Mais do que tirar pedras das ruas devemos retirar as que estão em nós, diz padre Júlio Lancellotti

A derrota de Lira e o erro de Lula

São duas as coisas que estão acontecendo ao mesmo tempo na política. Uma é a articulação do futuro governo Lula com o Parlamento. Outra, simultânea, é a montagem do ministério, do conjunto de pessoas que comandarão o governo com Lula. Na primeira frente, Arthur Lira sofreu uma derrota inesperada. Agora, na segunda, Lula parece ter cometido um erro que vai assombrá-lo.

Os erros de Lula no governo de transição e a saga econômica para o próximo mandato

Os fios desencapados da política digital

Quem disser que imaginou a dimensão da anarquia que seria instaurada no Twitter com a gestão do bilionário Elon Musk está, possivelmente, mentindo — ao público ou a si mesmo. O que era de se antever é o fato de que a falácia da defesa da liberdade de expressão era nada mais que isso. Uma falácia. Nas poucas semanas em que teve testada sua tolerância à expressão que feria seu ego, Musk falhou miseravelmente.

Retrospectiva das polêmicas de Bolsonaro

Nesta edição especial de De Tédio a Gente Não Morre, Mariliz Pereira Jorge e a equipe do Meio selecionaram alguns dos momentos mais polêmicos da política em 2022.

STF derruba Orçamento Secreto e complica vida de Arthur Lira

Uma prática que se fortaleceu no governo Bolsonaro e parecia difícil de combater pelo futuro governo Lula, mas o Supremo também entrou em campo. Na última segunda-feira, o STF declarou a inconstitucionalidade das "emendas de relator", ferramenta que dava sustentação ao fisiologismo do Centrão no Congresso Nacional. No #MesaDoMeio, Pedro Doria, Flávia Tavares e Luciana Lima comentam as repercussões desta perda inestimável para os parlamentares deste grupo - e os efeitos disso na transição.

Câmara aprova PEC da Transição em 1º turno, mas só vale por um ano

A Câmara aprovou no fim da noite de ontem, em primeiro turno, a PEC da Transição, que permite ampliar em R$ 145 bilhões o teto de gastos para garantir a manutenção do Auxílio Brasil/Bolsa Família em R$ 600 e o pagamento de R$ 150 por criança até seis anos de idade, além de outros gastos. A proposta passou com 331 votos a favor, 23 a mais que o necessário, e 168 contra, mas os deputados reduziram a vigência da medida de dois para um ano, o que fará com que a PEC precise ser votada novamente pelo Senado. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), interrompeu a sessão antes que a PEC fosse mais desidratada e convocou para hoje uma reunião de líderes para tentar um novo acordo e encerrar a votação. (UOL)

As mensagens de amor, resiliência e esperança do padre Júlio Lancellotti

A miséria, confrontada com o luxo, tende a ser escondida -- ou gerar fugas. O padre Julio Lancellotti, vez ou outra, é cercado por elogios, de um lado, e acusações, de outro. Há projetos de lei com seu nome, mas há vetos contra sua militância. Nesta quarta, a poucos dias do Natal, ele também é o convidado de Flávia Tavares no #ConversasComOMeio para falar sobre aporofobia, luta social e dignidade. __ CONVERSAS COM O MEIO

As chatas das mulheres

Lula ainda tem mais de 30 ministros pra anunciar, certamente aparecerão mais mulheres. Acontece que a matemática política que ele tem que fazer agora é com partidos — e as estruturas partidárias de centro não contemplam mulheres. Todo mundo tem de melhorar muito.

Supremo acaba com o orçamento secreto

O Centrão sofreu ontem sua mais grave derrota em décadas com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), por seis votos a cinco, de declarar inconstitucionais as emendas do relator, o chamado orçamento secreto. Originalmente, essas emendas eram usadas para corrigir erros no Orçamento, mas, desde 2020, tornaram-se um instrumento bilionário de fisiologismo, alocando verbas sem que se soubessem quais parlamentares patrocinavam a liberação. Relatora das ações, a presidente do STF, Rosa Weber, considerou que, mesmo com as mudanças feitas pelo Congresso, o orçamento secreto feria o princípio constitucional da transparência, sendo acompanhada pelos ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia. André Mendonça, Nunes Marques, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli criticaram a falta de transparência, mas mantiveram a validade das emendas. Ontem, os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, que haviam pedido mais tempo, votaram. Gilmar seguiu a divergência, enquanto Lewandowski votou pela inconstitucionalidade, fechando a maioria. (g1)