Meio

A Polícia Federal concedeu 2.469 portes de armas em 2023, uma redução de 56% em relação ao ano anterior, mas sem o aumento da criminalidade, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Também houve uma queda de 79% no registro de novas armas de fogo, passando de 135,9 mil no último ano do governo Bolsonaro para 28,3 mil no ano passado. A política antiarmamentista foi uma promessa de campanha do presidente Lula e um dos principais focos de Flávio Dino, que se despede da pasta para integrar o Supremo Tribunal Federal. Enquanto Ricardo Lewandowski assume o posto nesta quinta-feira, Dino chega ao STF em 22 de fevereiro. (UOL)

Na temporada de balanços... O Santander Brasil fechou o ano passado com um lucro de R$ 9,383 bilhões, uma queda de 27,3% na comparação com o ano anterior. No quarto trimestre, o lucro desacelerou para R$ 2,2 bilhões, ante R$ 2,7 bilhões do terceiro trimestre de 2023. Na comparação anual, houve uma alta de 30%. O resultado, no entanto, veio abaixo do esperado pelo mercado, que apontava um lucro de R$ 2,87 bilhões. A queda no lucro reflete a manutenção de um viés conservador na concessão de crédito, o que reduziu o avanço das margens do terceiro maior banco privado do país. Além disso, os patamares de provisões contra a inadimplência continuaram altos. O presidente do Santander Brasil, Mario Leão, afirmou que o desempenho do banco está em linha com o esperado. (Estadão)

O governo federal lançou hoje uma das primeiras iniciativas previstas no Nova Indústria Brasil, projeto de neoidustrialização da gestão Lula. A plataforma da Produtividade, ferramenta de acesso ao novo Brasil Mais Produtivo, vai digitalizar 200 mil empresas no país. O objetivo é aumentar a produtividade e competitividade de micro, pequenas e médias empresas industriais. Os negócios selecionados serão atendidos pelo Sebrae e pelo Senai, cuja assessoria dará suporte em melhoria de gestão, inovação, mercado, eficiência energética, transformação digital, entre outros. O Brasil Mais Produtivo, que existe desde 2016, terá R$ 2 bilhões em investimentos. A meta é atender 200 mil empresas pela plataforma até 2027. (Poder360)

A temporada de balanços já começou, com grandes empresas divulgando os resultados dos últimos três meses de 2023 e previsões para o trimestre atual. E entre supresas e decepções, as gigantes de tecnologia têm descoberto que as expectativas dos investidores são difíceis de serem alcançadas. Microsoft e Google, dois rivais em software de inteligência artificial e computação em nuvem, entregaram principalmente boas notícias em seus balanços. Na Microsoft, a receita (US$ 62 bilhões) aumentou na taxa mais rápida desde 2022, impulsionada em parte por produtos de IA. No segundo trimestre fiscal, encerrado em dezembro de 2023, a companhia também registru lucro de US$ 21,9 bilhões, alta de 33% comparado ao mesmo período do ano anterior. No caso da Alphabet, controladora do Google, o lucro líquido superou as projeções dos analistas: aumentou 51,9% para US$ 20,69 bilhões no quarto trimestre. Mesmo assim, a fraqueza em seu negócio principal de publicidade em buscas levantou preocupações. E apesar do momento positivo, os resultados das duas empresas não corresponderam às expectativas do mercado, provocando uma queda nas ações das big techs. (Bloomberg Línea e Valor Investe)

A atuação do presidente Lula no início de seu segundo ano de mandato é aprovado por 49% dos entrevistados, segundo pesquisa do PoderData divulgada nesta quarta-feira. O resultado traz uma melhora de três pontos, acima da margem de erro de dois pontos, em relação aos 46% de dezembro. Já a desaprovação recuou de 44% para 42%, dentro da margem de erro. Há um empate técnico entre os que consideram o governo bom ou ótimo (36%) e ruim ou péssimo (34%). A administração do petista é vista como regular por 22%. Lula tem seu pico de aprovação entre mulheres (50%), pessoas com mais de 60 anos (60%), moradores do Sudeste e do Nordeste (52%), ensino fundamental (60%) e renda entre dois e cinco salários-mínimos (52%). Já a reprovação é maioria nas pessoas entre 25 e 44 anos (48%), moradores do Centro-Oeste (53%), ensino médio e superior (ambos com 50%) e renda acima de cinco salários-mínimos (50%). (Poder360)

No Conversas com o Meio desta semana, o editor-chefe Pedro Doria recebe o ex-deputado e atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo, para um papo pesado, mas necessário, sobre a atuação das milícias no país. A investigação do caso Marielle Franco "destampou um bueiro" no Rio de Janeiro, assim como a CPI das Milícias, em 2008. Os dois passam também pelo discurso identitário, analisando as falas da ministra Anielle Franco – aluna do ex-deputado durante o Ensino Médio – e a necessidade de marcar posição para diversos grupos minorizados, além da importância do turismo e de uma união no campo democrático para as próximas eleições.

É um jogo de aparências. Os militares fingem que obedecem, os civis, que comandam — e assim o regime democrático vai andando na corda bamba desde 1988. O termo encontrado por Rodrigo Lentz, cientista político, professor da Universidade de Brasília e pesquisador do Instituto Tricontinental, para definir essa relação foi “subordinação dissimulada”. Ele e alguns de seus colegas produziram um relatório para avaliar como o presidente Lula está lidando com isso em seu terceiro mandato. Depois de várias concessões para acomodar a flagrante insubordinação que havia se instalado com os anos Bolsonaro, especialmente no período pós-eleitoral, estamos de volta à normalidade da obediência condicional. “O presidente da República não manda na política militar, na estratégia e no orçamento da defesa, porque tem de negociar o tempo todo em troca da obediência à Constituição”, explica Lentz.

A operação da Polícia Federal no caso da “Abin paralela” teve como alvo o vereador carioca Carlos Bolsonaro (Republicanos), mas quem ficou mais assustado foi o irmão mais velho dele, o senador Flávio (PL-RJ), conta Bela Megale. Dentro da investigação da PF, o Zero Um aparece como tendo sido auxiliado pela Abin para se livrar da acusação de “rachadinha” em seu gabinete na Alerj quando era deputado estadual. Embora ele desdenhe da suspeita, os agentes afirmam ser essa a parte do inquérito com as provas mais robustas. Pelo sim e pelo não, Flávio foi o único integrante da família a não voltar para a casa de praia onde a PF fazia uma busca. (Globo)

A taxa de desemprego caiu para 7,8% em 2023, menor patamar desde 2014, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do IBGE. No quarto trimestre terminado em dezembro, a taxa caiu para 7,4%. O resultado representa uma queda de 0,3 ponto percentual (7,7%) na taxa de desocupação, que agora é a menor desde janeiro de 2015. Com isso, o número absoluto de desempregados teve queda de 2,8% contra o trimestre anterior, atingindo 8,1 milhões de pessoas. Trata-se do menor contingente de desocupados em números absolutos desde o trimestre móvel encerrado em março de 2015. A população ocupada, por sua vez, aumentou 1,1% no último trimestre, chegando a 101 milhões de pessoas, maior número da série histórica iniciada em 2012. Segundo o IBGE, o resultado anual confirma a tendência já apresentada em 2022 de recuperação do mercado de trabalho após o impacto da pandemia de covid-19. (g1)

A equipe responsável pelo telescópio espacial James Webb divulgou imagens detalhadas de 19 galáxias distantes da Via Láctea, que vão permitir uma melhor compreensão de como as estrelas são formadas. “As imagens são alucinantes, mesmo para cientistas que estudam essas galáxias há anos”, diz a pesquisadora Janice Lee, do Instituto de Ciência de Telescópios Espaciais, em Baltimore. Um dos destaques é a galáxia NGC 1.300 (foto), a 63 milhões de anos-luz da Terra. A foto mostra estrelas madura azuis em meio a faixas alaranjadas de gases e poeira, onde novos astros são formados. Confira a galeria de galáxias. (Space)