Michelle Bolsonaro é um perigo?
Afinal, a mulher do ex-presidente é boa política ou não é? Ainda: por que o jornalismo tradicional “implica” com o atual presidente. Não seria hora de dar um desconto?
Usando IA nas eleições
Ontem à noite, o Tribunal Superior Eleitoral aprovou regras para o uso de inteligência artificial durante as eleições. Elas são particularmente rígidas. Mas é difícil fazer regras do zero para uma tecnologia muito nova. E, de regras, a gente precisa. Quem deveria fazer essas regras é o Congresso Nacional. Mas cadê Congresso? Inoperante. Não avança com essas questões.
O tamanho do Bolsonarismo
Muita gente nas redes de esquerda está fazendo pouco da grande manifestação que o bolsonarismo promoveu no domingo. Isso é um erro que pode ser muito grave.
Paz entre Israel e Palestina
Hoje é sexta-feira, dia de responder os comentários de vocês. No programa de hoje, Pedro Doria faz um importante retrospecto histórico sobre o conflito Israel-Palestina.
Bolsonarismo em semana de alta
Ontem, quando já era tarde da noite, o Senado aprovou um projeto de lei que limita muito as saídas temporárias de presos no Brasil. Projeto relatado por Flávio Bolsonaro, tá? E é importante a gente entender o que aconteceu ali por um motivo que vai muito além do debate sobre segurança pública. O que o Senado mostrou, ontem, é o tamanho do peso do voto de direita, do voto conservador, no cenário político do Brasil. Porque, dos 81 senadores, 62 votaram a favor, dois votaram contra, e o resto preferiu não dar as caras.
Lula não entendeu quem foi Hitler
Existe um motivo pelo qual nunca nenhum político responsável, nenhum diplomata, jamais compara qualquer ato que esteja ocorrendo com o Holocausto. É porque nada se compara com o Holocausto. Nem genocídios unanimamente considerados genocídios por todos os lados, como o do Camboja durante o governo Pol Pot, nem estes são comparados com o Holocausto.
Os generais cometeram algum crime?
Há um debate no mundo jurídico: planejar um golpe está tipificado como crime? O que quer dizer ‘tentar’ um golpe como estabelece a lei?
Como se faz um golpe
Foi golpe. Até ontem, a quarta-feira sete de fevereiro de 2024, poderíamos discutir semântica. Se as pessoas sabiam o que estavam fazendo, o quanto a depredação dos palácios dos três poderes são violência contra o patrimônio ou tentativa de derrubar o Estado Democrático de Direito. Poderíamos pegar a minuta do golpe, encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, e dizer que aquilo foi um desmiolado qualquer do terceiro escalão que fez. Poderíamos dar toda sorte de desculpas para quando os generais Augusto Heleno e Braga Netto deixavam o Palácio do Alvorada dizendo pras pessoas aguentarem firme, que coisa boa vinha aí.
Com amor, Toffoli e Lira
A Lava Jato foi um problema, não só em Curitiba, mas principalmente em Curitiba. Foi um problema porque, ali, o juiz Sérgio Moro e os procuradores liderados por Deltan Dallagnol escolheram que teriam um alvo político específico para além da investigação criminal. O PowerPoint virou meme da internet por não ser possível sustentar com provas aquele bando de círculos apontando pra Lula como líder de uma quadrilha. A condenação do presidente é questionada por um sem número de advogados do ramo. E aí tem os detalhes mais sórdidos, né? A delação que não fica de pé do ex-ministro Antonio Palocci divulgada sem motivo aparente às vésperas do primeiro turno das eleições presidenciais de 2018. Com cara, com jeito, com cheiro de jogada política para influir nas urnas. E tudo ficou muito mais feio quando dias após a vitória de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro aceitou de bom grado deixar a carreira na magistratura para assumir como seu ministro da Justiça.