Relatora manteve em sigilo acusações contra generais

A CPMI dos atos golpistas vota nesta quarta-feira o relatório da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) pedindo o indiciamento de Jair Bolsonaro e de outras 60 pessoas, incluindo oito generais e um almirante. Embora a inclusão do ex-presidente fosse considerada certa, havia dúvidas sobre a extensão das denúncias contra militares do alto escalão. E não foi à toa. A fim de evitar pressões – tanto contra quanto a favor do indiciamento –, Eliziane manteve o relatório em sigilo até a leitura, na manhã de terça-feira. Somente ela e um consultor legislativo tinham acesso ao documento. Diferentemente do que acontece em outras CPIs, nenhum rascunho circulou entre os líderes do Congresso, e os assessores e policiais federais que prestavam assistência à relatora apenas recebiam seus pedidos. A expectativa é que o relatório seja aprovado na comissão. (UOL)

Biden diz que ataque a hospital ‘parece coisa do outro lado’

Durante encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que a explosão no hospital Al-Ahli, na Faixa de Gaza, “aparentemente foi coisa do outro lado”. Há uma guerra de versões envolvendo o incidente, que deixou centenas de mortos. Palestinos e países árabes culpam Israel, enquanto o governo israelense afirma que o hospital foi destruído acidentalmente por um míssil do grupo terrorista Jihad Islâmico. Não há informação se Biden teve acesso a dados que inteligência que corroborem seu comentário. O presidente deveria se encontrar ainda nesta quarta-feira com líderes da Jordânia, do Egito e da Autoridade Palestina, mas a reunião foi cancelada pelos jordanianos após a explosão do hospital. No último dia 7, homens do grupo terrorista Hamas, que controla Gaza, invadiram o Sul de Israel, mataram cerca de 1.400 pessoas e tomaram mais de 200 reféns. Nos bombardeios israelenses que se seguiram ao ataque, estima-se que 3,3 mil palestinos já tenham morrido. (CNN)

“O horror, o horror”

Justiça determina bloqueio de R$ 900 milhões de sócios da 123 Milhas

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou o bloqueio de R$ 900 milhões em bens e valores dos sócios da 123 Milhas e empresas do grupo. O pedido de bloqueio de valores foi feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). No mês passado, a Justiça de Minas havia determinado o bloqueio de R$ 50 milhões do grupo empresarial e dos donos da 123 Milhas, Ramiro Julio Soares Madureira e Augusto Julio Soares Madureira. Em decisão publicada neste mês, no entanto, o limite foi ampliado. A ordem judicial abrange as empresas 123 Milhas, HotMilhas, Maxmilhas, Lance Hotéis, AMRM Holding e Novum Investimentos. O grupo entrou em recuperação judicial no fim de agosto, indicando dívidas de R$ 2,37 bilhões, com mais de 700 mil credores. A recuperação judicial foi suspensa pela Justiça após pedido do Banco do Brasil, um dos credores. (O Globo)

Explosão de hospital em Gaza choca o mundo

Israel e grupos palestinos trocam acusações sobre incidente que matou centenas, enquanto líderes árabes cancelam encontro com Joe Biden. Relatora da CPMI pede indiciamento de Bolsonaro e mais 60. E saiba como é o novo disco dos Rolling Stones (alerta de spoiler: é ótimo).

Bombardeio em hospital deixa ao menos 500 mortos, diz Ministério da Saúde de Gaza

200, 300, mais de 500. Os números não são exatos, mas o ataque desta terça-feira, 17, ao Hospital Al-Ahli deixou centenas de mortos na Faixa de Gaza. Israel e Hamas negam a autoria do bombardeio. Autoridades internacionais se posicionam. Entenda neste episódio a escalada no 11º dia de conflito.

Investigação contra Bolsonaro por abuso de poder é rejeitada por TSE

Uma das três ações que investigam Jair Bolsonaro por suposto abuso de poder político durante as eleições presidenciais foi rejeitada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por unanimidade, nesta terça-feira. O relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, entende que não houve “prova robusta” contra a acusação de que Bolsonaro utilizou a sede da Presidência para fazer transmissões ao vivo pedindo votos. A decisão foi acompanhada pelos ministros Raul Araújo, Floriano Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes. No caso em que o ex-presidente é investigado por outra gravação, desta vez no Palácio da Alvorada, Gonçalves considerou que houve uma conduta velada, mas insuficiente para configurar abuso de poder. Uma outra ação trata de eventos eleitorais realizados por ele no Planalto e no Alvorada ainda no segundo turno das eleições. (Globo)

Apenas cinco instituições concentram 27% de estudantes no ensino superior

Dos 9,4 milhões de estudantes matriculados no ensino superior do Brasil, 2,5 milhões estão em apenas cinco instituições, o equivalente a 27% de todos os alunos. Destes, 2,3 milhões estão no ensino à distância, ou 91% das matrículas. Só estas cinco entidades têm mais estudantes que todas as 312 instituições públicas, que possuem 2,07 milhões de universitários. De acordo com os dados do Censo do Ensino Superior 2022, essa é a maior concentração de matrículas já registrada. Em 2012, os mesmos 27% de estudantes de graduação estavam em 29 unidades de ensino. Esse número foi caindo constantemente até o atual. (Folha)

EUA pretendem restringir vendas de chips de IA para China

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira que planeja impedir a venda de chips mais avançados de inteligência artificial para a China nas próximas semanas. Em restrições anteriores, os chineses foram impedidos de comprar o Nvidia H100, processador preferido de empresas americanas de IA, como a OpenAI, restando apenas versões inferiores, como H800 ou A800. O objetivo é impedir o acesso chinês a semicondutores avançados, que possam proporcionar avanços de IA com uso militar. Segundo altos funcionários do governo americano, as novas regras também deverão restringir o acesso a esses chips e outros vendidos por Intel e AMD. (CNBC)

Bolsonaro diz que relatório da CPMI é parcial, tendencioso e político

O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que o relatório apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA) na CPMI do 8 de janeiro não tem qualquer elemento que o conecte aos atos. “A proposta de indiciamento — para além da ausência de quaisquer elementos que conectem o ex-presidente com os atos investigados —, mostra-se parcial, tendenciosa e totalmente pavimentada por viés político e não jurídico, olvidando-se, inclusive, da ostensiva crítica aos atos de vandalismo feita nas redes sociais do ex-mandatário no próprio 08/01”, diz a nota divulgada pela defesa de Bolsonaro. “Chama atenção — e causa igual indignação —, a proposta de indiciamento de um sem número de civis e militares, na maioria também sequer ouvidos, evidenciando a crescente hostilidade com as Forças Armadas. É lamentável que o termo final de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito venha acintosamente divorciado da impessoalidade que deveria presidir suas conclusões.” (Globo)