Israel ameaça deixar competição do Eurovision caso letra seja rejeitada
Israel anunciou que poderá cancelar sua participação no Eurovision deste ano, caso os organizadores rejeitem a letra inscrita por considerá-la política. A cantora Eden Golan teve sua canção October Rain (Chuva de outubro) eleita para competir no festival de música europeu, que será realizado em Malmö, Suécia, no mês de maio. Suspeita-se que alguns trechos da letra façam referência às vítimas do ataque do Hamas, em 7 de outubro, no Sul de Israel. O evento proíbe que as músicas tenham declarações de cunho político. Caso a União Europeia de Radiodifusão (UER), promotora do evento, recusem a letra, o país tem direito a apresentar uma nova para a competição. O possível veto foi considerado “escandaloso” pelo ministro israelense de Cultura e Esportes, Miki Zohar. (Globo)
‘Oppenheimer’ domina SAG Awards e confirma favoritismo ao Oscar
Considerado um dos termômetros do Oscar, a noite de premiação do SAG Awards 2024 aconteceu neste sábado com Oppenheimer saindo como o grande vencedor da noite. O longa de Christopher Nolan levou as categorias de melhor elenco em filme, melhor ator e ator coadjuvante. O prêmio de melhor atriz ficou com Lily Gladstone por sua atuação em Assassinos da Lua das Flores e o de atriz coadjuvante com Da’Vine Joy Randolph por Os Rejeitados. Em TV, os destaques foram para O Urso, que levou melhor série de comédia, melhor ator e atriz em série de comédia, e Succession, vencedora de melhor elenco em série de drama. (UOL)
Startups no Vale do Silício entram no mercado da guerra
Há um tempo, os profissionais de tecnologia não gostavam de aplicar o conceito de agilidade e rapidez das startups para criar armas de guerra. Mas, isso parece ter mudado com centenas de jovens brilhantes desembarcando neste fim de semana no Vale do Silício para um hackaton - concurso no qual programadores competem para criar software - com o objetivo de desenvolver ferramentas de vigilância e sistemas de guerra eletrônica. A mudança cultural desse setor teria sido provocada pelas ameaças econômicas e geopolíticas e a crescente militarização da China. Parte dessa nova safra de trabalhadores acredita que esse novo mercado é um chamado mais elevado de extensão dos ideais americanos para o próximo século. E já existem ao menos três dúzias de investidores para essas organizações, que já conta com ao menos sete unicórnios (avaliadas em mais de US$ 1 bilhão). De acordo com a empresa de dados PitchBook, os investidores injetaram US$ 108 bilhões para companhias tecnológicas de defesa entre 2021 e 2023 para a construção de ferramentas de ponta, como mísseis hipersônicos, wearables que melhoram o desempenho e sistemas de vigilância por satélite. (Estadão)
Trump vence com folga no estado natal de Haley
Só os tribunais são capazes de impedir que Donald Trump seja o candidato do Partido Republicano às eleições presidenciais de novembro. Embora Nikki Haley, sua única adversária na legenda, tenha prometido continuar e campanha por pelo menos mais um mês, a vitória de Trump sábado nas primárias da Carolina do Sul, estado que ela governou por dois mandatos, sepultou suas pretensões. O resultado oficial ainda não foi divulgado, mas pesquisas indicam que ele venceu com 60% dos votos. “Nunca vi o Partido Republicano tão unido quanto agora”, comemorou Trump, cercado das principais autoridades do estado, considerado um dos mais conservadores dos EUA. O ex-presidente venceu todas as primárias e assembleias até agora, mas Haley diz que vai se manter na disputa para evitar uma convenção de candidato único “no estilo soviético”. (CNN)
Multidão já ocupa a Paulista para ato pró-Bolsonaro
Com camisas da CBF e bandeiras do Brasil, mas sem cartazes, uma multidão ocupa desde o fim da manhã as pistas da Avenida Paulista para o ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após ser alvo de uma operação da Polícia Federal. O início da manifestação está marcado para as 15h, com uma oração conduzida pela ex-pimeira-dama Michelle Bolsonaro, seguida de discursos de políticos. O próprio ex-presidente deve encerrar o evento, às 17h. (Metrópoles)
Hidrelétricas perdem espaço para fontes de energias renováveis no Brasil
Para ler com calma. Mesmo sendo a principal fonte de energia brasileira, as usinas hidrelétricas estão perdendo espaço para fontes renováveis nos últimos anos. Atualmente, a hidráulica responde por 53% da capacidade nacional, mas estimativas oficiais esperam que em sete anos essa parcela caia para 42%. Com outras fontes cada vez mais baratas, como eólica e solar, a migração de investimentos para esses novos mercados fizeram com que as hidrelétricas cheguem em alguns momentos a desperdiçar a água, sem produção energética. O ano passado bateu recordes desse tipo de processo, deixando de gerar 16 gigawatts apenas em fevereiro, cerca de 21% da demanda total daquele mês. Especialistas explicam que o país ainda não consegue armazenar as energias eólica e solar em larga escala, precisando das hidrelétricas para reduzir a produção em momentos de menor demanda. (Folha)
Custo com segurança no Brasil representa 5,9% do PIB anual
De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado no Atlas da Violência, as empresas brasileiras despendem aproximadamente R$ 171 bilhões por ano na tentativa de prevenir incidentes de violência. Esse valor corresponde a 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, último ano com dados completos disponíveis. O custo total com segurança no Brasil, incluindo despesas privadas e governamentais, além das perdas de produtividade devido a homicídios, representa 5,9% do PIB anual, o equivalente a R$ 595 bilhões, de acordo com o Ipea. Estudos semelhantes corroboram esses achados: um relatório de 2018 da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos indicou que os custos econômicos com criminalidade aumentaram significativamente entre 1996 e 2015, representando 4,38% do PIB. Além disso, um estudo da Confederação Nacional da Indústria em 2018 estimou uma perda anual de 5,5% do PIB, o que equivaleria a um imposto de cerca de R$ 1,8 mil por cidadão, por ano. (Estadão)
Festival de Berlim anuncia seus vencedores com brasileira na lista
O documentário Dahomey venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim neste sábado. A cineasta franco-senegalesa Mati Diop fez história na cerimônia de premiação, ao ser a primeira diretora negra a ganhar o prêmio principal. Ela recebeu a estatueta de Lupita Nyong'o, que também é a primeira pessoa negra a presidir o júri da competição. O grande prêmio do júri foi para A Traveler’s Needs, do sul-coreano Hong Sang-soo, e o escolhido pelo júri ficou com a comédia dramática L’ Empire, de Bruno Dumont. Já a brasileira Juliana Rojas venceu o prêmio de melhor direção na mostra paralela com seu Cidade; Campo, que conta a história de personagens que vivem a migração entre as áreas rural e urbana. (Variety e g1)
Sistema de espionagem da Abin fez 10 mil consultas informais durante o governo Bolsonaro
O sistema de espionagem FirstMile foi utilizado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fazer 10 mil consultas informais durante o governo Bolsonaro. A ferramenta israelense identifica a localização de pessoas por meio de aparelhos conectados às redes 2G, 3G e 4G. Políticos, assessores parlamentares, ambientalistas e acadêmicos estão na lista de vigiados pelos agentes. Entre fevereiro de 2019 e abril de 2021, foram feitas cerca de 60 mil consultas ao programa, 35 mil delas em setembro e outubro de 2020, às vésperas das eleições municipais. O FirstMile era utilizado a partir de sete computadores com acesso restrito, mas ao longo do tempo foi sendo compartilhado com “turma de buscas”, “coordenação de fontes humanas” e “fração que cuida da proteção presidencial”, segundo registros da própria Abin. Há indícios de que as senhas dos agentes eram compartilhadas, contrariando as próprias regras de segurança do órgão. As consultas ao serviço deveriam estar relacionadas a alguma operação registrada na agência, o que nem sempre ocorria. Alguns pedidos eram feitos via WhatsApp e por integrantes que não deveriam ter acesso à ferramenta. (Globo)
Haddad propõe taxação global dos super-ricos no G20
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está planejando apresentar uma proposta de tributação global para os super-ricos. A iniciativa faz parte de um dos projetos que o político conseguiu aprovar no Congresso em 2023. "Vamos colocar na mesa uma proposta de tributação dos super-ricos, baseada nas melhores pesquisas disponíveis. A agenda de tributação da riqueza e da progressividade sobre a renda são essenciais para enfrentar os entraves econômicos da desigualdade e promover o crescimento econômico sustentável", disse Haddad em entrevista ao jornal O Globo.