Em meio à guerra, Ibovespa sobe e dólar cai

A guerra entre Israel e Hamas pegou de surpresa os mercados, mas não gerou abalos. No primeiro pregão pós-ataques, o Ibovespa fechou em alta de 0,86%, aos 115.156 pontos, enquanto o dólar encerrou o dia com queda de 0,61%, a R$ 5,13. Em Nova York, Dow Jones avançou de 0,59%, S&P 500 subiu 0,63% e Nasdaq fechou em alta 0,39%. Os analistas, no entanto, não apostam na manutenção da calmaria. (Valor Investe)

Silvio Almeida quer recriar Comissão de Mortos e Desaparecidos em 25/10; Múcio resiste

Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva despacha do Palácio da Alvorada, onde se recupera de uma cirurgia no quadril, há uma disputa aberta dentro do governo em torno da recriação da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos. Criada em 1995, essa comissão foi extinta por Jair Bolsonaro e tem a função de investigar e dar respostas às famílias que tiveram membros sequestrados ou assassinados pela ditadura.

Ministro do Trabalho afirma que economia ‘suportaria’ jornada semanal de 4 dias

Durante audiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, defendeu nesta segunda-feira que o Congresso trate da redução da jornada de trabalho semanal. Ele lembrou que já há empresas no Brasil experimentando o modelo de quatro dias por semana. O assunto, no entanto, ainda não foi tratado com o presidente Lula. Além disso, sociedade e o Parlamento teriam de entrar em consenso. “É a minha opinião, não de governo. Mas tenho certeza que o presidente Lula não iria bloquear um debate, em que a sociedade reivindique que o Parlamento analise a possibilidade de redução da jornada de trabalho sem redução dos salários evidentemente. Eu acho que a economia brasileira suportaria.” (Globo)

Irã acompanhou elaboração do plano de ataque desde agosto, segundo jornal

A Guarda Revolucionária do Irã trabalhou com o Hamas desde agosto para a elaboração dos ataques do último sábado. A decisão final sobre a ofensiva foi tomada em uma reunião na segunda-feira da semana passada em Beirute, afirmaram, ao Wall Street Journal, fontes do Hamas e do grupo xiita libanês Hezbollah. Os detalhes foram alinhados em várias reuniões com a presença da Guarda Revolucionária e de quatro grupos militantes apoiados pelo Irã, entre eles o Hamas e o Hezbollah. Autoridades americanas afirmam que não identificaram envolvimento direto de Teerã, mas admitem que certamente há alguma relação. (Wall Street Journal)

IBGE inclui perguntas sobre identidade de gênero e orientação sexual em pesquisa

Pela primeira vez, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai incluir duas perguntas relacionadas a identidade de gênero e orientação sexual para maiores de 18 anos em sua Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) de 2023. O levantamento terá como foco a saúde reprodutiva de homens e mulheres, além da saúde e nutrição na infância. O órgão afirma que essas questões são uma “demanda da sociedade civil”. No caso da identidade de gênero, haverá o campo “outro”, no qual a pessoa poderá se declarar de uma forma não especificada no questionário. A PNDS também vai perguntar o sexo de nascimento da população, e não apenas o sexo, como fez em pesquisas anteriores. (Folha)

O Brasil está prestes a liberar a venda de sangue?

No início de outubro, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o PL do Plasma, que pretende alterar a lei para permitir a comercialização desta parte do sangue. O projeto ainda precisa ser votado nos plenários da Casa e da Câmara. O debate, no entanto, já divide a sociedade.

Por que Brasil não classifica o Hamas como ‘terrorista’

A classificação do Hamas como grupo terrorista divide a comunidade internacional. As motivações de cada país para classificar uma entidade como terrorista variam de acordo com interesses e diretrizes de sua política externa de cada um. Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Austrália e União Europeia consideram o grupo palestino uma organização terrorista. Brasil, China, Rússia, Turquia, Irã e Noruega, no entanto, não adotam esse termo. Historicamente, o Brasil só classifica uma organização como terrorista se a ONU também classificar dessa forma, como é o caso de Boko Haram, Al-Qaeda e Estado Islâmico. O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a se manifestar pela classificação do Hamas e do Hezbollah como terroristas. Oficialmente, porém, o país não mudou sua postura. Mas, mesmo sem classificar o Hamas como terrorista, o Brasil já se manifestou contra o grupo na ONU: em dezembro de 2018, votando a favor de uma proposta americana na Assembleia Geral da ONU que condenava o grupo palestino pelo uso de foguetes contra Israel. O Hamas está na lista americana de entidades terroristas desde 1997. (BBC News Brasil)

Morre Dom Mauro Morelli, bispo emérito de Duque de Caxias, aos 88 anos

Morreu na madrugada desta segunda-feira o bispo emérito de Duque de Caxias, Dom Mauro Morelli, aos 88 anos, em Belo Horizonte (MG), onde estava internado. Nascido em Avanhandava, no interior paulista, foi ordenado sacerdote em 1965 e nomeado bispo auxiliar de São Paulo pelo Papa Paulo VI, em 1974. Além do lado religioso, sua vida foi pautada pela luta contra a fome, tendo atuado em um órgão consultivo na ONU, entre 1986 e 1990, e presidido o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, na década de 1990, além de uma parceria com o sociólogo Herbert de Souza para a criação do programa Fome Zero. (UOL)

‘Cerco completo’ se junta a 16 anos de bloqueio de Israel e Egito a Gaza

Além do impacto das ações militares de Israel, o anúncio do ministro israelense da Defesa, Yoav Gallant, de que Gaza não receberá “nenhuma eletricidade, nem alimentos, nem água, nem combustível” levou as agências humanitárias a alertarem sobre o agravamento da crise humanitária. O “cerco completo” se junta a 16 anos de bloqueio de Israel, muitas vezes acompanhado pelo Egito. Israel todas as passagens para Gaza. E autoridades humanitárias alertam sobre as consequências para os civis palestinos de um bloqueio completo. “Hospitais sobrecarregados que tratam de milhares de feridos terão agora que fazê-lo sem acesso confiável à eletricidade”, disse Mahmoud Shalabi, gerente sênior do programa de Ajuda Médica aos Palestinos, uma instituição de caridade com sede no Reino Unido. As autoridades egípcias não disseram imediatamente se o cerco anunciado por Israel a Gaza afetará sua política em relação à circulação de mercadorias e pessoas dentro e fora do território. (New York Times)

Hamas: se Israel fizer novos ataques, reféns civis serão mortos

Com a ofensiva militar lançada por Israel à Faixa de Gaza, o grupo islâmico Hamas ameaçou executar um refém civil a cada novo bombardeio israelense a casas de civis que aconteça sem aviso prévio. O porta-voz do Hamas, Abu Obaida, afirmou que o grupo tem agido conforme a orientação islâmica, mantendo os prisioneiros sãos e salvos, e que o aviso sobre as execuções é uma consequência do aumento dos bombardeios e mortes de civis palestinos dentro de suas casas devido aos ataques aéreos de Israel. Na cidade de Gaza, um campo de refugiados palestinos foi atingido pelo avanço israelense nesta segunda-feira. “Eles nos atingiram sem qualquer aviso. Era um F-16. Não houve aviso, nada. E você pode ver a destruição, veja por si mesmo”, disse um homem não identificado no campo de refugiados de Shati. Quase 74 mil pessoas estão em 64 abrigos da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA). (CNN Brasil)