Condução da invasão de Gaza provoca racha no gabinete de guerra israelense

A situação dos mais de cem reféns israelenses ainda em poder do grupo terrorista Hamas e a pressão internacional diante da crise humanitária na Faixa de Gaza estão provocando um racha dentro do gabinete de guerra israelense. Em sua primeira declaração pública desde o início do conflito, o ex-comandante do Exército Gadi Eisenkot, um dos quatro integrantes do gabinete, disse que somente um cessar-fogo pode garantir a libertação dos reféns e acusou quem afirma ser possível reavê-los por outros meios de “espalhar ilusões”. Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu vem rejeitando sistematicamente os apelos, principalmente dos EUA, para diminuir a intensidade das operações em Gaza. Israel invadiu o território palestino, controlado pelo Hamas, após os atentados cometidos pelo grupo islâmico em 7 de outubro, que deixaram 1.200 mortos e levaram à captura de cerca de 250 reféns. Em quase quatro meses de bombardeios e combates, o Ministério da Saúde de Gaza diz contabilizar 25 mil mortos, em sua maioria mulheres e menores. (AP)

Após pressão da bancada evangélica, governo cria grupo de trabalho para analisar isenção

Após reunião com parlamentares da bancada evangélica, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a criação de um grupo de trabalho para analisar a isenção tributária sobre salários de líderes religiosos. Anulada nesta semana pela Receita Federal, seguindo orientação do Tribunal de Contas da União (TCU), a isenção foi concedida no governo Bolsonaro, pouco antes da eleição de 2022, pelo então secretário da Receita, Júlio César Vieira Gomes, hoje investigado por participação na tentativa de trazer ilegalmente joias sauditas para o país. Estima-se que a isenção dada aos líderes religiosos tenha custado R$ 300 milhões aos cofres públicos. (g1)

Apple aplicará novas medidas na UE para resolver investigação antitruste do Apple Pay

A Apple deve chegar a um acordo com reguladores de concorrência da União Europeia sobre o NFC da companhia, o Apple Pay, que permite pagamentos por aproximação. Segundo a UE, a Apple favorece injustamente sua própria tecnologia de pagamento e limita a capacidade dos rivais de desenvolver sistemas para concorrer com a dona do iPhone. De acordo com o TechCrunch, a Apple vai permitir que provedores terceirizados se serviços de pagamentos e carteiras móveis obtenham o acesso à funcionalidade NFC em dispositivos iOS, de forma gratuita, sem a necessidade de usar as tecnologias Apple Pay ou Apple Wallet. Outras promessas oferecidas incluem o compromisso da Apple de fornecer recursos e funcionalidades adicionais a terceiros. A empresa também se comprometeu a aplicar critérios de elegibilidade “justos, objetivos, transparentes e não discriminatórios”. As medidas são resultado de uma investigação da União Europeia em 2020. (TechCrunch)

Fãs processam Madonna por atraso de shows em Nova York

Dura a vida da diva pop. Dois fãs estão processando Madonna em um tribunal de Nova York devido ao atraso de duas horas em três shows da cantora em dezembro do ano passado, marcadas para 20h30 – nenhuma das apresentações terminou antes de 1h. Na ação, Michael Fellows e Jonathan Hadden argumentam que não teriam comprado os ingressos se soubessem o horário real de encerramento dos shows. Segundo eles, “muitos dos espectadores que vão a shows nos fins de semana precisam acordar cedo no dia seguinte para trabalhar ou cuidar da família”. Os dois foram ao show de 13 de dezembro, mas documentos e testemunhas confirmaram que as apresentações dos dias 14 e 16 também começaram após 22h30. Madonna, diz a acusação, é famosa pela impontualidade tanto quanto pelas canções de sucesso. (BBC)

Após o ‘Ano da Eficiência’, Meta se aproxima de marca de US$ 1 trilhão em valor de mercado

Após um “ano de eficiência”, com demissões e cortes de custos, a Meta está começando 2024 em alta. O valor de mercado da companhia está perto de alcançar a marca de US$ 1 trilhão depois que o preço das ações subiu 200% no ano passado. Atualmente, a empresa de Mark Zuckerberg vale US$ 966,60 bilhões. Se a Meta atingir a marca, a big tech se juntará à seleta lista liderada pela Microsoft (US$ 2,93 trilhões) com empresas trilionárias, como Apple, Amazon e Nvidia. A última vez que a dona do Facebook ultrapassou US$ 1 trilhão foi em junho de 2021. Desde então, a companhia enfrentou uma crise após o relaxamento das restrições relacionadas à pandemia de Covid, chegando a demitir mais 11 mil funcionários em 2022. Em 2023, a empresa prometeu que aquele seria um “ano de eficiência”, com uma reestruturação. Já no terceiro trimestre de 2023, a Meta reportou fortes lucros que superaram as estimativas dos analistas. (Business Insider)

Pesquisa revela grande quantidade de gelo sob a superfície de Marte

A hoje inóspita superfície de Marte esconde segredos que só estamos começando a desvendar. Uma pesquisa comandada pelo Instituto Smithsonian, nos EUA, confirmou a existência de gigantescos depósitos de gelo a 2,5 quilômetros de profundidade na região equatorial do planeta. Com 3,7 quilômetros de espessura, essa geleira soterrada tem um volume de água equivalente ao do Mar Vermelho, na Terra. Os primeiro sinais de gelo subterrâneo na região foram obtidos em 2007, e desde então cientistas vêm usando técnicas como radares para terem uma medição mais precisa. Embora seja inacessível devido à profundidade, o gelo descoberto levanta a possibilidade de haver outras formações do mesmo tipo mais próximas da superfície, que poderiam ser exploradas por robôs ou mesmo astronautas. (Science Alert)

Governo vai revogar MP da reoneração, diz Pacheco

O Executivo se comprometeu a revogar a medida provisória que elimina gradualmente a desoneração da folha de pagamento em 17 setores, revelou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), durante evento com empresários em Zurique, na Suíça. A reoneração da folha vem sendo um ponto de atrito entre o Planalto e Congresso. No ano passado, os parlamentares aprovaram uma lei estendendo a desoneração até 2027, vetada pelo presidente Lula. O veto foi derrubado, e em seguida foi editada a MP, considerada uma afronta pelo Legislativo. Pacheco explicou as empresários que só não devolveu a MP ao Executivo porque ela trata de outros temas, mas que o governo se comprometeu a revogá-la e reeditá-la sem mencionar a desoneração. (Folha)

Oi anuncia novo CEO e deve apresentar nova proposta de recuperação judicial nos próximos dias

A Oi anunciou Mateus Affonso Bandeira como novo CEO. Em fato relevante, a empresa comunicou após o conselho de administração decidir por não renovar o mandato do diretor presidente, Rodrigo Abreu. Atualmente, Bandeira participa da companhia como membro independente do conselho, onde lidera o Comitê de Gente, Nomeações e Governança. Ele também é conselheiro da Vibra, Intelbrás e Marcopolo, e já foi CEO da Falconi Consultoria e do Banrisul. Ele também já foi Secretário de Estado do Governo do Rio Grande do Sul. Segundo a Oi, ele “dará continuidade e foco ao processo de transformação ora em curso, incluindo a finalização dos acordos necessários para a submissão do Plano de Recuperação Judicial a ser apresentado em Assembleia Geral de Credores”. A Oi deve apresentar o novo plano a seus credores ainda neste mês. Abreu participará da elaboração do novo plano de recuperação judicial, bem como das negociações com a Anatel em torno da concessão de telefonia fixa da Oi. Uma vez aprovada a RJ, Bandeira ajudará na seleção de um novo CEO. (InfoMoney)

Vencedores do Nobel querem mais liberdade para manipulação genética na UE

Um manifesto assinado por mais de mil cientistas e pensadores, incluindo 34 ganhadores do prêmio Nobel, pediu aos legisladores da União Europeia mais liberdade da pesquisa sobre manipulação genética. No documento divulgado nesta sexta-feira, os pesquisadores argumentam que plantas geneticamente modificadas podem ser mais resistentes a doenças e a eventos climáticos extremos, cada vez mais comuns, o que levaria décadas para ser obtido com técnicas convencionais de cultivo. “Não temos esse tempo numa era de emergência climática”, diz o manifesto. A manipulação genética na agropecuária é duramente combatida por grupos ambientalistas, alegando riscos à saúde humana e ao meio ambiente, embora a Agência Europeia de Risco Alimentar não tenha encontrado ameaças maiores com culturas geneticamente modificadas, em comparação com a agricultura convencional. (Guardian)

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