Meio

Quatro dos seis principais rios da Bacia Amazônica, a maior do mundo, estão no nível mais baixo já registrado para o mês de setembro, segundo um relatório do Sistema Geológico Brasileiro (SGB) e da Agência Nacional de Águas (ANA). A seca histórica atinge os rios Amazonas, Negro, Branco e Purus, preocupando especialistas, já que a recuperação pode levar até quatro anos. Os rios Madeira e Solimões já se aproximam dos piores índices já registrados. O sistema interligado de energia já é afetado, e a logística, crucial para a região Norte e a Zona Franca, enfrenta desafios. Além disso, a agricultura familiar em diversos estados sofre com a redução da produção, afetando o fornecimento de insumos em todo o país. Já são 79 municípios afetados. O Centro de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden) reforça que os rios são interligados e a baixa pode afetar rios de outras regiões. As causas da seca severa estão relacionadas ao El Niño e ao aquecimento do Atlântico Tropical Norte, que deslocaram as chuvas para o Sul do Brasil. (g1)

O presidente Lula foi às redes sociais para se manifestar sobre os ataques do Hamas a Israel neste sábado. Lula se disse “chocado com os ataques terroristas”, expressou condolências às famílias das vítimas e repudiou todas as formas de terrorismo. Além disso, destacou que o Brasil vai atuar por meio do Conselho de Segurança da ONU e defendeu a retomada das negociações entre as partes em prol da solução de dois Estados. “Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados.” (Meio)

À frente da presidência do Conselho de Segurança da ONU, o Brasil anunciou neste sábado que convocará para este domingo uma reunião de emergência do órgão sobre os ataques do Hamas a Israel. Em nota, o governo brasileiro condenou os bombardeios e ataques terrestres. “Não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis. O governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação”, diz o Ministério das Relações Exteriores. O país também reforçou seu compromisso com a solução de dois Estados, com Palestina e Israel convivendo em paz e segurança, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas. (Agência Brasil)

O Pentágono reafirmou neste sábado o compromisso dos Estados Unidos com o direito de Israel de se defender e prometeu que garantirá os meios necessários para isso. “Nosso compromisso com o direito de defesa de Israel permanece inabalável”, afirmou o secretário de Defesa, Lloyd Austin, acrescentando que trabalhará para garantir que Israel tenha o que precisa para se defender e proteger os civis. Pouco antes, o governo americano condenou os ataques do Hamas contra Israel. “Apoiamos firmemente o governo e o povo de Israel e apresentamos nossas condolências pelas vidas israelenses perdidas nesses ataques.” (Estadão)

Rebeca Andrade brilhou no Mundial de Ginástica ao conquistar o bicampeonato mundial no salto, superando a americana Simone Biles, que ficou com a prata após uma queda ao tentar o salto Biles II, considerado o mais difícil da ginástica. Com uma nota 14,750, Rebeca demonstrou talento ao se apresentar como a última competidora. A vitória histórica tornou Rebeca a primeira brasileira a conquistar três medalhas em um único Mundial, após já ter obtido a prata no geral individual e no Mundial por equipes, superando o recorde anterior de Diego Hypolito. A competição ainda reserva mais oportunidades de sucesso para Rebeca, já que ela competirá na final do solo, ao lado da brasileira Flávia Saraiva, que ficou em 15º na classificação geral individual. A final acontece na Antuérpia (Bélgica) neste domingo. (g1 e CNN) 

Igor Gielow: “No dia seguinte ao 50º aniversário do início da Guerra do Yom Kippur, Israel voltou a ser abalado por um ataque surpreendente de adversários árabes. Se não chega a ser uma ameaça existencial como a superada em 1973, a infiltração de militantes do Hamas em diversas cidades do sul israelense, somada à chuva de foguetes iranianos à disposição do grupo na Faixa de Gaza, entra para a História como um dos maiores fracassos dos propalados serviços de inteligência do Estado judeu”. (Folha)

Em um ataque surpresa considerado um dos maiores sofridos nos últimos anos, o movimento islâmico Hamas bombardeou Israel na manhã deste sábado (hora local). Milhares de foguetes foram lançados e, em comunicado, os militares de Israel afirmaram que “vários terroristas se infiltraram no território israelense a partir da Faixa de Gaza”. O Hamas afirmou que o ataque marca o início de uma grande operação para a retomada do território. Logo após o ataque, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país está em estado de guerra e respondeu com a Operação Espadas de Ferro. Segundo os serviços de emergência, ao menos 298 pessoas morreram – 100 em Israel e 198 na Faixa de Gaza. Milhares ficaram feridas. (g1)

“Descobri quando Elza nasceu”, dizia o título do e-mail. O remetente, chamado J., era um desconhecido. Naquela manhã, eu planejava dar só uma olhada rápida no computador, o e-mail que acumulasse: era meu aniversário. Mas o que fazer diante de uma proclamação como aquela? “Descobri quando Elza nasceu.” Anexada, a cópia de uma certidão de nascimento muito antiga (os documentos citados nesta reportagem estão aqui). Uma certidão que trazia a data de 1º de outubro de 1921. Uma data que dava vertigem.

O escritor e jornalista Sérgio Rodrigues, autor de Elza, a garota, conta para Pedro Doria os bastidores das revelações a que teve acesso sobre a menina Elza Fernandes, assassinada por companheiros do Partido Comunista na década de 1930. Um dos mistérios, agora solucionado, era a idade de Elza. Na conversa, eles discutem o contexto histórico que levou à Intentona Comunista, a figura de Luís Carlos Prestes e o que a morte bárbara de Elza expõe da esquerda, que a apagou, e da direita, que inventou mentiras a seu respeito para alimentar o anticomunismo. Neste vídeo, trazemos ainda trechos das conversas de Rodrigues com o estudante J. M. P., que encontrou a certidão de nascimento de Elza e pediu para não ser identificado com nome completo, e com João Maia Calonio e Maria Luíza Calonio, familiares da garota.

Alguns episódios históricos retroalimentam as narrativas do anticomunismo brasileiro. O assassinato de Elza Fernandes certamente é um dos mais importantes. Neste vídeo, o escritor e jornalista Sérgio Rodrigues, autor de Elza, a garota, debate com Christian Lynch, cientista político, historiador e colunista do Meio, o que a informação inédita sobre a idade que a menina tinha quando foi morta revela do Brasil e da guerra ideológica travada nos anos 1930 e desde então.