Chatbots aceitam comandos de hackers devido à ingenuidade

Pesquisadores alertam que chatbots têm dificuldade de discernir comandos legítimos de seus usuários de comandos feitos por terceiros, com objetivos maliciosos. Devido à sua tendência à ingenuidade, esses programas de inteligência artificial (IA) são suscetíveis a uma “injeção de comandos”. Esses comandos ocorrem em linguagem natural, em vez de em códigos, tornando os chatbots potenciais alvos para hackers que tentam enganar o sistema para realizar ações maliciosas. Isso pode acontecer com ferramentas de IA que acessam aplicações de terceiros ou com as que realizam tarefas como ler arquivos ou escrever e-mails. A Comissão Federal de Comércio americana realizou uma investigação sobre a OpenAI, criadora do ChatGPT, em relação a possíveis ataques de “injeção de comandos”, e a Casa Branca emitiu uma ordem executiva solicitando que os desenvolvedores de IA estabeleçam testes e padrões de segurança. O risco é particularmente preocupante devido à crescente corrida para lançar assistentes pessoais baseados em IA, que acessam arquivos e aplicativos em nome dos usuários, abrindo brechas para roubos e disseminação de desinformação. (Washington Post)

Mesmo com ‘trava’, Brasil seguirá entre países com maior peso de impostos sobre consumo

A proposta do relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), tem uma “trava” para a cobrança dos impostos sobre o consumo. O limite será a média de 2012 a 2021 das receitas com PIS/Pasep, Cofins, IPI, ISS e ICMS em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). Segundo a Secretaria Extraordinária de Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, a média da carga relativa a esses impostos nesses dez anos é de 12,5% do PIB. Para uma comparação internacional, a Receita Federal usou dados de 2020, quando a arrecadação sobre o consumo no Brasil representava 13,5% do PIB. Mesmo se estivesse em 12,5% do PIB, como prevê o texto da reforma, ficaria acima da média de 10,8% do PIB registrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e de países como Reino Unido (10,1% do PIB), Canadá (8,8% do PIB) e Chile (10,6% do PIB). (g1)

Alunos criam nudes falsos com inteligência artificial de 25 colegas de classe

Cerca de 25 meninas, entre 14 e 16 anos, tiveram falsos nudes criados por colegas de classe via inteligência artificial (IA) e as imagens compartilhadas nas redes sociais. O tradicional Colégio Santo Agostinho, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, apura internamente o caso, que está sendo investigado pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente. A mãe de uma das meninas afirma que as adolescentes estão sofrendo com a situação, inclusive com crise de ansiedade, enquanto os alunos responsáveis pelas imagens continuam na mesma sala delas, sem qualquer punição. Um deles teria afirmado que não seria punido “porque é branco e rico”. Esse não é o primeiro caso desse tipo. Em setembro, na Espanha, mais de 20 meninas foram vítimas de falsos nudes criados por IA. A prática ilegal, chamada de pornografia deepfake, também vitimou adolescentes de uma escola em Nova Jersey, nos Estados Unidos. (O Globo, CNN e WSJ)

Sala secreta de Michelangelo abrirá ao público na Itália

A “sala secreta” de Michelangelo abrirá ao público pela primeira vez na Itália no próximo dia 15. Situada abaixo das Capelas dos Médici, em Florença, o pequeno espaço contém esboços do artista, famoso por obras colossais como o teto da Capela Sistina e sua escultura de Davi. O local exibe desenhos de Michelangelo, descobertos durante trabalhos de restauração em 1975. Os esboços foram feitos em um corredor apertado, que era usado para armazenar carvão. Acredita-se que Michelangelo se escondeu nesse espaço por várias semanas em 1530, quando uma sentença de morte foi emitida pelo Papa Clemente VII, um membro da família Médici. Os esboços são considerados preparativos para obras futuras, oferecendo um vislumbre único do processo criativo do artista. A visitação será permitida a um número limitado de pessoas até 30 de março. (CNN)

CEO da HBO pede desculpas por criar perfis falsos para rebater críticos

O CEO da HBO, Casey Bloys, pediu desculpas por ter criado perfis falsos nas redes sociais para rebater críticas a programas da emissora. Em evento em Nova York para promover a programação do grupo, ele admitiu ter tomado a decisão errada de usar contas falsas no Twitter, atual X, para responder a críticos dos seriados. “Estava trabalhando de casa e passando um tempo doentio no Twitter, tive uma ideia muito, muito burra para descarregar minha frustração”, disse. O caso veio à tona após um ex-funcionário da HBO, Sully Temori, processar Bloys por assédio moral. A ação judicial revelou mensagens de texto em que o CEO solicitava a outros empregados a criação de contas falsas no Twitter para responder às críticas aos programas da HBO. O executivo pediu desculpas às pessoas mencionadas nas mensagens vazadas e disse que mudou sua abordagem, preferindo agora o diálogo direto por mensagens privadas. (Folha)

Reforma tributária: Haddad diz que exceções vão elevar alíquota em meio ponto percentual

As modificações no texto da reforma tributária no Senado devem aumentar em meio ponto percentual a alíquota base do novo imposto, afirmou nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. “Não chega a 28%. Como ampliaram as exceções, amplia em cerca de meio ponto. Essa estimativa demos à equipe técnica do Senado. Estamos dando transparência em tudo”, disse, acrescentando que, em relação à carga tributária atual, haverá queda para a maioria dos setores. “Vamos concluir uma tarefa histórica, depois de 40 anos. Ela é perfeita? Nada é perfeito. Mas à luz do que temos, o salto de qualidade é inestimável. Vamos figurar entre os bons sistemas tributários do mundo, obviamente que temos uma transição, mas haverá efeitos sobre as expectativas de curto prazo”, disse. Haddad disse que o texto foi analisado “ponto por ponto”. “Estou muito seguro de que o relatório está bem feito e teremos uma maioria boa no Senado e que vai ser possível promulgar a emenda constitucional ainda este ano.” O governo precisa de 49 votos para aprovação no Senado, mas para garantir uma folga, trabalhará com até 60 votos. (Globo)

Haddad vai insistir no déficit zero em 2024

Como o presidente Lula ainda não bateu o martelo sobre uma possível mudança na meta fiscal de 2024, o Ministério da Fazenda vai insistir em déficit zero. A ala que defende um déficit de 0,25% do PIB no ano que vem para evitar cortes estava ganhando a disputa. Mas o ministro Fernando Haddad chega ao fim da semana com novos adeptos e aliados, e a tendência é que a meta fiscal seja mantida, conta Valdo Cruz. Lula deve voltar a tratar do tema nesta sexta-feira com seus ministros. Ele quer saber se há viabilidade de o governo conseguir aprovar as medidas de aumento de arrecadação para zerar o rombo das contas públicas no ano que vem. Além disso, Haddad deve apresentar novas propostas para elevar receitas em 2024. Se for possível, ele decidirá pela meta zero. Segundo auxiliares diretos de Lula, o presidente será aconselhado a não enviar uma mensagem modificativa do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) alterando a meta fiscal. (g1)

Planeta aquece mais rápido do que o previsto

Um estudo, que tem coautoria de James Hansen, renomado cientista que alertou sobre as mudanças climáticas na década de 1980, revela uma aceleração no aquecimento global. Publicado na revista Oxford Open Climate Change e elaborado por uma equipe de 17 cientistas, o levantamento indica que o aquecimento global pode ultrapassar os níveis pré-industriais em 1,5°C já na década de 2020 e em 2°C até 2050, superando estimativas anteriores. A pesquisa enfatiza a urgência de ações drásticas para mudar esse cenário, incluindo a expansão da energia nuclear, a taxação da poluição por carbono e a cooperação global. Além disso, 2023 deve se tornar o ano mais quente já registrado. O estudo também levanta a polêmica sugestão de geoengenharia solar — baixando as temperaturas ao refletir a luz do Sol para fora da Terra — como possível solução para combater as mudanças climáticas. No entanto, as conclusões do estudo sobre a aceleração do aquecimento enfrentam ceticismo de outros cientistas, que questionam a discrepância em relação às projeções dos modelos climáticos. (CNN e Oxford Academic)

Embaixador em Israel diz que não há previsão para retirar brasileiros de Gaza

“Inexiste previsão do dia de retirada dos brasileiros de Gaza.” A afirmação é do embaixador do Brasil em Israel, Fred Mayer, que disse a Matheus Leitão que o Itamaraty está em “compasso de espera”. Das 576 pessoas autorizadas a atravessar a fronteira nesta quinta-feira, 400 são dos Estados Unidos. De acordo com a embaixada do Brasil na Cisjordânia, 34 pessoas pediram a ajuda para deixar a região controlada pelo Hamas, sendo 24 brasileiros e dez palestinos que pretendem emigrar para o Brasil. (Veja)

Relator da reforma tributária diz que já há votos para aprovação no Senado

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), não revela o placar, mas afirma que já há votos suficientes para aprovar a proposta Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário do Senado. A avaliação foi feita em conjunto com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). “Nós acreditamos que temos votos para aprovar, tanto na comissão quanto no plenário”, afirma em entrevista à Folha. Seu parecer, contemplando parte das demandas de senadores, contribuiu para criar um clima favorável à reforma, que está no Legislativo há cerca de 40 anos. O trabalho também teve um caráter de “contenção de danos” para evitar que demasiadas exceções acabassem desfigurando a proposta por completo. “Vamos trabalhar muito ainda até a reunião da CCJ, na terça-feira (7). A expectativa é de termos uma aprovação expressiva na CCJ. E a ideia é, no dia 8, deliberar no plenário em primeiro turno. No dia 9, em segundo turno”, diz. Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) requer maioria simples na CCJ e o apoio de ao menos 49 dos 81 senadores para ser aprovada no plenário da Casa, onde passa por dois turnos de votação. (Folha)