Brasileiros doaram R$17 M em Pix para Bolsonaro

Mais de R$ 17 milhões. Esse foi o montante recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro via PIX entre 1º de janeiro e 4 de julho, segundo relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Os R$ 17.196.005,80 foram transferidos em mais 769 mil PIX e correspondem a quase todo o valor de R$ 18.498.532, movimentado por Bolsonaro nesses seis meses. O Coaf indica no relatório que esses depósitos, “recebidos em situação atípica e incompatível”, provavelmente, foram feitos em função da vaquinha aberta para ajudar no pagamento de multas à Justiça. O relatório aponta os montantes de R$ 195.559 e R$ 30.698 como bloqueio judicial na conta do ex-presidente. Como parte da companha pró-doação, no fim de junho, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) pediu a seus seguidores que doassem “qualquer valor para que Bolsonaro pague essas multas e não sofra nenhuma retaliação por parte do Poder Judiciário”. Bolsonaro tem rendimentos mensais de mais de R$ 86 mil, incluindo salários como presidente de honra do PL e as aposentadorias de militar e deputado. O Coaf indica que ele recebeu R$ 230.366 em proventos nos seis primeiros meses deste ano. O PL, partido do ex-presidente, transferiu R$ 47,8 mil em dois lançamentos, enquanto outros 18 nomes depositaram entre R$ 5.000 a R$ 20 mil. Na lista estão empresários, advogados, pecuarista, militar, agricultor, estudante e duas pessoas “do lar”. (Folha)

Kevin Spacey e as falsas acusações de assédio

Kevin Spacey e outras pessoas que foram acusadas injustamente vão conseguir retomar suas vidas? E os prejuízos emocionais? De quem é essa conta? A imprensa que vive da desgraça alheia e que lucrou muito com as notícias sobre as acusações dará o mesmo espaço para debater essa questão? E os canceladores profissionais? Nós, feministas, já passamos a entender que nem sempre a suposta vítima tem razão?

Wagner Moura participa de protesto na greve dos atores dos EUA

Por ter a maior indústria cinematográfica do mundo, Hollywood atrai artistas e técnicos de todas as nacionalidades. Por conta disso, o ator Wagner Moura e outros brasileiros participaram de uma manifestação do Sindicato dos Atores, que deflagrou uma greve no último dia 13, acompanhando o movimento dos roteiristas. Junto com Moura estavam atriz Bia Borinn (Chiquititas), os atores Eduardo Muniz (Grey's Anatomy) e Ivo Müller (Tabu), o roteirista e diretor Gabriel Moura, e o jornalista Rodrigo Salem. (Omelete)

Novo Galaxy da Samsung e o fim do Twitter!

No programa desta quinta-feira (27), Cora Rónai e Pedro Doria discutem os novos lançamentos de celulares dobráveis da Samsung e da Motorola. Cora explica o porquê de amar tanto esse modelo de smartphone. Além disso, nossos apresentadores debatem a rede social anteriormente conhecida como Twitter, que agora se chama X. Vem!

Lula atravessa Simone e põe Pochmann no IBGE

O IBGE vai ter um novo presidente: Marcio Pochmann. O nome do economista foi anunciado ontem à noite em meio a muita controvérsia. A escolha foi feita pelo próprio presidente Lula e anunciada pelo ministro da Comunicação, Paulo Pimenta. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, dava indícios de que manteria no cargo Cimar Azeredo, servidor de carreira que lidera o IBGE interinamente desde janeiro. Desenvolvimentista e heterodoxo da Unicamp, Pochmann presidiu a Fundação Perseu Abramo e está à frente do Instituto Lula desde 2020, além de ter integrado a equipe de transição. Sua passagem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), entre 2007 e 2012, foi muito criticada, sob acusações de aparelhamento político e dirigismo ideológico. Tentando evitar polêmica, antes da oficialização, Tebet disse a interlocutores que não imporia obstáculos, por não haver risco de ingerência política no IBGE, um órgão técnico e que “caminha sozinho”. Segundo a Folha, ela chegou a classificar como aviltante a hipótese de manipulação de dados por interesses políticos. Horas antes da oficialização, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que Tebet não terá dificuldades porque o Pochmann é uma “pessoa disciplinada, leal ao presidente”. (Folha)

Morte de Marielle representa a destruição de uma sociedade melhor

Pochmann fará mal a Lula

O dia é de boas notícias para o governo Lula. A agência Fitch aumentou a nota de confiança na economia brasileira. E é justamente nesse momento, em que a equipe econômica está claramente gerando confiança, que o governo quer colocar no comando do IBGE um nome de quem todo mundo desconfia? Um nome que vai minar a credibilidade dos dados que o Brasil anuncia para o mundo?

“Ninguém toma meu lugar de fala se luta contra o racismo”, diz Lúcia Xavier, da Criola

Esta semana, no dia 25 de julho, o mundo celebrou o Dia das Mulheres Negras, Latino-Americanas e Caribenhas, uma iniciativa criada em 1992 para dar visibilidade à causa no Novo Mundo. Para comemorar – e manter firme a luta – a editora executiva do Meio, Flávia Tavares, recebe a coordenadora-geral da ONG Criola, Lúcia Xavier, no Conversas Com O Meio. Na pauta, avanços e recuos dos direitos humanos, principais desafios do ativismo cinquentenário de Lúcia e o papel de pessoas alheias à luta na batalha contra as injustiças.

A resiliência do sistema

Maria Hermínia Tavares de Almeida acredita no sistema. Na sua capacidade de resistir a extremos, de se reacomodar. Se nosso Congresso não é um ideal nórdico de parcimônia e espírito público, bem, é o que temos e o que foi eleito democraticamente. Não há de se ficar imaginando um outro arranjo que não o da negociação política com ele. A cientista política, professora aposentada da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, o Cebrap, é pragmática ao analisar o Centrão e seus principais atores: não vê em Arthur Lira, presidente da Câmara e líder do segmento, nada de mais ideológico do que nos que o antecederam.

Quem mandou matar Marielle? Provável assassino pode delatar

A Polícia Federal pode oferecer um acordo de delação premiada ao ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes. Essa possibilidade se abriu depois da colaboração de Élcio Queiroz, seu cúmplice, que revelou detalhes de como Marielle e Anderson foram executados. Fontes ouvidas pela jornalista Natuza Nery revelam que a delação de Queiroz complicou a situação de Lessa, porque trouxe indícios robustos da autoria do crime. Só que no caso de Lessa as exigências seriam maiores: a PF deve exigir que Lessa traga informações ou indícios novos sobre o mandante ou os mandantes do crime contra Marielle. (g1)