Depois de três semanas sem liderança, Mike Johnson é eleito presidente da Câmara dos EUA

Após três semanas sem uma liderança na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o deputado republicano Mike Johnson, de Louisiana, foi eleito novo presidente da Casa nesta quarta-feira. Em votação única, Johnson, de 51 anos, venceu por 220 votos a 209 o líder democrata Hakeem Jeffries, tornando-se o 56º presidente da Câmara e o mais jovem em décadas a ocupar tal função. “Restauraremos a confiança neste órgão”, afirmou em seu primeiro discurso. “Vamos promover uma agenda política conservadora abrangente, combater as políticas prejudiciais da administração [do presidente Joe] Biden e apoiar os nossos aliados no exterior.” A dificuldade na definição da liderança da Câmara — que, apesar de pendências urgentes, como a aprovação do orçamento e a guerra no Oriente Médio, ficou paralisada desde a destituição do republicano Kevin McCarthy, em 3 de outubro — expôs ideias conflitantes entre os republicanos, que demoraram a chegar a um consenso sobre a nomeação do partido para o cargo. Nas últimas duas semanas, os republicanos rejeitaram três nomes: Steve Scalise (Louisiana), Jim Jordan (Ohio) e Tom Emmer (Minnesota). Já Johnson foi unanimidade entre seus correligionários, incluindo a ala mais radical do partido, que foi a responsável pela moção que levou à deposição de McCarthy. Johnson também recebeu o apoio do ex-presidente Donald Trump. (Globo)

Governo do RJ quer transferir chefes do tráfico para presídios federais

Após a autorização da Justiça para que o traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, retorne ao presídio estadual, o governo do Rio de Janeiro pretende recorrer da decisão e pedir que chefões do tráfico, como Rogério 157 e Luiz Cláudio Machado, o Marreta, encaminhado a Bangu 1, sejam mantidos em penitenciárias federais. O governo também pretende encaminhar uma lista com pelo menos outros 30 traficantes presos que devem ser transferidos para essas prisões. O governador Cláudio Castro (PL), ainda estuda a possibilidade de transferência de lideranças para fora do estado, escolhidos em conjunto com forças estaduais e Ministério Público. (g1)

‘Não sou amigo de miliciano’, afirma Dino em comissão da Câmara

Discussão, bate-boca e alfinetada. Assim foi a audiência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) da Câmara dos Deputados com o ministro de Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino, nesta quarta-feira. A confusão envolveu inclusive parlamentares da oposição e do mesmo partido. O estopim foi o uso do palavrão “porra” durante um questionamento do deputado Éder Mauro (PL-PA) sobre facções criminosas. “Eles [criminosos] fazem o que querem e vocês do ministério [da Justiça] não fazem porra nenhuma para resolver o problema”, afirmou o parlamentar, que foi imediatamente interrompido pela presidente da CFFC, Bia Kicis (PL-DF). “Deputado, por favor, vamos só cuidar das palavras”, repreendeu, pedindo à assessoria para retirar o palavrão das notas taquigráficas. Mauro não se deu por vencido e fez questão de, ironicamente, repetir a expressão: “Está bom. Então retire a palavra ‘porra’ daí”. Dino foi pressionado principalmente sobre a situação da segurança pública no país. Ao falar sobre o Rio de Janeiro, o ministro fez ataques indiretos ao ex-presidente Bolsonaro e sua família. “Eu não homenageio miliciano, não sou amigo de miliciano, não sou vizinho de miliciano, não empreguei no meu gabinete filho de miliciano, esposa de miliciano, e, portanto, não tenho nenhuma relação com o crime organizado no Rio de Janeiro”, afirmou Dino, acrescentando que um dos maiores erros políticos do estado foi o apoio às milícias, que, segundo ele, partiu de políticos. (Metrópoles e Estadão)

Após mudança na Caixa, Lira pauta projeto para aumentar receita com taxação de super-ricos

Caixa com o Centrão, votação para aumentar a arrecadação do governo marcada. Após a reunião de líderes no início da tarde desta quarta-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), colocou na pauta de hoje o projeto de lei que muda a tributação dos fundos exclusivos (fechados para alta renda no Brasil) e offshore (no exterior). O andamento do PL na Casa segue a demissão da presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, que foi substituída hoje por Carlos Antônio Fernandes, indicado por Lira. Segundo interlocutores, o projeto será votado mesmo sem consenso sobre o mérito do texto. O relator do projeto, Pedro Paulo (PSD-RJ), vai se reunir ainda hoje com as bancadas do União Brasil e do PDT para explicar as alterações. A revisão é que a mudança na tributação eleve a arrecadação em R$ 20 bilhões no ano que vem. (Globo)

Em reação a comentários de Guterres, Israel suspende vistos para funcionários da ONU

O governo de Israel anunciou nesta quarta-feira a suspensão dos vistos a funcionários da ONU em resposta aos comentários feitos pelo secretário-geral António Guterres sobre a crise no Oriente Médio. Na véspera, o português disse no Conselho de Segurança que os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro “não aconteceram por acaso”. “Como resultado disso, recusaremos vistos aos representantes da ONU”, disse o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, à Rádio do Exército Israelense. Israel já rejeitou um pedido de visto do subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários e Coordenador de Ajuda de Emergência, Martin Griffiths. “É hora de lhes ensinarmos uma lição”, disse. (CNN Brasil)

Terceira colocada no primeiro turno argentino, Patricia Bullrich declara apoio a Javier Milei

A ex-candidata à presidência da Argentina Patricia Bullrich, que terminou o primeiro turno em terceiro lugar, com cerca de 24% dos votos, declarou nesta quarta-feira apoio ao ultraliberal Javier Milei, que disputará a Casa Rosada com o peronista Sergio Massa em 19 de novembro. Alinhada à direita, Bullrich criticou Milei ao longo da campanha e chegou a chamar suas ideias de “perigosas e ruins”. Agora, no entanto, afirmou que quer impedir o “perigo do kirchnerismo”, em referência ao atual ministro da Economia. “Este momento nos interpela a não sermos neutros diante do perigo do kirchnerismo de Sergio Massa. Quando a pátria está em perigo, tudo é permitido”, disse Bullrich. Indicando um racha já previsto na sua coligação Juntos por el Cambio, ela esclareceu que sua decisão de apoiar Milei é pessoal. Há a expectativa de que uma parte da coligação, contrária a Milei, apoie Massa, que terminou o primeiro turno em primeiro lugar, com mais de 36% dos votos, seguido de Milei, com cerca de 29%. (g1)

Relator apresenta parecer da reforma tributária no Senado

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), apresentou hoje seu parecer com 15 principais modificações em relação ao texto aprovado na Câmara. O relatório foi protocolado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Entre os pontos alterados, estão o aumento do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR) dos estados e a criação mecanismo que institui uma revisão periódica a cada cinco anos dos benefícios que reduzem a tributação de setores específicos da economia. Esses setores incluem agências de viagem, concessão de rodovias, serviços de saneamento, missões diplomáticas e telecomunicações, por exemplo. O texto também limita a carga tributária dos impostos sobre o consumo a uma porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) - com base na média da receita no período de 2012 a 2021. A reforma ainda deve passar por comissões e pelo plenário do Senado, mas pode voltar à Câmara, se houver mudanças no conteúdo. Se aprovado, o texto vai à sanção presidencial. A expectativa do relator Eduardo Braga é que a proposta seja votada na CCJ e no Senado entre os dias 7 e 9 de novembro. (g1)

Lula demite presidente da Caixa, que passa a ser comandada por indicado de Lira

Após meses de pressão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e de outros líderes do Centrão, a Caixa Econômica Federal já tem um novo presidente. Rita Serrano, funcionária de carreira do banco, foi demitida nesta quarta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião de cerca de 50 minutos, que contou com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Indicado por Lira, Carlos Antônio Fernandes assume o cargo. Ele também é funcionário de carreira do banco e já trabalhou com integrantes do PP em outros governos petistas. Em nota, o Planalto confirmou a demissão e disse que, na reunião, Lula agradeceu o “trabalho” e “dedicação” de Rita no comando do banco. O texto destaca que Fernandes assumirá o comando da Caixa, “dando continuidade” ao trabalho do banco na oferta de crédito e na execução de políticas públicas nas áreas sociais, culturais e esportivas. A pressão de Lira pela saída de Rita aumentou nos últimos dias, devido a uma exposição na Caixa Cultural em que Lira aparece em uma lata de lixo ao lado da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e do ex-ministro da Fazenda Paulo Guedes. Após a repercussão negativa, a Caixa cancelou a exposição, que também tem uma ilustração do ex-presidente Jair Bolsonaro defecando na bandeira do Brasil. (Metrópoles)

Senacon processa Shopee e Magalu por conteúdo falso sobre dióxido de cloro e vacinas

A Secretaria Nacional do consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, instaurou um processo administrativo contra a Shopee, Magazine Luiza, Nutrafóton e Farmácia Viva por indícios de veicularem informações falsas para a comercialização de dióxido de cloro. O órgão também determina que as empresas retirem imediatamente de suas plataformas conteúdo ilícito e anúncios similares de dióxido de cloro e associados, além de adotarem ações que impeçam a volta de veiculação desse tipo de anúncio, seja de autoria própria ou patrocinados. A multa pelo descumprimento da medida é de R$ 100 mil por dia. A substância citada pela Senacon é autorizada pela Anvisa como saneante, e tem sido associada a alegações falsas e sem comprovação científica de cura para uma ampla gama de condições médicas, incluindo autismo, e como "inibidor" ou "desativador" de vacinas, informou a secretaria. As empresas têm 20 dias para apresentar defesa. (UOL)

1 em cada 4 crianças brasileiras tem atraso no desenvolvimento, diz estudo

Uma em cada quatro crianças em capitais brasileiras tem atraso no desenvolvimento de habilidades motoras, cognitivas, de linguagem ou socioemocionais até os cinco anos de idade. É o que indica a pesquisa do projeto Primeira Infância para Adultos Saudáveis (Pipa), desenvolvido pelo Ministério da Saúde. Esse atraso no desenvolvimento de habilidades esperadas para a faixa etária é ainda maior entre aquelas que estão em vulnerabilidade social e situação de pobreza e onde há registro de insegurança alimentar. De acordo com o estudo, 10,1% das crianças tinham atraso até os 3 anos. Outras 12,8% tinham atraso entre 3 e 5 anos de idade. As informações foram coletadas em 2022 em 13 capitais do país. O estudo avaliou 13.435 crianças de 0 a 5 anos. (Folha)