Me mandaram fazer o L

O país está dividido faz muito. Nessas horas, existem dois caminhos que políticos podem seguir. Um é de acirrar as divisões, o outro buscar encontros. Não vale só para políticos — vale para todos nós. E este é o tema principal do episódio de hoje, com respostas aos comentários dos espectadores.

Garimpeiros tentam voltar para terra ianomâmi

Agentes da Força Nacional surpreenderam um grupo de garimpeiros que tentavam entrar nas terras ianomâmi com combustíveis, maquinário e alimentos. Na ação realizada na noite de quarta-feira, a força-tarefa destruiu barcos e dragas que seriam utilizadas no garimpo ilegal. Ontem, a ação continuou abordando novos invasores e apreendendo uma arma e o que encontraram em um barco. Na quarta, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, disse que a operação de desintrusão do território ianomâmi poderá se estender por um ano. (Globo)

Somos todos garimpeiros

PERIGO: este episódio contém doses altíssimas de ironia. O garimpo pede socorro, ajuda, empatia! Fugir da perigosíssima Terra Indígena Ianomâmi está difícil. Jangadas, pouca comida, que perigo. Assista esse episódio para ter raiva você também.

Lula do “nós contra eles” de volta

Parece óbvio que Lula, com esse discurso “de nós contra eles” está optando por formar o seu próprio cercadinho e todos os dias marcar o seu territórios com declarações que repercutem nas redes sociais, alimentam a militância, mas mantem o país partido. Pior do que isso, dificultam a vida dos integrante do seu governo.

Parlamentares petistas querem cerco ao presidente do BC

Estimulados pelos ataques diários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), parlamentares da base governista falam em “enquadrar” o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Lula tem criticado reiteradamente a política de juros mantida pela autoridade monetária e reclamado da autonomia do BC, que o impede de substituir do presidente da instituição. Cresce entre os parlamentares, que se reuniram ontem com Lula, a tendência de convocar Campos Neto para se explicar no Congresso. Apesar disso, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, negou que haja um processo de fritura ou que o governo pretenda mexer na lei que deu independência ao BC. “A lei estabelece claramente que tem mandatos e que serão cumpridos”, disse o ministro. (Folha)

Como escrever para as redes sociais sem parecer o ChatGPT?

Em um mundo em que a inteligência artificial está se tornando comum, o questionamento do uso dela e onde nós nos encaixamos é cada vez maior. No Pedro+Cora de hoje, nossos apresentadores Cora Rónai e Pedro Doria vão dividir um pouco da experiência deles sobre escrever para as redes sociais, seja para o Twitter, Facebook e até para vídeos. De preferência, sem parecer uma I.A. como o ChatGPT.

Afinal, o que quer Lula?

O Banco Central é o vilão da vez. Agora vem cá... o que quer Lula? O BC é independente, xingar o seu presidente não vai fazer os juros caírem. Xingar o mercado também não vai fazer as pessoas que operam mudarem. Ter lado no debate é fácil, tá? Mas o que pouca gente está se perguntando é o seguinte: o que quer Lula? Qual o objetivo dele? Vamos conversar?

Os Poderes e o ‘jogo duro constitucional’

Tempo de rearranjos

De susto em susto, a atividade política no Brasil vai retomando feições de normalidade, especialmente nas relações entre os Poderes. O Congresso eleito em 2 de outubro de 2022, com o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL, conquistando as maiores bancadas nas duas Casas, revelava-se o mais conservador da história da Nova República, com um semblante extremista. Mas, conforme o novo Executivo retomou as rédeas da coordenação política e da montagem de sua coalizão em moldes mais tradicionais, os interesses foram se reacomodando. Essa é a avaliação da cientista política Lara Mesquita, professora da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EESP-FGV).

Lula mantém carga de ataque ao Banco Central

Ao que tudo indica, os esforços e pressões para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva baixe o tom das críticas que tem feito ao patamar dos juros e à atuação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não fizeram efeito. Ontem, em café da manhã com jornalistas — do qual participou a repórter especial do Meio Luciana Lima —, o presidente condicionou a retomada do crescimento à redução da Selic. “Não é possível que esse país volte a crescer com a taxa de juros de 13,75%. Nós não temos inflação de demanda”, disse. Lula lembrou que, com a independência do BC, cabe ao Senado fiscalizar a atuação de Campos Neto. “Naquele tempo [seus dois mandatos anteriores], era fácil jogar no colo do presidente da República. Agora, não. Agora a culpa é do Banco Central porque o presidente não pode trocar. O Senado é que pode demitir ou não.” (Meio)