Genocídio ianomâmi na conta dos militares e de Bolsonaro

Desde o final da semana passada, as imagens apocalípticas da população ianomâmi têm rodado o Brasil e levantado uma série de perguntas que, invariavelmente, direcionam-se à principal: como chegamos às cenas vistas naquele território – teoricamente – protegido por lei? No #MesaDoMeio desta terça-feira (24), Pedro Doria, Mariliz Pereira Jorge e Flávia Tavares jogam luz sobre o tratamento relegado ao tema durante os últimos anos, sobretudo os que representam o mandato de Jair Bolsonaro na Presidência da República.

Brasil entra na mais séria crise militar da Nova República

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não vai perdoar os ataques golpistas, e as investigações para identificar os responsáveis e participantes vão até o fim. A declaração foi dada ontem pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, um dia depois de Lula ter trocado o comandante do Exército no que o próprio ministro classificou como “fratura nas relações”. Lula exonerou no sábado o general Júlio Cesar de Arruda, nomeado nos últimos dias do governo de Jair Bolsonaro, e o substituiu por Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, que era o comandante militar do Sudeste. Ele é visto pelos colegas como alguém com mais traquejo político e havia feito na sexta-feira um discurso incisivo em defesa do resultado das eleições. “Ser militar é isso. É ser profissional. É respeitar a hierarquia e disciplina. É ser coeso. É ser íntegro. É ter espírito de corpo. É defender a pátria. É ser uma instituição de Estado. Apolítica, apartidária”, disse ele. (Folha)

Edição de Sábado: Estilhaços da intentona

Quando assumiu seu primeiro mandato como presidente, em 2003, Luiz Inácio Lula da Silva expressou aos seus auxiliares incômodo com os militares que lhe acompanhariam como ajudantes de ordens. Achava que poderiam ser espiões. Solicitou ao chefe de gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, que fossem substituídos por civis. Carvalho explicou ao chefe que a atividade estava amparada na legislação e o convenceu de que a suspeição era exagerada. Lula logo ficou chapa dos ajudantes de ordens, num dos muitos sinais da relação amistosa que sobreviria com os representantes das Forças Armadas.

Como seria o golpe e outras respostas

Esta semana vocês me fizeram perguntas sobre muitos temas. Lula está se movendo ao Centro? O Centro tem chances na eleição que vem? Como seria o Brasil se tivesse acontecido o golpe de Estado? Muitas perguntas instigantes. Vamos respondê-las?

Comandantes devem prometer a Lula punir militares golpistas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se reunir — possivelmente ainda hoje — com o ministro da Defesa, José Múcio, e com os três comandantes das três Armas. Segundo a colunista Ana Flor, eles pretendem garantir ao presidente que os militares envolvidos em atos golpistas serão punidos. O objetivo é duplo. Por um lado, querem afastar a tropa da política; por outro, inaugurar uma nova relação com o governo, que começou envenenada pelo golpismo bolsonarista. No encontro, também será apresentado o primeiro plano estratégico mensal encomendado por Lula aos militares. (g1)

Lula III ou Janja I?

Ser uma primeira-dama é, também, um papel político. Não é um cargo, claro, mas carrega todo um simbolismo. Mas quando começaram os apoios políticos das primeiras-damas aos presidentes? Aqui, no Brasil, foi com Darcy Vargas.

A desbolsonarização dos golpistas

É urgente entender que tipo de gente foi cooptada pelo Bolsonarismo, ir além da explicação simplista de que são todos fascistas, de extrema direita. A desbolsonarização dos golpistas é tão urgente quanto outras questões sociais importantes como diminuir a desigualdade, acabar com a fome, ter mais equidade de gênero.

1 ano sem Elza

Nesta sexta-feira, 20 de janeiro de 2023, a morte de Elza Soares completa um ano. A estreia de No Detalhe, o programa de minidocumentários do Meio, fala sobre o legado deixado pela mulher escolhida como a voz do milênio pela BBC. "1 ano sem Elza" traz entrevistas com a idealizadora do Projeto Elza, Andréa Alves, com as cantoras Janamô e Khristal, que interpretaram Elza no musical homônimo, e com a jornalista Flávia Oliveira.

Lula: ‘Parecia o começo de um golpe de Estado’

Na primeira entrevista exclusiva desde a eleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou à jornalista Natuza Nery que ficou com a “impressão de que [o ataque a Brasília do dia 8 de janeiro] era o começo de um golpe de Estado”. E continuou: “Fiquei com a impressão, inclusive, que o pessoal estava acatando ordem e orientação que o Bolsonaro deu durante muito tempo.” O presidente acrescentou que acredita que Bolsonaro “estivesse esperando voltar ao Brasil na glória de um golpe”. Lula revelou ainda que não optou pela Garantia da Lei e da Ordem (GLO) por querer exercer o cargo de presidente em sua plenitude. E que a inteligência do governo nas vésperas do ataque “não existiu”. ”Nós temos inteligência do GSI, da Abin, do Exército, da Marinha, da Aeronáutica. Se eu soubesse na sexta-feira que viriam oito mil pessoas aqui, eu não teria saído de Brasília.” Assista à entrevista na GloboNews ou ouça, pela edição de hoje do podcast O Assunto. (g1)

A autobiografia de um príncipe mimado

No programa de hoje, Cora Rónai chega para provar que nem toda leitura é feita por prazer: ela nos conta (e Pedro Doria comenta) sobre o livro autobiográfico do príncipe Harry, O que Sobra (Spare), publicado no Brasil pela Companhia das Letras. A melhor resenha que vocês jamais poderiam imaginar ver na internet! Ficou curioso? Dá um play!