presidentes não duram. Só que, desta vez, não vai ser tão simples como dantes.