IPCA-15: prévia da inflação sobe 0,35% em setembro

Considerado a prévia da inflação oficial do país, o IPCA-15 subiu 0,35% em setembro, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE. O resultado veio pouco abaixo do esperado por economistas ligados ao mercado financeiro e representa uma aceleração de 0,07 ponto percentual na comparação com o mês anterior, quando houve alta de 0,28% em agosto. Em setembro de 2022, o IPCA-15 foi de -0,37%. Com isso, a prévia da inflação acumula 5% na janela de 12 meses. No ano, o acúmulo é de 3,74%. O resultado de setembro foi puxado pela alta da gasolina, que subiu 5,18% no mês. O item faz parte do grupo de Transportes, que também teve a maior alta entre as nove categorias de produtos pesquisados no IPCA-15. Além de transportes, o principal efeito de alta veio de Habitação, que subiu 0,30%. Em contrapartida, o grupo de Alimentação e bebidas segue em trajetória de desaceleração, com queda de 0,77% no mês. (g1)

Ministério da Justiça diz não saber quem recebeu alerta sobre o 8/1

A Força Nacional de Segurança Pública elaborou no dia 5 de janeiro deste ano um relatório alertando para o risco de atos violentos em Brasília no dia 8 por parte de caçadores, atiradores e coletores (CACs). O perigo foi identificado pelo monitoramento de aplicativos de mensagens desse grupo, inconformado com o resultado das eleições presidenciais. O documento vem sendo mantido em sigilo pela Força Nacional, e autoridades dizem desconhecer seu teor. A lista de destinatários incluiu o diretor da Força Nacional de Segurança Pública e à Diretoria de Inteligência do Ministério da Justiça, mas sem identificar seus nomes. O ministério diz que naquele momento o organograma ainda estava sendo reformulado, com muitos cargos vagos, e não sabe explicar o que foi feito a partir do relatório. (Folha)

Ata: Copom prevê novas reduções de 0,5 ponto na Selic

Após o corte de 0,50 ponto percentual na Selic, de 13,25% para 12,75% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) indicou que deve manter o ritmo de redução nas próximas reuniões, afirmando que é “pouco provável” uma intensificação dos cortes da taxa. É o que consta na Ata da reunião do comitê realizada na semana passada, divulgada hoje pelo BC. O documento também reforçou a necessidade de manter a política monetária ainda contracionista pelo “horizonte relevante”, até que se consolide a convergência da inflação para a meta e a ancoragem de expectativas. “Esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, disse o Copom. O Comitê também avaliou que as contas públicas ainda estão entre os fatores que mais pressionam a inflação, e que as expectativas para o índice no mercado financeiro, que estão acima da meta central para 2024, “seguem sendo um fator de preocupação”. (Estadão e g1)

Alunos da Unisa recorrem de expulsão por ato obsceno

Seis dos 15 alunos de medicina expulsos da Universidade Santo Amaro (Unisa) após a viralização de um vídeo com nudez coletiva entraram ontem com um recurso contra a decisão da instituição. O advogado da universidade, Marco Aurélio Carvalho, disse que as expulsões podem ser revistas se os alunos apresentarem “fortes indícios” de que não participaram do ato. O vídeo, gravado no final de abril, mostra alunos de medicina da Unisa correndo pela quadra com as calças arriadas durante uma partida de vôlei feminino. “A expulsão foi um recado poderoso para a sociedade, no sentido de que não vamos aceitar comportamentos que tragam vergonha à comunidade médica e à sociedade em geral. Mas a universidade tem que instaurar o devido processo legal e dar o direito de defesa”, afirmou Carvalho. Já a defesa de dois dos expulsos alega que os alunos eram calouros e foram coagidos por veteranos a se exibirem. (Globo e Folha)

Proporção professor/aluno na USP caiu 28% em duas décadas

Ao longo de 20 anos, a USP, uma das principais universidades do país, viu cair 28% a proporção entre professores e alunos de seus cursos – de 0,07 para 0,05. A redução é resultado da ampliação no número de vagas para estudantes sem a correspondente contratação de novos docentes. A quantidade de estudantes de graduação e pós-graduação passou de 70.563, em 2002, para 93.040, em 2022 (32% a mais). Já o número de professores cresceu apenas 5%, passando de 4.804 para 5.043, levando algumas faculdades a cancelarem disciplinas. Na semana passada, alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH),iniciaram uma greve, depois acompanhada por docentes, exigindo novas contratações. A FFLCH tem 70 vagas abertas desde o ano passado, mas preencheu somente dez. O diretor da unidade, Paulo Martins, criticou a greve e disse que fará as demais contratações até o ano que vem. (Folha)

Blue Origin nomeia novo CEO

A Blue Origin, braço espacial da Amazon, nomeou Dave Limp como novo CEO. O executivo assumirá o comando da empresa em dezembro no lugar de Bob Smith, que deixará a empresa formalmente em janeiro de 2024. Limp é ex-vice-presidente sênior da Amazon, liderando a unidade de dispositivos de consumo da companhia, incluindo o Kindle. No comando da Blue Origin, Limp ajudará a empresa a lançar sua primeira missão no ano que vem: o envio de uma sonda da Nasa a Marte no foguete New Glenn. (Olhar Digital)

Windows 11 lança atualização

A Microsoft começou a liberar hoje uma nova atualização para o Windows 11. Entre as novidades está o Copilot, uma espécie ChatGPT integrado que entende comandos de texto e de voz para realizar ações em vários programas, além de criar resumos de um texto, editar imagens, ativar recursos no sistema, pedir sugestões de música, entre outros. O pacote também inclui um recurso que ajuda a criar imagens no Paint, buscador Bing com robô desenhador DALL-E 3. O Windows 11 deve ganhar no início de novembro uma nova atualização, que vai incluir o Copilot no pacote Microsoft 365, que inclui Word, Excel, PowerPoint, Outlook e Teams. Para receber as novidades, é preciso verificar se a atualização já está disponível, buscando por "Windows Update" no sistema operacional. (g1)

Lula descarta gênero e cor como critérios para o STF

Declaração frustra expectativa de quem defende uma mulher negra pra substituir Rosa Weber no Supremo. Levantamento indica que apenas 58% das escolas brasileiras têm computadores e acesso à internet de qualidade para os alunos. E a Amazon entra pesadamente na briga pela inteligência artificial.

Diversidade não será mais critério para escolha de ministro do STF, diz Lula

Gênero e cor não serão critérios adotados pelo presidente Lula para escolher quem vai assumir a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) que será aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber. Em relação à Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente disse que ainda está conversando para decidir quem ficará no lugar de Augusto Aras, que deixa o cargo hoje.

Governo pede fim do teto de pagamento de precatórios, para quitar R$ 95 bi fora da meta fiscal

Para rever o pagamento de precatórios — dívidas judiciais da União —, alterado pela chamada PEC do Calote, que em 2021 fixou um teto anual para essas despesas, o governo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é quitar cerca de R$ 95 bilhões fora do arcabouço fiscal e alterar definitivamente como esses pagamentos são computados na contabilidade federal. Defendida pela gestão Bolsonaro, essa PEC limitou o pagamento anual de precatórios para liberar outros tipos de despesas, empurrando o valor que extrapola o teto. A regra vale até 2026, por isso, a previsão é que, no ano seguinte, o governo seja obrigado a pagar tudo o que ultrapassou os limites anuais e se acumulou desde 2022. A Advocacia-Geral da União (AGU) vai defender a inconstitucionalidade desse dispositivo. Para contornar o impacto fiscal, o Ministério da Fazenda pretende pedir abertura de crédito extraordinário ao Congresso para pagar todo o valor atrasado, avaliado em R$ 95 bilhões. A pasta vai alegar que a quitação do estoque não era esperada e deve ser liberada do limite do teto de despesas do novo arcabouço fiscal. Dessa forma, o governo poderá arcar com o pagamento sem infringir as regras fiscais. “Para nós, para além do fiscal, os efeitos econômicos e reputacionais são o que importa para sair dessa”, afirma o secretário do Tesouro, Rogério Ceron. (Estadão)