Apesar de pressão, BC mantém taxa de juros

Em meio à crise bancária internacional e à forte pressão do governo pela redução dos juros, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu, por unanimidade e pela quinta vez consecutiva, manter a taxa básica, a Selic, em 13,75% ao ano. Além disso, não deu indícios de que vai baixá-la e sinalizou que, se necessário, pode elevar os juros. Em nota, o Copom afirmou que ainda há alguns fatores de risco para a inflação: a maior persistência das pressões inflacionárias globais; a incerteza sobre o arcabouço fiscal e seus impactos sobre as expectativas para a trajetória da dívida pública; e uma desancoragem maior, ou mais duradoura, das expectativas de inflação para prazos mais longos. O Copom indicou que vai perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. Também afirmou, no comunicado, que os passos futuros da política monetária “poderão ser ajustados” e que “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”. (Globo e g1)

Lula, Moro e o PCC

A extrema-direita já tem plano. Vai focar as críticas ao governo na área da segurança. É por isso que o ministro Flávio Dino está apanhando. É por isso o circo que se armou com os homens presos porque queriam matar Sérgio Moro. E o governo, com as declarações desastradas de Lula, acaba inadvertidamente dando munição ao bolsonarismo.

Entenda como funciona um plano de recuperação judicial como o da Americanas

Eduardo Seixas, sócio-diretor da Alvarez & Marsal, explica processos empresariais

Com um rombo de mais de R$ 40 bilhões, uma gigante do varejo apresentou à Justiça, nesta semana, seu plano de recuperação judicial. No Conversas com o Meio, a editora Andrea Freitas recebe Eduardo Seixas para um papo sobre como funciona esse mecanismo em situações como a da Americanas e os principais elementos dessa lei, que completa 18 anos no Brasil. __ CONVERSAS COM O MEIO

Lula não tem dinheiro para ser Lula

O Planalto tem um problema: a conta não fecha. Todas as crises grandes e pequenas até aqui, todos os debates, atritos, tudo circula em torno deste mesmo ponto. Nas primeiras duas vezes em que Lula foi presidente, a conta fechava. Agora, não. “O PT tem um jeito próprio de governar”, me explicou esta semana alguém com os ouvidos sempre atentos e acesso diário a algumas das principais salas do palácio. “O PT governa fazendo obras e programas sociais.” Tanto no embate com o presidente da Câmara, Arthur Lira, quanto no conflito em torno do novo arcabouço fiscal, o problema é o mesmo. A conta dá pouco espaço para Lula ser Lula.

Lula adia apresentação da nova regra fiscal para abril

O presidente Lula adiou para abril a divulgação do novo arcabouço fiscal. Ele disse que o governo não vai ter “pressa” para apresentar a nova regra, que só será divulgada após sua viagem à China, de 26 a 31 de março. A justificativa para o adiamento é de que não faria sentido apresentar o plano e, em seguida, os membros do governo viajarem e não estarem disponíveis para prestar esclarecimentos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o arcabouço vai prever uma recomposição das “perdas” que saúde e educação tiveram com a regra do teto de gastos desde sua implementação, em 2017. Uma fonte da área econômica disse ao Estadão que está sendo discutido o valor da reposição. Como o teto vai acabar, os pisos — aplicação mínima de 15% da Receita Corrente Líquida para a saúde e de 18% da receita de impostos para a educação — voltam a valer. Há uma discussão para que esses pisos migrem para um modelo de vinculação a indicadores per capita, não ficando sujeitos à flutuação de receitas do ciclo econômico. (Globo e Estadão)

Arcabouço fiscal pode ter vitória fácil no Congresso, avalia Pedro Doria

A voz de Michelle Bolsonaro

A ex-primeira-dama tem carisma e disfarça com alguma suavidade o extremismo da direita. Não à toa Bolsonaro teme sua ascensão.

Haddad: ‘Lira e Pacheco receberam bem nova regra fiscal’

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que a recepção do novo arcabouço fiscal pelos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), foi muito boa. “Acho que a recepção, tanto dos líderes quanto dos presidentes, foi muito boa, assim como foi dos ministros na sexta-feira, que conheceram o arcabouço na reunião com o presidente. Nós estamos confiantes que estamos indo para a fase final”, afirmou. Segundo Haddad, faltam apenas detalhes para a proposta ser apresentada ao público. (g1)

O que sabemos do arcabouço fiscal do governo Lula?

Sequer apresentado, o plano do ministro Fernando Haddad para as âncoras fiscais do país já corre risco de ser alterado por parlamentares. No #MesaDoMeio desta terça (21), Pedro Doria, Mariliz Pereira Jorge e Christian Lynch debatem o novo arcabouço fiscal. O trio discute, ainda, as cenas de terror que ocorrem no Rio Grande do Norte e as denúncias em cima de um grupo norte-americano que usou mulheres como “cobaias” para tornar alunos “pegadores”, além do medo de quase metade dos brasileiros de uma suposta ameaça comunista e a posse de Michelle Bolsonaro como presidente do PL Mulher.