Americanas apresenta nova proposta e está perto de acordo com bancos

A Americanas está próxima de chegar a um acordo definitivo com seus credores. Nove meses após a eclosão da crise, a varejista e os bancos chegaram a uma proposta, que busca uma saída para equacionar a grave crise financeira da empresa, agravada por uma fraude de mais de R$ 20 bilhões e dívidas declaradas de R$ 42,4 bilhões. Por meio de um comunicado ao mercado ontem, a varejista afirma que o novo acordo contempla um aumento de capital de curto prazo no valor de R$ 12 bilhões a ser feito pelo trio de acionistas de referência – Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Ou seja, a proposta é que R$ 12 bilhões dos R$ 20 bilhões da dívida com os bancos credores sejam convertidos em ações. Na prática, o endividamento seria reduzido nesse valor e as instituições financeiras se tornariam acionistas relevantes da Americanas ao final do processo. A proposta também apresenta outros termos para solucionar a dívida com credores. Após a crise da varejista vir à tona, uma CPI da Câmara dos Deputados investigou o episódio, mas chegou ao fim sem apontar os responsáveis pela possível fraude. O caso também é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal. (Valor e Metrópoles)

IPCA: Inflação sobe 0,26% em setembro

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,26% em setembro, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE. O resultado representa uma aceleração em relação ao mês anterior e foi puxado por uma alta de 2,8% da gasolina no mês. Em agosto, o IPCA subiu 0,23%. No mesmo período do ano passado, o país havia registrado deflação de 0,36%. Com os números divulgados hoje, a inflação brasileira chega a 5,19% em 12 meses. No ano, acumula alta de 3,5%. De acordo com o IBGE, seis dos nove grupos que compõem o IPCA tiveram alta no mês, com destaque para Transportes (1,4%). O grupo foi impactado pela alta da gasolina, que contribuiu com 0,14 ponto percentual no índice geral. Além do combustível, outra alta relevante no grupo vem das passagens aéreas, que subiram 13,47% em setembro. Apesar da aceleração, o novo resultado veio abaixo das projeções do mercado. Analistas da agência Bloomberg esperavam variação de 0,33% no mês de setembro. (g1 e Folha)

Keith Richards diz que artrite mudou sua forma de tocar

Quase um sinônimo de guitarra, Keith Richards, dos Rolling Stones (Spotify), convive há anos com a artrite nas mãos, mas, em vez de fazê-lo pensar na aposentadoria, a doença o fez descobrir novas formas de tocar. Em entrevista à BBC, o músico, de 79 anos, explicou ter uma forma benigna da doença, que não provoca dores. “Acho que estou mais lento, mas pode ser por conta da idade”, brincou, dizendo que o próprio instrumento o ajuda a compensar a doença. “Quando estou naquela de ‘não consigo mais’, a guitarra me mostra um outro jeito de fazer as coisas”, contou. “Algum dedo vai pra outro ponto diferente, e uma nova porta se abre. E assim estou sempre aprendendo.” Os Stones lançam no próximo dia 20 Hackney Diamonds, seu primeiro álbum de canções própria inéditas desde 2005. (BBC)

Alertas em rótulos podem reduzir consumo de ‘alimentos viciantes’, aponta estudo

Duramente combatidos pela indústria alimentícia, os rótulos alertando para o alto nível de açúcar, sódio e gordura em produtos ultraprocessados são uma ferramenta importante para mudar a relação das pessoas com os “alimentos viciantes”, segundo um levantamento feito no Reino Unido. Analisando 281 estudos em 36 países, os pesquisadores constataram que a dependência de alimentos ultraprocessados atinge 14% dos adultos e 12% das crianças. Além disso, esse vício tem características comparáveis às do alcoolismo e do tabagismo, como pouco controle sobre a quantidade ingerida e sintomas de abstinência. Os cientistas associam o consumo de ultraprocessados a doenças como obesidade, diabetes e vários tipos de câncer. Só no Brasil, de acordo com estudo da USP, 57 mil pessoas morrem prematuramente a cada ano devido à ingestão desses produtos. (Globo)

Israel diz que há brasileiros entre os reféns do Hamas

O porta-voz do Ministério da Defesa de Israel disse nesta quarta-feira que há brasileiros entre os estrangeiros tomados como reféns pelo grupo terrorista Hamas nos ataques de sábado. “Há (entre os reféns) americanos, britânicos, franceses, alemães, italianos, brasileiros, argentinos e ucranianos”, afirmou Jonathan Conricus, sem identificar quem seriam essas pessoas. Pelo menos uma brasileira, a carioca Karla Stelzer Mendes, de 41 anos, continua com paradeiro desconhecido. Ela estava na festa de música eletrônica atacada perto da Faixa de Gaza. No mesmo local morreram os brasileiros Bruna Valeanu e Ranani Glazer. (g1)

FMI projeta aumento da dívida bruta brasileira em 88,1% do PIB para 2023

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que a dívida pública bruta do Brasil suba de 85,3% do PIB em 2022 para 88,1% em 2023. O fundo também prevê que o indicador seguirá em alta nos próximos cinco anos, até bater 96% do PIB em 2028. Os números estão na nova edição do Monitor Fiscal, um dos relatórios que o FMI divulga nesta semana. No documento anterior, publicado em abril, a expectativa era de que o endividamento bruto do país ficasse em 88,4% do PIB neste ano e em 96,2% em 2028. Segundo o FMI, o novo arcabouço fiscal não vai estabilizar a dívida como proporção do PIB nos cinco anos seguintes. Entre os países emergentes, a média da dívida bruta deve ficar em 68,3% do PIB em 2023. De 36 países, o endividamento bruto do Brasil é o terceiro maior, empatado com a Ucrânia, que está em guerra com a Rússia, ficando atrás apenas dos 92,7% do PIB do Egito e dos 89,5% do PIB da Argentina, que está em crise econômica. No âmbito global, o Fundo prevê o endividamento dos países crescendo 1 ponto percentual por ano. Segundo o organismo multilateral, os desafios têm origem na demanda crescente por gastos públicos, que eleva o endividamento e as taxas de juros. (Valor e Correio Braziliense)

Justiça condena Braskem a indenizar o estado de Alagoas por afundamento do solo

A Justiça de Alagoas condenou a Braskem a indenizar o estado pelos prejuízos financeiros causados pelo afundamento do solo em bairros de Maceió. O valor da indenização será definido após uma perícia que deve ser paga pela mineradora, apontada pelo Serviço Geológico do Brasil como a responsável pelos problemas de rachaduras. A decisão da Justiça ainda cabe recurso. O processo de afundamento no solo em Maceió começou em 2018. Desde então, mais de 14 mil imóveis foram condenados em cinco bairros da cidade. Após décadas de mineração, parte da capital alagoana passa por um lento processo de afundamento do solo que abre rachaduras em ruas, prédios e casas. Cerca de 55 mil pessoas abandonaram suas residências e seus negócios. Em julho deste ano, a companhia assinou um acordo com a Prefeitura de Maceió para ressarcir o município em R$ 1,7 bilhão pelos impactos nos bairros atingidos pela exploração da mineradora na capital. (g1)

Kibutz atacado pelo Hamas mostra sinais de violência extrema contra civis

A retomada pela forças de Israel do kibutz Kfar Aza, atacado pelo Hamas na manhã de sábado, revelou imagens de horror e extrema violência. Segundo o general Itai Veruv, seus soldados, seus soldados levaram 48 horas para matar ou repelir os terroristas no kibutz e nos arredores e encontraram os moradores trucidados “num modo de ação semelhante ao do Estado Islâmico”. De acordo com ele, os terroristas atiravam pelas janelas das casas contra as famílias. O governo, porém, não deu informações sobre o total de mortos nem detalhes sobre os assassinatos. Na segunda-feira, pelo menos cem corpos de civis foram encontrados no kibutz Be’eri, também atacado pelo Hamas. Um número ainda não confirmado de moradores teria sido levado como refém para a Faixa de Gaza. (CNN)

Ataque do Hamas

Professores da USP decidem suspender greve

Em assembleia na noite de terça-feira, os professores da USP decidiram suspender a greve que já dura três semanas após a reitoria assinar uma carta de compromissos prometendo aumentar o número de bolsas para alunos carentes e contratar 1.027 docentes para repor os quadros da instituição. Nesta quarta-feira os estudantes, que iniciaram o movimento, fazem uma assembleia para decidir se também retomam as atividades. Mesmo suspendendo a greve, os professores dizem que a proposta da reitoria não resolve temas importantes, como a reposição automática de docentes em caso de aposentadoria ou morte nem a cota de gênero e etnia para contratação de professores. (Estadão)