Meio

Apesar do tom duro nas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não parece ter pressa em votar os projetos que limitam a atuação da Corte. Ele disse nesta sexta-feira que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que restringe as decisões monocráticas (individuais) dos ministros não terá sua tramitação acelerada. “A princípio estará na pauta para discussões por cinco sessões. Não deve votar semana que vem”, informou. Com isso, a expectativa é que o trecho só chegue ao plenário na semana de 8 de novembro. O texto também estabelece um prazo máximo para pedidos de vista, instrumento usado por alguns ministros para travar por tempo indeterminado discussões de processos. Uma outra PEC, ainda em fase inicial, estabelece mandato para os integrantes da Corte, que hoje ficam no cargo até a aposentadoria compulsória, aos 75 anos. (Globo)

A seca recorde na Amazônia levou o Rio Negro a seu menor nível já registrado, com impactos severos para a saúde das populações ribeirinhas e a economia da região. Mas, em meio à tragédia socioambiental, um tesouro foi revelado: gravuras rupestres feitas pelos habitantes da região entre 1.000 e 2.000 anos atrás, muito antes da chegada dos europeus. Próximo ao encontro das águas do Negro com o Solimões, o sítio arqueológico Lages já era conhecido desde os anos 1960, mas as imagens agora visíveis estavam cobertas pelas águas escuras do rio. “Essas gravuras são, na verdade, símbolos históricos antigos em que os povos utilizavam as rochas para registrar seus comportamentos sociais”, diz Carlos Augusto da Silva, professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). (UOL)

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), reuniu-se hoje com o líder chinês, Xi Jinping, no Grande Salão do Povo, em Pequim. O encontro foi durante o evento de comemoração dos 10 anos do programa internacional de investimentos em infraestrutura da China, do qual o Brasil não faz parte. Além do presidente da China, também participaram o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o secretário do Partido Comunista chinês e ex-prefeito de Pequim, Cai Qi. No encontro, Xi disse que “China e Brasil são os maiores países em desenvolvimento do Oriente e Ocidente, respectivamente, e grandes países emergentes com influência global”. Em um cenário internacional “tumultuado”, defendeu que ambos “devem se apoiar firmemente”. Ele também ressaltou que a iniciativa Cinturão e Rota é compatível com o Novo Programa de Aceleração do Crescimento do Brasil, o Novo PAC, acrescentando que os países devem criar uma sinergia entre os projetos “para facilitar seu respectivo processo de modernização”. Lira e outros seis deputados estão em viagem pela Ásia desde o dia 9 de outubro. O primeiro destino foi a Índia, onde o líder da Câmara tomou posse como presidente do grupo de chefes de Parlamento do G20. A comitiva deve retornar ao Brasil nesta semana. (Poder360)

O esquema de rastreio ilegal de celulares montado na Abin durante o governo Bolsonaro incluiu um “cerco ao Supremo Tribunal Federal”, informaram investigadores da PF. Segundo eles, foram identificados 33 mil acessos de localização telefônica dos mais diversos alvos, incluindo servidores da Corte, advogados, policiais, jornalistas e os próprios ministros. Os agentes da Abin, porém apagaram os dados dos computadores, e até agora somente 1,8 mil registros foram recuperados. O sistema israelense First Mile, usado pelo que a PF já chama de “gangue da Abin” identifica a localização do aparelho, mas não registra conversas e mensagens. Os policiais querem saber agora se algum outro programa foi usado para acessar esses dados. Por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, a PF prendeu dois agentes da Abin supostamente envolvidos no esquema, Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky. Moraes também determinou o afastamento de diretores da Abin que foram mantidos no cargo na troca de governo. Na casa de um deles foram encontrados cerca de US$ 150 mil (R$ 758 mil) em espécie. (g1)

Ao longo dos últimos 38 anos o Brasil viu desaparecerem 15% de suas florestas naturais, segundo dados da plataforma MapBiomas, a partir do monitoramento de satélites. O total passou de 581,6 milhões de hectares, em 1985, para 494,1 milhões de hectares, no ano passado. O bioma que mais sofreu foi o Cerrado, com perda de 27%, seguido pela Amazônia, com 13%. Porém, o bioma amazônico é o que ainda conserva o maior percentual de florestas naturais, 78%. A devastação não se distribuiu uniformemente ao logo dessas décadas, já que 11% do 87,5 milhões de hectares suprimidos desapareceram entre 2018 e 2022. “A perda contínua das florestas representa uma ameaça direta para a biodiversidade, a qualidade da água, a segurança alimentar e a regulação climática”, afirma Julia Shimbo, coordenadora científica do MapBiomas. (Estadão)

A prévia do PIB brasileiro, medida pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), caiu 0,77% em agosto, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC). A queda veio bem acima da mediana da projeção de analistas da Refinitiv, que esperavam uma retração de 0,30% no mês. Já nas projeções colhidas pelo Valor Data, a mediana das estimativas apontava uma queda de 0,65%. O dado, contudo, ficou dentro do intervalo das projeções, que iam de queda de 1,1% a recuo de 0,5%. O resultado de agosto, no entanto, também mostra uma alta de 1,28% em relação a agosto do ano passado. Com os dados divulgados hoje, o IBC-Br acumula alta de 3,06% no ano e de 2,82% em 12 meses. Após a divulgação do resultado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu que a desaceleração da atividade econômica brasileira preocupa o governo federal. “Temos de ter muita atenção com a atividade econômica. A atividade econômica do terceiro trimestre preocupa. Isso já vem sendo sinalizado pela Fazenda desde o início do ano”, afirmou Haddad, em entrevista coletiva no escritório da pasta em São Paulo. O ministro defendeu que é preciso conciliar a política monetária com a política fiscal para produzir o melhor resultado, mas ponderou, no entanto, que os indicadores de inflação no Brasil estão “convergindo para a meta”. (Metrópoles, InfoMoney e Valor)

Karol Eller tinha apenas 36 anos. Foi lésbica. Renunciou à homossexualidade após um retiro cristão com “cura gay.” Karol era influencer, filiada ao PL e apoiava Bolsonaro, sempre dizendo que o ex-presidente era contra o ativismo LGBTQIA+, não contra as pessoas. Pastor Eurico, deputado federal pelo PL, foi o relator responsável pelo projeto que pretende proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Pastor Eurico, colega de Karol, relacionou homossexualidade à doença em cinco oportunidades no seu relatório. Karol só precisava de apoio e aceitação.

Elon Musk, CEO do X, anunciou hoje que a plataforma ganhará dois novos níveis de assinatura premium. A rede social terá em breve uma opção mais barata de assinatura paga com anúncios, enquanto a mais cara será livre de publicidade. Em seu post no X, Musk, no entanto, não deu mais detalhes sobre os novos planos de assinatura. Nesta semana, a empresa também anunciou uma versão premium anual de US$ 1 para novos usuários do X na Nova Zelândia e nas Filipinas. (Olhar Digital)

Para ler com calma. A Amazônia se tornou o principal mercado no Brasil da Starlink, empresa de internet via satélite do bilionário sul-africano Elon Musk. Segundo o levantamento da BBC News Brasil, 90% dos municípios da Amazônia Legal tem antenas da Starlink, o que torna a empresa líder isolada entre os provedores de banda larga fixa por satélite da região. A maior parte dos clientes estão em regiões de difícil acesso e sem infraestrutura tradicional de internet banda larga. Embora possibilite avanços importantes, como o uso de cartões de crédito e Pix em regiões remotas, a expansão da tecnologia de Musk também impulsiona atividades ilegais, segundo autoridades brasileiras. (BBC News Brasil)

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse nesta sexta-feira que seu país não pretende manter o controle da Faixa de Gaza após a iminente invasão para combater o grupo terrorista Hamas. Segundo ele, a operação militar contra os extremistas terá três fases. A primeira, o bombardeio já em curso seguido de operações em terra; a segunda, derrotar bolsões de resistência; e a terceira, “deixar a responsabilidade sobre a vida na Faixa de Gaza”. Israel ocupou a região na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e só se retirou em 2005. Nesta sexta-feira, o Exército israelense bombardeou o sul do território palestino, a mesma região para qual havia recomendado que a população se dirigisse. (AP)