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A partir dos comentários e críticas de quem assistiu aos vídeos do Ponto de Partida desta semana, Pedro faz um panorama do estado da democracia brasileira. Seus pontos altos, os baixos — e os riscos que existem.

A gente vive um momento de decadência democrática em todo o mundo. Aqui, no Brasil, dezenas de milhões de pessoas votaram ativamente num presidente autoritário que tinha planos de ditadura. Depois, tentaram um golpe mambembe. Agora é hora de a gente fazer ativamente a defesa da democracia. E isso exige que o governo brasileiro chame as ditaduras da região pelo nome.

É hora de voltar a falar de corrupção. Michelle Bolsonaro, Juscelino Filho, Sergio Cabral dando sua primeira entrevista. É. O assunto voltou. E vamos encarar de frente o monstro? A Lava Jato, ao fim e ao cabo, terminou dando mais poder os corruptos.

Demorou uma semana — mas caiu enfim a ficha das vinícolas da Serra Gaúcha, que perceberam ter um problema gigante nas mãos por conta de terem contratado trabalho escravo. Mas de onde veio essa extrema direita? Essa alma escravocrata? Nesta edição de perguntas e respostas, Pedro Doria fala ainda sobre o conflito entre Gleisi Hoffmann e Fernando Haddad que está causando irritação em Brasília.

A escravidão na indústria dos vinhos revela muito sobre o buraco no qual o Brasil está. Quando as vinícolas ao invés de se defenderem saem acusando Bolsa Família, saem reclamando de que estamos chocados, elas estão revelando muito sobre quem somos, hoje.

Vivemos um tempo de muitos símbolos e uma briga pesada dentro do governo. Lula se vacinou, trabalho escravo está sendo combatido, mudanças climáticas voltaram a ser assunto de Estado. Mas o partido do presidente continua atacando o ministro da Fazenda do presidente. Isso não é normal.

Quem assiste ao Ponto de Partida vem trazendo muitas críticas a liberais na política brasileira — críticas pertinentes, importantes e provocadoras. Mas é preciso ser jedi para respondê-las...

Quantos são fascistas no Brasil? Quão diferentes são os eleitores de Bolsonaro e os eleitores de Lula? A gente, como sociedade, está realmente dividido? Quando olhamos para o resultado das eleições, sim. Mas o retrato que as novas pesquisas da Quaest revelam é mais complexo.

E se a gente não pensasse em dividir as pessoas entre esquerda e direita. Será que se dividíssemos entre socialistas, liberais e conservadores a gente entenderia diferentemente o Brasil? Talvez.

O país está dividido faz muito. Nessas horas, existem dois caminhos que políticos podem seguir. Um é de acirrar as divisões, o outro buscar encontros. Não vale só para políticos — vale para todos nós. E este é o tema principal do episódio de hoje, com respostas aos comentários dos espectadores.