Operações terrestres estão sendo expandidas em Gaza, diz Israel

As Forças de Defesa de Israel (FDI) anunciaram nesta sexta-feira que estão “expandindo as operações terrestres” na Faixa de Gaza, de acordo com o contra-almirante Daniel Hagari. “Além das operações ofensivas que realizamos nos últimos dias, as forças das FDI estão expandindo sua operação terrestre esta noite”, disse. “Centenas de milhares de soldados das FDI estão ao redor das fronteiras do Estado – no ar, na terra e no mar – para proteger o Estado”, acrescentou. Enquanto o anúncio era feito, a CNN registrava uma série de explosões na Faixa de Gaza. “Houve muitos disparos de tanques de onde estamos”, relatou o repórter Nic Robertson, que está em Sderot. “Rodada após rodada de fogo de artilharia indo para Gaza também. Múltiplos impactos relatados em Gaza e na Cidade de Gaza.” (CNN)

Bilionário diz que funcionários não trabalharam tanto na pandemia

O CEO da Blackstone, Stephen Schwarzman, disse a investidores que as pessoas que estiveram na modalidade home office durante a pandemia “não trabalharam tão arduamente, independentemente do que eles te contaram”. Nesse período, os pais tiveram de dividir a atenção entre atividades profissionais e o cuidado com os filhos, que não foram para as escolas, ou cuidar de parentes idosos na quarentena. Para dar conta das tarefas, os profissionais precisaram trabalhar até mais tarde, ou esticar a jornada pelo fim de semana. Mas, para Schwarzman, “era mais lucrativo para eles ficarem em casa porque, em primeiro lugar, eles não trabalhavam tanto, independentemente do que diziam. Em segundo lugar, eles não gastam dinheiro para se deslocar. Eles podem fazer o almoço em casa. Eles não precisam comprar roupas caras, então seus rendimentos são maiores”. (CNN Brasil)

PF acessa dados secretos e lista de informantes sem elo com investigação, dizem oficiais

A Polícia Federal apreendeu bancos de dados na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com nomes de informantes e de operações secretas ainda em andamento, relataram oficiais de inteligência à Folha. No último dia 20, a sede da agência foi alvo de busca e apreensão em operação da PF na investigação que apura o uso ilegal de um programa de monitoramento da localização de celulares contra jornalistas, juízes e adversários políticos durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo as fontes, os dados acessados pela PF não têm relação com o uso do software FirstMile e uma possível divulgação colocaria em risco a soberania nacional, a segurança de informantes e de servidores da agência. A PF foi procurada, mas não se manifestou. Fontes da investigação afirmam, no entanto, que todo material apreendido será analisado e que informações sigilosas terão o sigilo mantido. (Folha)

Lula sobre poder de veto na ONU: ‘Radicalmente contra’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que é “radicalmente contra” o direito de veto no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Lula reagiu ao veto dos Estados Unidos à proposta apresentada pelo Brasil na semana passada, para um corredor humanitário em Gaza, apesar de ter recebido a maioria dos votos dos países que fazem parte do órgão. “Eu vi uma manchete aqui no jornal dizendo: a proposta do Brasil foi rejeitada. Não é verdade, é mentira. Não foi rejeitada. Tinha 15 votos em jogo, ela teve doze, duas abstenções e um contra. Como ela pode ter sido rejeitada? Ela foi vetada por causa de uma loucura que é o poder de veto concedido aos cinco países titulares do conselho, que eu sou totalmente, radicalmente contra. Isso não é democrático. Os EUA vetam a Rússia, a Rússia veta os EUA”, reclamou o presidente em um café da manhã com jornalistas, no Palácio do Planalto, em que o Meio esteve presente.

STF publica regra que permite redução de pena e regime aberto a réu primário por tráfico

O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira, uma regra que permite regime aberto e substituição da prisão por uma pena alternativa para réus primários condenados por tráfico de drogas. Para isso, o condenado deve ter bons antecedentes criminais e não fazer parte de nenhuma facção, podendo ser, também, beneficiado com redução de um sexto a dois terços da pena. A tese foi formulada pelo então presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, em 2019, e aprovada pelos demais ministros na semana passada. A decisão vale para todas as instâncias do Judiciário. (Veja)

Com morte de ex-premiê, chineses mostram insatisfação com atual cenário econômico

Para ler com calma. Para muitos chineses, a morte do ex-premiê chinês Li Keqiang evocou uma onda de nostalgia: uma época de maiores perspectivas econômicas e abertura ao capital privado. A reação dos chineses à morte de Li mostrou também a insatisfação do país com Xi Jinping, um presidente linha-dura que conquistou um inédito terceiro mandato no ano passado, depois de manobrar para abolir o limite de dois termos. Vieram à tona frustração, raiva e ansiedade reprimidas em função da gestão da economia por Xi, que atacou o setor privado e minou algumas das mais bem-sucedidas empresas da China. O atual líder também deixou de lado alguns dos maiores parceiros comerciais enquanto se aproximava de países como a Rússia e substituía reformistas por legalistas, focando na ideologia em vez de na economia. (New York Times)

Vargas Llosa lança ‘Le dedico mi silencio’, seu ‘último romance’

Vencedor do Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa lançou, nesta quinta-feira, Le dedico mi silencio, seu último romance da carreira, segundo ele mesmo. Em uma nota, no fim da obra, Llosa escreve: “Acho que terminei este livro. Agora gostaria de escrever um ensaio sobre [o filósofo Jean-Paul] Sartre, que foi meu professor quando jovem. Será a última coisa que escreverei”. Apesar do anúncio, o escritor peruano, que também publica artigos em jornais, afirmou, em uma entrevista ao La Vanguardia, que não pretende parar de trabalhar. “Espero ter forças para fazê-lo até o fim”, disse. (Estadão)

Morte de ex-premiê chinês revive questões sobre o país

O anúncio da morte do ex-premiê chinês Li Keqiang, de 68 anos, gerou 1,8 bilhão de cliques na principal mídia social do país em apenas 12 horas, conta Marcelo Ninio. Número dois na hierarquia do Partido Comunista por uma década, até se aposentar em março deste ano, Li era considerado um moderado reformista. Conhecido pelo jeito mais descontraído, ganhou popularidade entre muitos chineses, que viam nele a esperança de um país mais aberto. Segundo a TV oficial, ele sofreu um infarto fulminante quando visitava Xangai. Sua morte pegou a China de surpresa, surgindo especulações sobre as reais circunstâncias, mesmo sem haver qualquer indício de que a versão oficial não seja a correta. De origem modesta, construiu uma carreira marcada pelos estudos econômicos e pela lealdade ao partido. Afilhado político do ex-líder do PC Hu Jintao, chegou a ser cotado para sucedê-lo, mas foi superado na corrida por Xi Jinping. A morte de Li evocou duas outras questões. Para onde teria ido a China caso Li tivesse sido o escolhido para liderar o país, com um estilo mais aberto que o de Xi? A segunda pergunta tem a ver com a memória de outro líder mais liberal, Hu Yaobang. O luto provocado por sua morte, em 1989, foi o início do movimento que levou aos protestos pró-democracia da Praça da Paz Celestial, esmagado três meses depois pela repressão do Exército. (Globo)

Lula diz que não quer Forças Armadas ‘brigando com bandido’ no Rio

Em café da manhã com jornalistas, que contou com a presença do Meio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo federal descarta qualquer possibilidade de se criar uma ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) envolvendo o Exército na segurança do Rio. “Eu não quero as Forças Armadas nas favelas, brigando com bandido. Não é esse o papel das Forças Armadas. E, enquanto eu for presidente, não tem GLO”, disse Lula.

Dificilmente chegaremos à meta zero, diz Lula sobre déficit fiscal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não considera ser necessário ter uma meta fiscal zero em 2024 se isso for às custas de um “corte de bilhões” em obras governamentais. Essa meta foi anunciada pela equipe econômica. “Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal, a gente vai fazer. O que eu posso te dizer é que ela não precisa ser zero. O país não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para este país”, disse Lula.