Qual o futuro da direita?

Os militares querem se reaproximar de Lula. Você acredita? Dizem que não tiveram nenhuma culpa do dia 8 de janeiro. Enquanto isso, Zema e Tarcisio começam a tentar buscar o lugar de Bolsonaro. Qual o futuro da direita?

Flávio Dino: Brasil não precisa de tutela militar para garantir a ordem pública

Durante os ataques em Brasília no dia 8 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve várias opções para conter os atos terroristas, entre elas acionar a Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Ele preferiu fazer uma intervenção federal. Para o ministro da Justiça, Flávio Dino, não haveria uma tentativa de golpe, caso Lula tivesse acionado a GLO, mas “ficaria a ideia de que somente os militares seriam capazes de restabelecer a ordem pública no Brasil”. Em entrevista aos jornalistas Pedro Doria e Luciana Lima no programa Conversas com o Meio, Dino avalia que a medida presidencial foi positiva, pois a intervenção federal é civil, executada por um não militar. “Ela [a intervenção] foi no momento certo, foi eficaz, e teve o mérito de mostrar que a gente não precisa, necessariamente, de tutela militar para garantir o restabelecimento da ordem pública no Brasil."

Terrorismo?

A palavra terrorismo está na ordem do dia. Foi utilizada pelo presidente Lula para descrever o ataque às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro. Foi também assim que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, definiu. Parte do jornalismo adotou. Ainda assim, de acordo com a lei brasileira, terrorismo tem definição — e a ameaça de golpe que depredou os três palácios não caberia nela. E a questão não está apenas na lei. Não se usa essa palavra no Brasil desde que os militares a adotaram para se referir às guerrilhas revolucionárias de esquerda no tempo da Ditadura.

Múcio busca conciliação entre Lula e militares

O ministro da Defesa, José Múcio, está atuando para estabilizar a relação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica depois dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Múcio busca agendar uma nova reunião entre o presidente e os comandantes até sexta-feira, antes de Lula viajar para a Argentina, no domingo. No dia seguinte aos ataques, houve um primeiro encontro e Lula demonstrou sua indignação com a inação das forças na Praça dos Três Poderes. Em café com jornalistas na semana passada, o presidente ainda declarou ter perdido a confiança em uma parcela dos militares. Ontem, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, almoçou com Múcio e os comandantes. “A ideia [da reunião com Lula] é discutir com a Defesa e as Forças Armadas para modernizá-las”, disse Costa. (Globo)

Lula demonstra cautela para lidar com militares no Planalto

“Sentimento majoritário nas FFAA é de preservação da legalidade” Flávio Dino

O Conversas com o Meio recebe o ministro da Justiça Flávio Dino. Ainda na terceira semana de governo, Dino já teve até de promover uma intervenção federal no DF diante da tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro. O ministro responde às perguntas de Pedro Doria, editor-chefe, e Luciana Lima, repórter especial do Meio em Brasília, sobre se podemos confiar nas Forças Armadas, se as discussões que existem a respeito do excesso de uso de poderes por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) são legítimas, se uma intervenção federal no lugar de uma GLO foi a melhor decisão, entre tantas outras questões. Quer entender como reunificar o país e as famílias, na visão do ministro? Confira! __ CONVERSAS COM O MEIO

Golpistas têm direito aos direitos humanos?

Sim, claro que têm. Mas sempre que se atente contra a dignidade de outra pessoa ou contra a democracia alguns desses direitos podem ser revogados. É a lei. Entender isso passa por enxergar quem são os humanos, quais são os direitos e o que é dignidade.

PGR denuncia golpistas e cerco aos terroristas se fecha

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra 39 envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. O Ministério Público Federal dividiu a investigação em quatro núcleos: instigadores e autores intelectuais dos atos antidemocráticos; financiadores; autoridades de Estado responsáveis por omissão imprópria; e executores. Esses 39 se enquadram na última categoria. De acordo com as denúncias, os acusados podem responder por associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado. O subprocurador-geral Carlos Frederico Santos pede ainda decretação de prisão preventiva dos denunciados e bloqueio de bens no valor de R$ 40 milhões para pagamento de reparo dos danos, além de perda de cargos e funções públicas quando for o caso. (g1)

Golpistas na mira da PGR

Após uma semana de tensão e de explicações, reflexões e muita surpresa - negativa, é claro -, as consequências jurídicas dos atos terroristas de 8 de janeiro vão chegando. Seja através do Executivo, na forma do governo Lula, ou no Judiciário, as instituições agem sobre aqueles que tentaram dissolvê-las subvertendo o Estado de Direito. No #MesaDoMeio desta terça (17), Pedro Doria, Mariliz Pereira Jorge e Christian Lynch debatem a caçada legalista aos responsáveis pelas cenas de 1964 vividas em 2023.

IA e copyright: a nova polêmica

O assunto do Pedro+Cora desta terça é a nova polêmica envolvendo os apps de inteligência artificial. O uso de IA para criar uma peça, seja de desenho ou até mesmo escrita, infringe o direito autoral de alguém? Difícil de entender? Vem com a gente que fica fácil!