Haddad diz que é preciso “proteger a economia brasileira” de cenário externo

Sobre os possíveis impactos no Brasil do conflito entre Israel e Hamas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a pasta precisa agora “proteger a economia” de volatilidades do ambiente externo com a aprovação de projetos econômicos. “Com o cenário externo se complicando como está, o nosso desafio aqui é fazer a nossa agenda interna evoluir o mais rápido possível para proteger a economia brasileira como fizemos no passado”, afirmou o ministro, em coletiva de imprensa em São Paulo para o lançamento da nova fase do Desenrola Brasil. Segundo Haddad, o país não tem poder decisório dos juros nos Estados Unidos ou no preço do petróleo, mas que os temas impactam o ambiente doméstico. O chefe da pasta também disse que a situação do aumento dos preços do petróleo exige cautela e afirmou que o governo vai avaliar o cenário e não tomará medidas de forma “açodada” sem analisar os desdobramentos dos episódios. (Poder360)

BC deve manter cortes de juros de 0,5 ponto, diz diretor de Política Monetária

Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), disse que a autarquia deve manter o ritmo de cortes de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros, a Selic, nas próximas reuniões. Ele citou o cenário internacional desafiador por conta dos impactos provocados pelo conflito entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas, mas afirmou que essa piora é compensada por uma conjuntura doméstica mais mais favorável. “Mesmo com um cenário internacional mais desafiador, a gente entende que o passo de cortes de 0,5 ponto na taxa de juros brasileira permite simultaneamente ajustar o nível de contração política monetária [...] e ir observando esses fenômenos domésticos e internacionais para a gente ter tempo de depurar e entender o que está acontecendo na economia”, afirmou, durante uma reunião do Conselho Empresarial de Economia da Firjan. Por aqui, Galípolo destacou as surpresas positivas no PIB e na inflação, mas voltou a falar no "esforço da última milha" para levar a inflação em direção às metas. (Folha)

Elon Musk promove contas não verificadas para atualizações sobre Israel

À medida que o conflito entre Hamas e Israel se intensifica, Elon Musk usou seu perfil no X para incentivar seus seguidores a buscarem atualizações sobre a guerra em contas conhecidas por publicar notícias falsas. “Para acompanhar a guerra em tempo real, @WarMonitors e @sentdefender são bons”, postou Musk para seus mais de 150 milhões de seguidores. A postagem foi vista por mais de 11 milhões de pessoas e deletada três horas depois pelo bilionário, após uma das contas se referir aos combatentes de Gaza como “mártires”. Especialistas já expressaram preocupação sobre o X espalhar desinformação sobre o conflito em Israel. Recentemente, um relatório divulgado pela União Europeia apontou o X e o Facebook como as redes sociais com mais fake news. (Washington Post)

Inteligência egípcia alertou Israel para ‘algo grande’, mas foi ignorada

A sequência de falhas da inteligência israelense no ataque do Hamas foi explicitada nesta segunda-feira com a notícia, passada por agente da inteligência do Egito, de que o país árabe alertou Israel da iminência de “algo grande” por parte de extremistas palestinos. O ministro da Inteligência egípcio, general Abbas Kamel, teria telefonado há dez dias para o premiê israelense Benjamin Netanyahu para dar o alerta. O Egito, que faz fronteira ao Norte com Israel e Gaz, serviu diversas vezes de mediador entre o Hamas e Tel Aviv. Netanyahu, porém, teria preferido concentrar seus esforços e recursos na Cisjordânia, onde vivem colonos israelenses que compõem grande parte da base de sua coalizão de direita e extrema direita. (Times of Israel)

Israel mata supostos militantes tentando entrar no país pelo Líbano

As Forças Armadas de Israel anunciaram nesta segunda-feira terem matado cinco de oito supostos militantes que tentaram entrar no país pela fronteira com o Líbano, ao Norte. Segundo o contra-almirante Daniel Hagari, porta-voz militar israelense, um helicóptero de seu país entrou no espaço aéreo libanês e destruiu uma base do Hezbollah, grupo político-militar que, como o Hamas na Faixa de Gaza, é financiado majoritariamente pelo Irã. O Hezbollah, por sua vez, disse que apenas uma casa abandonada foi atingida e negou envolvimento com a tentativa de incursão em Israel. (Washington Post)

O que deu errado? As falhas de Israel

Poucas áreas no mundo são mais policiadas que a fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza, e poucos serviços de inteligência têm a reputação do israelense. Como explicar então que o Hamas tenha conseguido fazer um ataque em larga escala como o deste fim de semana? Entre as explicações estão uma onda de pequenos casos de violência na Cisjordânia que desviou a atenção das forças policiais e a profunda divisão na sociedade israelense, inclusive nas Forças Armadas, provocada pelos ataques do premiê Benjamin Netanyahu e seus aliados de extrema direita ao sistema judicial do país. O contra-almirante Daniel Hagari, um dos porta-vozes militares, admitiu que o Exército deve explicações ao país, mas que esta não é a hora. “Primeiro lutamos, depois investigamos”, afirmou. (AP)

Canções pop estão cada vez menores… e não é só no Brasil

Das 24 canções do álbum Escândalo Íntimo (Spotify), de Luísa Sonza, 13 têm menos de três minutos, durante décadas a duração média de uma música pop. Outros artistas da mesma seara, com Ludmilla e Pedro Sampaio, fazem o mesmo, e a tendência está presente no exterior também. Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles analisaram 160 mil faixas no Spotify constataram que, ao longo das últimas três décadas, as canções pop perderam um minuto e três segundos. O fenômeno, dizem os especialistas, foi agravado pelo streaming e pelo TikTok, que privilegia conteúdos curtos. Nem todos os artistas entram na onda, claro. No ano passado, Halsey protestou contra a própria gravadora, acusando a empresa de privilegiar conteúdo “viralizável” em detrimento da qualidade. E Taylor Swift, maior nome do pop atual, vai contra a corrente, com 18 das 22 faixas de Speak Now (Taylor’s Version) (Spotify) tendo mais de quatro minutos – duas têm mais de seis. (Globo)

Petrobras tentará mitigar repasses ao preço de combustíveis apesar da guerra

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou hoje que a companhia deve segurar os preços dos combustíveis no país, mesmo que a guerra entre Hamas e Israel no Oriente Médio amplie a volatilidade sobre as cotações internacionais de petróleo. “É mais um evento de volatilidade [sobre os preços]”, afirmou, em entrevista durante evento organizado pelo Consulado Geral da Noruega no Rio de Janeiro. “Vamos acompanhar, tentando mitigar a volatilidade para manter os preços estáveis.” Para o chefe da petroleira, o movimento é mais especulativo, já que a região não é produtora de petróleo. A variação das cotações internacionais, diz, tem mais relação com a especulação sobre eventuais efeitos em outros países. Prates, no entanto, não descartou aumentos nos preços internos caso as cotações do petróleo permaneçam muito tempo em elevados patamares. "Se tiver que ter ajuste, a gente vai fazer ajuste", disse. Nesta segunda-feira, o preço do barril de petróleo do tipo brent, usado como referência global, chegou a US$ 89 (R$ 458, na cotação atual). (Folha e Poder360)

OMS já trabalha em função da ‘pandemia desconhecida’

‘Doença X’. Parece nome de empresa de Elon Musk, mas é o termo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) usa para designar uma doença potencialmente pandêmica que ainda não apareceu. O objetivo é deixar o mundo mais bem preparado para uma nova doença epidemiológica como a covid-19, inclusive buscando formas de preveni-las. Há diversos fatores de risco para o surgimento dessas doenças, como ocupação desordenada de áreas de vida selvagem, fazendo chegar aos humanos vírus e outros agentes inofensivos em animais. Também contribui a aglomeração urbana com parcas condições de saúde e higiene. (Globo)

PF investiga conexão de Braga Netto com golpistas denunciada por Cid

A Polícia Federal está investigando uma suposta atuação do general da reserva Wagner Braga Netto como ligação entre Jair Bolsonaro (PL) e os golpistas que acamparam diante de quartéis após as eleições do ano passado. A denúncia consta da delação premiada do tenente-coronel do Exército Mauro Cid, antigo ajudante de ordens do ex-presidente. A PF está analisando a agenda de encontros, incluindo os confidenciais, entre Bolsonaro e Braga Netto, que seu ministro e candidato a vice, nos últimos meses do ano passado. A maior parte das reuniões aconteceu no Palácio da Alvorada, onde o então presidente se enclausurou após a derrota eleitoral. Braga Netto não comentou as denúncias. (Globo)