Fala de Haddad aumenta atrito com Lira

“A Câmara está com um poder muito grande e ela não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo.” A afirmação foi feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a Reinaldo Azevedo no programa Reconversa, exibido ontem. Apesar de ter elogiado a articulação com as lideranças da Câmara, o ministro reconheceu que a negociação não está sendo “fácil”. “O bom da democracia é que a pessoa não vai ter esse poder para sempre, a instituição pode ter, mas você não sabe na mão de quem ela vai estar daqui a dois, quatro, 10 anos”, afirmou sem citar o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com quem admitiu ter “debates acalorados”. A entrevista repercutiu, com líderes da Câmara cancelando a reunião sobre o arcabouço fiscal prevista para a noite de ontem na casa de Lira. “Sinceramente, não entendi essa declaração infeliz com a Casa e seus representantes”, afirmou Felipe Carreras (PE), líder do PSB. Haddad correu para se explicar: “Estava falando do fim do presidencialismo de coalizão. Tudo o que eu tenho feito é dividir com o Congresso e Judiciário as conquistas”. (Globo)

Escândalo das joias mostra papel dos militares no bolsonarismo

A frase do historiador e cientista político José Murilo de Carvalho, que morreu na madrugada do último domingo (13), narra de forma sucinta as consequências do envolvimento da alta cúpula militar com os mandos desmandos e possíveis esquemas do bolsonarismo. O "tom verde-oliva" desbotou até o ouro dos presentes que o entorno do ex-presidente supostamente tentaram vender. No #MesaDoMeio desta terça (15), Pedro Doria, Mariliz Pereira Jorge e Christian Lynch debatem as investigações que chegaram até um general quatro estrelas. Na Argentina e no Equador, o pêndulo social recai à extrema direita. Por aqui, o caso da atriz Larissa Manoela mostra os problemas de celebridades jovens cujos pais gerem suas finanças - e até suas vidas.

O Zoom e o trabalho presencial

No programa desta terça (15), Pedro Doria e Cora Rónai discutem a decisão do Zoom de exigir que seus funcionários voltem ao trabalho presencial. Também comentam o estado da WeWork, que corre sério risco de falir. E em O Livro da Cora, nossa apresentadora fala de "Pequeno dicionário de gastronomia", de Maria Lucia Gomensoro e Patrícia de Gomensoro (https://amzn.to/449pPl9).

Exército entre golpismo e corrupção

Pergunta hipotética. Se fosse preciso escolher como prender um general, é mais desmoralizante prender por corrupção ou por golpismo?

Bolsonaro e aliados se calam sobre venda de joias

Silêncio. Após a operação da Polícia Federal deflagrada na sexta-feira para apurar o suposto esquema de desvio de joias recebidas de representantes internacionais durante o mandato para seu patrimônio pessoal, Jair Bolsonaro (PL) optou por se calar. Em entrevista ao canal bolsonarista Te Atualizei, veiculada ontem, o ex-presidente não fez qualquer comentário sobre a investigação, citando apenas as prisões de antigos auxiliares. “Tem outros dois (auxiliares) que não eram diretos meus, mas estão presos: o (ex-ajudante de ordens Mauro) Cid e o sargento (Luis Marcos) dos Reis, cuja punição, se forem culpados, não seria passível dessa preventiva que estão sofrendo agora. Um objetivo é uma delação premiada, e o outro é me atingir.” Nas redes sociais, postou ontem apenas sobre o Dia dos Pais. Sobre a operação da PF, até o momento, Bolsonaro só se pronunciou por meio de seus advogados, afirmando que “jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos, colocando à disposição do Poder Judiciário sua movimentação bancária”. A PF executou mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao advogado Frederick Wassef, que trabalhou para Bolsonaro; ao general Mauro Lourena Cid, pai do ex-ajudante de ordens Mauro Cid; e ao tenente Osmar Crivelatti, que atua na equipe do ex-presidente. Além disso, foi pedida a quebra dos sigilos de Bolsonaro. Sua mulher, Michelle, também foi alvo de petição para uso de seus dados reservados. (Globo)

Edição de Sábado: A era do calor que mata começou

Quatrocentas e oitenta e nove mil pessoas morrem por ano por causa do calor; 61 mil no verão passado, só na Europa. A onda de calor de 2021 no noroeste do Pacífico matou 1 bilhão de criaturas marinhas. Os oceanos absorvem, por segundo, o calor equivalente a cinco bombas atômicas. Outra onda de calor, na Antártica, levou os termômetros aos 20ºC. O recorde histórico de alta temperatura do Canadá foi batido em 2021, com 49,6ºC. Da Europa também: 48,8ºC, na Sicília. Há menos de um mês, uma cidade chinesa marcou 52,2º C. Julho de 2023 foi o mês mais quente de que se tem registro. A última vez que o planeta esteve tão quente foi 125 mil anos atrás. O número de dias em que a temperatura passa dos 50ºC em algum canto do mundo dobrou desde a década de 1980. Cerca de 30% da população mundial está exposta a ondas de calor mortíferas mais de 20 dias por ano. Há uma chance de 98% de que ao menos um dos próximos cinco anos seja o mais quente de que se tem notícia. No fim deste século, até 75% dos habitantes da Terra viverão sob risco de morte por causa de eventos climáticos causados pelo calor. Desde a década de 1990, ondas de calor causadas por mudanças climáticas custaram à economia US$ 16 trilhões.

Greve afeta a criatividade da Disney

Sem times criativos disponíveis, com a maioria em greve, parece que a criatividade da equipe de Disney foi pelo ralo. Copiando até discurso do CEO do lado. Essa semana temos atualizações da negociação das greves, que esquentou com tentativa de chegar a um fim. Nada resolvido ainda, produções atrasadas e Emmy só em 2024.

E a polícia chega num general

11 de agosto, 2023. A República brasileira deu um passo importante no momento em que a Polícia Federal começa a investigar um general de Exército por corrupção medíocre. Pedro ainda responde a comentários feitos durante a semana sobre maconha e violência policial.

Meritocracia da magreza e a gordofobia

Gordofobia, lipofobia, Ozempic, a bailarina Lizzy e a cantora Lizzo. O quanto a meritocracia influencia até pensamentos sobre o corpo, impondo a magreza. Gordofobia contra mulheres, que sofrem diariamente ou num dos períodos mais vulneráveis da mulher, o puerpério. Sim, nossa sociedade sofre de uma doença, mas não é obesidade o problema.

Equador pede ajuda ao FBI após assassinato de candidato

Para investigar o assassinato do candidato à presidência Fernando Villavicencio, o Equador pediu ajuda ao FBI, a polícia federal americana. O anúncio foi feito pelo presidente Guillermo Lasso, horas depois de decretar estado de exceção por 60 dias, para permitir o patrulhamento de militares nas ruas do país, tomado pela violência do narcotráfico, e para garantir a realização das eleições presidenciais, mantidas no próximo dia 20. Seis homens — todos colombianos — foram presos por suposto envolvimento no crime, que ocorreu na quarta-feira, após um comício em Quito. Um suspeito foi morto na troca de tiros com a polícia durante o atentado. Logo após o ataque, membros da facção criminosa Los Lobos assumiram a responsabilidade: “Toda vez que políticos corruptos não cumprem suas promessas quando recebem nosso dinheiro, serão demitidos”. À noite, no entanto, a autoria foi negada pelo grupo. Villavicencio, de 59 anos, que estava em quinto na disputa presidencial, havia alertado que era alvo de ameaças da maior organização criminosa do Equador, Los Choneros, cujo líder está preso. Dias antes, chegou a afirmar “que venham os chefes do tráfico, que venham mafiosos”. A mulher do candidato afirmou que erros das equipes de segurança e logística de seu marido facilitaram a execução dele. (g1 e Globo)