Essas penas estão corretas?
Débora Rodrigues Santos foi condenada, na semana passada, a 14 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal. Ela é cabeleireira e tem dois filhos, um de 6, o outro de 11 anos. Foi ela a moça que escreveu, em batom, “Perdeu, Mané” na estátua A Justiça, de Alfredo Ceschiatti. Era um dos grandes escultores modernistas e esse é seu trabalho mais conhecido. Está fincada na frente do Supremo. Débora fez parte do ataque às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. A condenação ainda não é definitiva. O ministro Luiz Fox pediu vistas, então algo pode mudar. Por enquanto, está nesse pé.
Duas esquerdas, um mesmo erro
No Ponto de Partida desta sexta-feira (21), Yasmim Restum e Pedro Doria falam sobre os equívocos na esquerda brasileira e por parte dos democratas americanos, passando pelos argumentos do Pedro para explicar o que o governo quer com o programa Prospera Brasil - incentivo de crédito que mira um dos trunfos da extrema direita: homens, jovens, evangélicos, de classe média, e que estudaram até o ensino médio.
O Planalto achou o homem
Em 2024, 55% dos homens americanos votaram em Donald Trump. No Brasil, em 2022, 50% dos homens votaram em Jair Bolsonaro. Em ambas as eleições, 45% das mulheres votaram nos candidatos de extrema direita. 47% das pessoas de 30 a 44 anos votaram em Trump. 50%, em Bolsonaro. 52% de quem tem renda média, nos Estados Unidos, votou em Trump. 54% votou em Bolsonaro. É neste eleitorado, ali bem no meio, que os dois políticos são particularmente fortes. No Sul e no Sudeste do Brasil, Jair Bolsonaro teve 60% dos votos de quem tem ensino médio. Se incluir o Nordeste na conta, Bolsonaro e Lula até empatam, mas se isolar o Nordeste e colocar o resto do país, essa faixa de educação é pesadamente bolsonarista. Nos Estados Unidos, 56% dos eleitores com ensino médio votaram em Trump.
Bolsonaro está ficando menor
Foi muito ruim, pro bolsonarismo, o ato convocado pelo ex-presidente para a Praia de Copacabana, ontem. Foi ruim por todo lado. Ruim porque foi um fiasco, tinha muito pouca gente. Foi ruim por causa da foto, o flagrante da Avenida Atlântica feita por Alexandre Cassiano pro Globo. Vocês viram a foto, né? Bolsonaro discutindo e, lá no alto, o cartaz enorme. Sem Anistia. Aquela foto que dispensa legenda.
E essa respiração, Pedro?
Burguesia é classe média? E os extremismos de direita e esquerda, se assemelham? Agora, Pedro Doria e Jones Manoel são inimigos? E porque a respiração do Pedro está mais ofegante? No Ponto de Partida desta sexta-feira (14), vamos responder a todas essas perguntas e entender a análise dele sobre o porque dos homens jovens e periféricos serem o principal alimento do bolsonarismo. Também vamos discutir os últimos baques da economia americana, pensando se Donald Trump chega até o final do mandato. É assunto que não acaba mais - e um só Ponto de Partida.
Trump pode cair?
Vamos juntar umas peças? Donald Trump é presidente americano faz, hoje, 51 dias. Ele pegou uma economia direitinha. A bolsa estava em alta, o índice Nasdaq atingindo um nível recorde, desemprego baixo. A inflação não era alta, mas era resiliente, principalmente em alimentos, e isso tem muito a ver com a derrota de Joe Biden. Não era uma situação muito distinta da que Lula enfrenta aqui. Inflação resiliente, desemprego baixo. É uma combinação bastante difícil. Bem, lá nos Estados Unidos a coisa piorou muito neste último mês e meio. A inflação está ali pelo mesmo nível, com tendência de subir, e a bolsa tomou um tombo na segunda-feira. Um tombo feio. Não bastasse isso, tem uma coisa que não estava no mapa de ninguém em janeiro: tem risco de recessão nos Estados Unidos. Quer dizer, três trimestres seguidos de queda do PIB. Um risco repentino, tá?
É sempre um homem
Estou lendo um livro muito interessante, é o último do jornalista britânico Will Storr. Se chama The Status Game. O jogo do status. Por alguma razão misteriosa, as editoras brasileiras ainda não descobriram o Storr, mas ele é um daqueles jornalistas que pegam ciência de ponta, principalmente esse encontro entre psicologia e sociologia e antropologia, e traduzem pro público leigo de um jeito que pouca gente consegue. E, enquanto estava lendo a edição do Meio de Sábado, isso logo depois de ter assistido a dois vídeos do Porta dos Fundos feitos por encomenda do STF, não consegui não ligar as três peças.
Engenheiros, gesto de Trump e a escala 6×1 – Parte 2
Faltam engenheiros no Brasil? Onde estão esses profissionais e por que os cursos estão esvaziados? Deveríamos estar preocupados com o gesto romano feito pelos trumpistas ou é fogo de palha? E a escala 6x1 protocolada na terça-feira pré-carnaval pela deputada federal Erika Hilton? Tem potencial de conquistar mais votos para a esquerda? Muitas perguntas e um só Ponto de Partida. Um não, dois! Nas sextas-feiras (28 e 7), Yasmim Restum e Pedro Doria debatem sobre todos esses temas com comentários que vocês enviam nas redes sociais e canais do Meio.
Engenheiros, gesto de Trump e a escala 6×1 – Parte 1
Faltam engenheiros no Brasil? Onde estão esses profissionais e por que os cursos estão esvaziados? Deveríamos estar preocupados com o gesto romano feito pelos trumpistas ou é fogo de palha? E a escala 6x1 protocolada na terça-feira pré-carnaval pela deputada federal Erika Hilton? Tem potencial de conquistar mais votos para a esquerda? Muitas perguntas e um só Ponto de Partida. Um não, dois! Nas sextas-feiras (28 e 7), Yasmim Restum e Pedro Doria debatem sobre todos esses temas com comentários que vocês enviam nas redes sociais e canais do Meio.
Lula e os engenheiros
Lula segue perdendo muita popularidade. Agora, o que diabos isso tem a ver com o Pé de Meia e com o número de engenheiros que o Brasil forma? Muita coisa, muita coisa.