Haddad anuncia hoje novo arcabouço fiscal

Após muita negociação, a proposta de nova regra fiscal deve ser finalmente divulgada. Seu anúncio está marcado na agenda do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para as 10h30 de hoje. Mas as linhas gerais do novo modelo circulam desde ontem, após a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião de quase três horas com outros integrantes do governo. A proposta foi levada ontem aos líderes da Câmara e será apresentada hoje aos do Senado. O mantra é manter as despesas crescendo menos que as receitas. A nova regra atrela o crescimento das despesas a 70% do avanço da arrecadação federal. Assim, se a projeção de aumento das receitas for de 5% acima da inflação, por exemplo, os gastos poderão crescer 3,5%. Esse desenho foi pensado para que as despesas tenham uma alta real, mas em ritmo mais moderado do que o crescimento das receitas, gerando sobra para equilibrar as contas. Com isso, o governo prevê zerar o déficit no ano que vem, registrar superávit de 0,5% do PIB em 2025 e de 1%, em 2026, finalizando o mandato de Lula. A regra também prevê um intervalo para a meta do resultado primário (receitas menos despesas) a cada ano, como uma banda para flutuação. Hoje, há uma meta única definida anualmente. O modelo já gera dúvidas, que terão de ser respondidas por Haddad. (Metrópoles, Folha e Estadão)

Ministério das Mulheres quer unir progressistas e conservadoras contra a violência

O método Lira de chantagem

A crise que se armou no Congresso Nacional da semana passada para cá é muito maluca. O presidente da Câmara, Arthur Lira, quer porque quer algo que a Constituição diz que ele não pode ter. E, para ele, não importa. Acha que vai ganhar no grito. É kafkiano.

O Brasil refém de Arthur Lira

O maior imbróglio em Brasília nestas semanas não está na pauta de costumes. Ou de economia. Sequer nas recorrentes denúncias de corrupção. Claro, tudo isso está lá, salpicando o noticiário ou mexendo com o mercado. Mas o impasse que pode parar a República desta vez é, essencialmente, político. É nas relações entre as casas legislativas e os poderes, principalmente entre o Executivo e o Legislativo.

Governo e Senado não querem acordo de Lira sobre MPs

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse ontem que seus colegas vão rejeitar a proposta do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para que as comissões mistas que analisam medidas provisórias tenham três deputados para cada senador. A Constituição manda que MPs sejam discutidas em comissões formadas por 12 integrantes de cada Casa Legislativa, mas, durante a pandemia, o STF autorizou que as MPs fossem analisadas diretamente nos plenários da Câmara e do Senado. Com isso, Lira teve o controle total sobre a ordem e o cronograma da tramitação e não quer abrir mão desse poder. O governo, conta Malu Gaspar, já estaria estudando converter algumas MPs em projetos de lei de urgência constitucional. (Globo)

Entre ataques em escolas e o esconderijo das joias de Bolsonaro

“O ódio às mulheres está evidente”, diz ministra Cida Gonçalves

No Conversas Com o Meio desta quarta, a repórter especial Luciana Lima recebe a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves (PT). No papo, as ações do governo Lula para reverter a herança da antecessora, Damares Alves (PL), e estabelecer ferramentas para o combate à violência de gênero e, sobretudo, o feminicídio, além das políticas públicas necessárias para que o gênero seja representado nos espaços de tomada de decisão. __ CONVERSAS COM O MEIO

As escolas sob ataque

Vinte anos depois do início de um movimento para demonizar o ambiente aberto e humanizado das escolas, estamos colhendo resultados trágicos, como o do adolescente que matou a professora Beth. Precisamos, progressistas liberais ou de esquerda, recuperar a credibilidade dos professores. Urgentemente.

Brasil vê 8º atentado em escolas em 12 meses

Um ataque na manhã desta segunda-feira deixou uma professora morta e outras quatro pessoas feridas na escola estadual Thomazia Montoro, na Zona Oeste de São Paulo. O agressor é um estudante de 13 anos, que foi contido por uma educadora e apreendido pela polícia. A professora Elisabeth Tenreiro, 71 anos, recebeu ao menos dez facadas pelas costas e morreu no Hospital Universitário da USP. Segundo estudantes, ela teria apartado uma briga na semana passada entre o atacante e um colega de sala, que não foi para a aula ontem. Outras três docentes e um aluno foram feridos pelo agressor — um segundo aluno teve crise de pânico e também precisou ser socorrido. (UOL e Metrópoles)

Gordon Moore e a história do Vale do Silício

No programa de hoje, Pedro e Cora falam sobre o legado de Gordon Moore, cofundador da Intel que nos deixou na última sexta-feira. Um papo sobre como o empresário foi responsável por grande parte do avanço digital na década de 1960 e como a Lei de Moore impacta até hoje o mundo da tecnologia.