Meio

Mais da metade da população indígena do Brasil vive em áreas urbanas, um aumento de 181,6% em 12 anos, segundo dados do IBGE divulgados hoje. Em 2010, 324.834 indígenas viviam em áreas urbanas cidades em 2010, e o número saltou para 914.746 em 2022. São quase 600 mil pessoas indígenas a mais morando em cidades. Em 2010, o percentual da população indígena residindo em áreas urbanas era de 36,2%; em 2022, o índice subiu para 54%. No total, o Brasil tem 1.694.836 pessoas indígenas, divididas entre 4.833 municípios brasileiros. (UOL)

Funcionários contratados para avaliar a IA Gemini, do Google, levantaram preocupações sobre a precisão das respostas geradas pela ferramenta após uma mudança nas diretrizes internas. Antes, os avaliadores podiam pular tarefas que exigiam conhecimento especializado, como perguntas complexas de cardiologia, caso não tivessem competência no tema. Agora, são instruídos a avaliar mesmo sem domínio técnico e incluir notas indicando a falta de conhecimento, segundo documentos obtidos pelo TechCrunch. A nova regra foi implementada pela GlobalLogic, empresa terceirizada que gerencia a equipe de avaliadores. Essa mudança causou inquietação entre os funcionários, que temem que respostas imprecisas em temas sensíveis, como saúde, cheguem aos usuários finais. Segundo as novas diretrizes, os contratados só podem pular avaliações se as respostas estiverem incompletas ou contiverem conteúdo sensível, como materiais prejudiciais. Críticos alertam que a exigência pode comprometer a confiabilidade do Gemini, especialmente em tópicos altamente técnicos, como doenças raras e cálculos avançados. (TechCrunch)

A Câmara dos Deputados volta hoje a analisar o pacote fiscal do governo. Na sessão de ontem, o texto sofreu mudanças, que, como temiam os agentes financeiros, devem reduzir a economia planejada pela Fazenda e impedir um corte imediato dos supersalários. Mesmo assim, o governo conseguiu apenas 294 votos a favor, quando precisava de pelo menos 308. No Central Meio de hoje, Pedro Doria, Luiza Silvestrini e Flávia Tavares recebem o professor e filósofo Luiz Felipe Pondé.

A Anvisa passou a estudar exigir retenção de receita para medicamentos análogos ao GLP-1, como Ozempic e Wegovy, utilizados no tratamento de diabetes e obesidade. A proposta, prevista para ser analisada no início de 2025, é cogitada após o aumento da automedicação e do uso dessas substâncias para fins estéticos, prática que tem gerado preocupações com a saúde pública. Segundo a Anvisa, mais de 3 milhões de unidades de Ozempic foram vendidas este ano, mas 32% das reações adversas reportadas no Brasil foram causadas por uso fora das indicações médicas, percentual três vezes maior que a média global. Entre os efeitos, destaca-se a alta incidência de pancreatite. A proposta tem apoio de entidades médicas, como a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica, mas enfrenta críticas do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos, que sugere maior fiscalização em vez de mudanças na classificação. (Folha)

Segundo um estudo conduzido pela Anthropic e pela Redwood Research, modelos de inteligência artificial podem enganar, isto é, simular falso alinhamento. Isso ocorre quando sistemas de IA fingem adotar novos princípios introduzidos durante o retreinamento, mas mantém internamente preferências originais. A pesquisa revelou que o modelo Claude 3 Opus simulou alinhamento em 12% das situações iniciais e até 78% em cenários mais avançados. Os pesquisadores afirmaram que esse comportamento pode dificultar a confiança no treinamento de segurança, já que os modelos aparentam estar alinhados sem realmente abandonar ideias prévias. O estudo também destacou que outros modelos, como Claude 3.5 Sonnet e GPT-4o, demonstraram menor frequência ou ausência desse comportamento, indicando variações entre os modelos. A pesquisa, revisada por especialistas como Yoshua Bengio, alerta para a necessidade de estratégias mais robustas de controle, mas ressaltou que o cenário ainda não é preocupante. (TechCrunch)

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu a uma taxa anualizada de 3,1% no terceiro trimestre de 2024, segundo a terceira e última revisão feita pelo Departamento de Comércio nesta quinta-feira. As duas divulgações anteriores mostravam expansão de 2,8%. O dado veio acima das projeções de mercado de 2,8% e marca uma leve aceleração em relação ao crescimento de 3% registrado no segundo trimestre. Esse crescimento no terceiro trimestre de 2024 foi impulsionado principalmente por aumentos nos gastos do consumidor, exportações, investimentos fixos não residenciais e despesas do governo federal. Importações também cresceram no período. Por outro lado, o crescimento foi parcialmente compensado pela queda nos investimentos privados em estoques e pela maior redução no investimento fixo residencial. Em termos nominais, o PIB dos EUA subiu 5% em taxa anualizada, atingindo US$ 29,37 trilhões, um ajuste para cima de US$ 20,6 bilhões em relação à estimativa anterior. Já o índice de preços de gastos com consumo (PCE), medida preferida de inflação do Fed, subiu 1,5% no terceiro trimestre, confirmando estimativas anteriores e mostrando desaceleração em relação ao avanço de 2,5% no trimestre anterior. O núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia, avançou 2,2% no período, em linha com a projeção inicial e abaixo da alta de 2,8% no segundo trimestre. (InfoMoney)

No Pedro+Cora do dia 19 de dezembro de 2024, os jornalistas Pedro Doria e Cora Rónai entrevistam Vitor Gomes, gerente de Marketing da Adobe, que comenta sobre de que formas a IA ajuda no desenvolvimento e também na criação das artes nos serviços que a Adobe disponibiliza. No papo, falam sobre apesar de não ser uma empresa de inteligências artificiais, a Adobe escolhe implementar a funcionalidade, para que o usuário se preocupe mais na parte criativa do processo.

O presidente Lula fez uma tomografia na cabeça hoje de manhã e está bem, com a cognição “perfeita” e liberado para voltar ao trabalho e viajar. O exame fazia parte do protocolo pós-operatório. Agora o presidente já pode voltar para Brasília, onde retomará sua agenda de trabalho. As viagens internacionais, no entanto, ainda não estão liberadas. “O exame está melhor até. O estado geral dele é bom e a equipe médica o liberou para ir a Brasília. Ele deve ir hoje, mais tarde. A doutora Ana [Helena Germoglio] vai acompanhá-lo em Brasília daqui para a frente nessas próximas semanas, onde vai fazer exames de controle”, explicou o médico Roberto Kalil Filho. Ele afirmou também que “o hematoma [na cabeça] não existe mais” e foi feito apenas “um controle tomográfico após uma cirurgia desse porte”. Amanhã, Lula reunirá seus ministros para um almoço, em vez da tradicional reunião ministerial de fim de ano. O encontro menos será formal na Granja do Torto, residência de campo da Presidência da República, para poupar o presidente, que ainda precisa manter repouso relativo. (g1)

O dólar chegou a bater R$ 6,30 nesta quinta-feira, mesmo após o Banco Central anunciar leilões de venda à vista de dólares e o Tesouro Nacional tentar conter a pressão nos mercados com a recompra de NTN-Bs, títulos públicos que pagam ao investidor uma taxa de juros fixa. A moeda norte-americana acumula alta de 29,15% no ano, enquanto o mercado segue atento ao impacto limitado das medidas fiscais propostas pelo governo, após análise pelo Congresso. O Blog de Valdo Cruz já dá conta de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já cogita novas medidas a depender do nível da desidratação. Pela manhã, em comunicado, o Banco Central anunciou um leilão extraordinário de até US$ 5 bilhões, entre 10h35 e 10h40, referenciado à taxa Ptax, média calculada pelo BC com base nas taxas de câmbio negociadas pelos principais bancos ao longo do dia. Depois disso, a moeda americana zerou os ganhos e voltou a faixa dos R$ 6,25 e caiu aos R$ 6,15 nas mínimas intradiárias.

O colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) absolveu, por unanimidade, a União e quatro conselheiros da Petrobras em dois processos administrativos que questionavam suas indicações ao conselho da estatal. A decisão concluiu que não houve conflito de interesse nas nomeações, como alegava a área técnica da autarquia. Entre os acusados estavam Ricardo Soriano de Alencar e Jonatas Assunção de Castro, indicados no governo Bolsonaro, e Pietro Mendes e Efrain Cruz, indicados no governo Lula. A relatora Marina Copola argumentou que as leis atuais permitem maior flexibilidade à União na escolha de representantes e que as funções exercidas pelos acusados no Ministério de Minas e Energia (MME) em 2022 não configuravam impedimento. O próprio MME reforçou que as acusações de conflito formal não tinham sustentação na legislação atual. (Valor)