Reunião do Conselho de Segurança termina sem avanço

A reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para tratar do ataque do Hamas a Israel terminou neste domingo sem uma declaração conjunta dos países. O encontro ocorreu a portas fechadas. Fontes revelaram a Jamil Chade que um dos principais pontos discutidos foi a possibilidade de o conflito se espalhar e virar uma guerra regional. Havia uma proposta da França e dos Emirados Árabes Unidos de leitura e aprovação de uma declaração conjunta pelos 15 membros do conselho. Os Estados Unidos, no entanto, indicaram resistências em relação a alguns pontos da declaração. Os Emirados Árabes Unidos cederam e retiraram seu apoio ao texto conjunto. O embaixador brasileiro Sergio Danese, que presidia o encontro, explicou que os governos fizeram perguntas ao norueguês Tor Wennesland, coordenador da ONU para o processo de Paz no Oriente Médio, e que a reunião serviu para que cada delegação tivesse uma visão mais clara da situação. Também foi a ocasião, segundo ele, de que governos declarassem seu apoio para que um processo negociador pudesse ser retomado. (UOL)

Maior que o Cristo Redentor, estátua de Nossa Senhora é inaugurada em Aparecida

Após seis anos de construção, uma estátua de Nossa Senhora Aparecida, com 50 metros de altura, foi inaugurada em Aparecida (SP). A escultura de Gilmar Pinna tem 45 metros, além de 5 metros de base, superando o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, cuja estátua tem 30 metros mais 8 metros de pedestal. Em 2019, sua instalação foi proibida pela Justiça devido ao questionamento da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos sobre a legalidade do uso de recursos públicos para a construção de monumentos religiosos. A Justiça reverteu a proibição em 2021, citando o turismo religioso como fator econômico relevante para a cidade. A 3 km da Basílica de Nossa Senhora, a obra é visível a 6 km de distância. A estátua de aço custou cerca de R$ 10 milhões. (Folha)

Guerra dá a Netanyahu chance de fazer amigos em Israel e no exterior

A maior crise de segurança de Israel em anos dá ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a oportunidade de fazer amigos valiosos no país e no exterior. O ataque do Hamas abre caminho para ele tirar do governo os partidos religiosos sionistas em troca de uma coalizão centrista com os liberais — o ex-primeiro-ministro Yair Lapid (Yesh Atid) e o ex-ministro da Defesa Benny Gantz (Unidade Nacional). Além de melhorar as relações de Jerusalém com os EUA, uma coligação centrista liderada pelo Likud, de Netanyahu, ajudaria o primeiro-ministro a liderar a guerra contra o Hamas, a restaurar a tranquilidade interna e a garantir a paz com a Arábia Saudita. Neste domingo, Gantz, que é ex-ministro da Defesa, afirmou que está aberto à formação de um governo de união, mas quer que seu partido tenha poder decisório sobre a guerra. (Politico e Times of Israel)

EUA deslocam navios e caças para a região de conflito entre Israel e Hamas

Em resposta ao ataque dos Hamas, o secretário americano de Defesa, Lloyd Austin, disse que o porta-aviões USS Gerald R. Ford, um cruzador de mísseis e quatro destroieres estão se dirigindo para a região leste do Mediterrâneo, assim como caças americanos também serão deslocados. E mais ajuda militar será enviada nos próximos dias, incluindo munições. O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, expressou apoio ao ataque do Hamas. O grupo islâmico disse que contou com ajuda iraniana, com foguetes, drones, militantes em parapentes e centenas de combatentes. Mas o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que não há provas de envolvimento direto do Irã. Ele reconheceu, no entanto, que, há anos, o país tem ajudado o grupo baseado em Gaza. (BBC)

Celso Amorim condena ataque do Hamas, mas aponta abandono do processo de paz por Israel

Assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República e ex-chanceler, Celso Amorim afirma ao Painel que ataques a civis sempre têm de ser condenados e não são justificáveis. No caso de Hamas contra Israel, ele afirma que “não pode ser visto como fato isolado”, pois “vem depois de anos e anos de tratamento discriminatório, de violências, não só na própria Faixa de Gaza, mas também na Cisjordânia”. “Isso não justifica, volto a dizer, mas o que eu vejo é que o resultado dessa atitude, do aumento dos assentamentos israelenses, é a dificuldade de avançar no plano de paz”, afirma. (Folha)

Ao menos 260 corpos são encontrados em rave em Israel

Pelo menos 260 corpos foram encontrados no local onde ocorria uma rave no sábado no momento do ataque do Hamas. O DJ Juarez Petrillo, pai dos DJs Alok e Bhaskar, filmou o momento em que o festival Universo Paralello foi interrompido após a chegada de homens do grupo extremista armado. Neste domingo, Alok afirmou que o pai está seguro em um bunker, aguardando direcionamento para retornar ao Brasil e explicou que ele foi contratado para se apresentar em um evento que licenciou os direitos de uso do nome do festival. Segundo relatos, homens armados em jipes atiravam nas pessoas que tentavam fugir a pé ou de carro. (g1)

Fechamento de barragem por causa de chuvas gera confronto entre PM e indígenas em SC

As fortes chuvas que afetam 120 cidades de Santa Catarina, com 54 declarando situação de emergência e duas mortes confirmadas, levaram ao fechamento de duas comportas da barragem de José Boiteux, localizada em território indígena no Vale do Itajaí. Antes do fechamento, houve confronto entre policiais militares e indígenas Xokleng, com três deles feridos por balas de borracha. Eles foram hospitalizados e não há informações sobre seu estado de saúde. Os indígenas alegavam que o fechamento da barragem pode levar à inundação do seu território. Já o governador Jorginho Mello (PL) afirmou que a decisão foi tomada para “garantir a segurança das pessoas em toda a região”. O Ministério dos Povos Indígenas acompanha a situação e mobilizou a Polícia Federal e a Funai para garantir a segurança da comunidade indígena, mas destacou a falta de cumprimento de contrapartidas do governo estadual. (g1)

Alexa, por que você espalha fake news?

Em meio a temores de que a inteligência artificial possa aumentar a disseminação de fake news, a Alexa, da Amazon, tem respondido que as eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos foram roubadas. Ao ser perguntada sobre fraude na disputa entre Joe Biden e Donald Trump, a assistente de voz, que tem mais de 70 milhões de usuários, afirma que o pleito “foi roubado por uma grande quantidade de fraude eleitoral”. A fonte citada é o Rumble, streaming de vídeos popular entre conservadores, e o Substack, sistema de assinatura de newsletters. Não há provas de fraude e Trump enfrenta acusações criminais federais relacionadas às suas tentativas de mudar o resultado das eleições. A Amazon não explicou o motivo de a assistente usar fontes não verificadas para responder perguntas relacionadas às eleições. (Washington Post)

Entre 34 países, Brasil tem a conta de luz que mais pesa no bolso do consumidor

Da riqueza gerada anualmente por um brasileiro, 4,54% são gastos com conta de luz. Com esse resultado, o Brasil lidera um ranking com 34 países. O percentual destinado pelo brasileiro à conta de luz fica bem acima do apurado na Europa: Espanha (2,85%), Alemanha (1,72%) e Luxemburgo (0,35%). O resultado brasileiro também supera o registrado em economias emergentes, como Chile (2,65%) e Costa Rica (2,76%). O ranking foi elaborado pela Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres, considerando as tarifas residenciais de 2022 e o PIB per capita calculado pelo FMI para o mesmo ano. (Folha)

Projeto prevê INSS e pagamento mínimo por hora para motoristas e entregadores de app

A regulamentação de direitos trabalhistas de motoristas e entregadores de aplicativos deve mantê-los como autônomos, mas criar uma contribuição obrigatória para o INSS, a ser descontada na fonte e recolhida pelas empresas. O projeto prevê um piso por hora rodada de R$ 30 para motoristas e de R$ 17 para entregadores — equivalendo a um salário mínimo proporcional às horas trabalhadas e não ao período logado no app. A regulamentação prevê recolhimento de 7,5% dos trabalhadores e de 20% das empresas para o INSS. No caso dos motoristas, os percentuais vão incidir sobre 25% do valor repassado a eles pelas empresas. No caso dos entregadores, o governo quer 50% do ganho como base de cálculo. Representantes dos trabalhadores e das plataformas querem uma mesma base de cálculo para todos. A decisão final caberá ao presidente Lula. Em seguida, o projeto será enviado ao Congresso. (Globo)