WhatsApp vai permitir interoperabilidade com outros aplicativos de mensagens

Em breve, usuários poderão enviar mensagens de outros aplicativos para o WhatsApp. A mudança tem como objetivo cumprir a nova Lei dos Mercados Digitais (DMA) da União Europeia. A legislação vai permitir a interoperabilidade entre plataformas de mensagens para a troca de mensagens de texto, imagens, mensagens de voz, vídeos e arquivos. Na prática, isso significa que será possível conversar com pessoas no WhatsApp por meio de aplicativos de terceiros, como iMessage, Telegram, Google Messages e Signal. No entanto, a medida depende da adesão de outras empresas, uma vez que a Meta, controladora do WhatsApp, quer garantir seus padrões de criptografia mesmo em outros serviços. A Meta está entre as principais companhias pressionadas a seguir o DMA, que tem como missão promover a concorrência entre diferentes serviços digitais. A lei entrou oficialmente em vigor no ano passado, mas as empresas devem cumprir até março. (TechCrunch)

Gonet quer evitar turma contrária à Lava Jato no STF

Além de recorrer da suspensão dada pelo ministro Dias Toffoli da multa de R$ 10,3 bilhões à J&F, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu que o recurso seja julgado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é evitar que o caso caia na Segunda Turma do tribunal, composta, além de Toffoli, por André Mendonça, Edson Fachin, Nunes Marques e Gilmar Mendes. Fachin é o único que não vota sistematicamente contra as decisões tomadas na Lava Jato e em operações decorrentes. Entretanto, é improvável que o Supremo atropele a Turma, para onde vão os recursos contra decisões monocráticas de seus integrantes. (Globo)

Lucro do Bradesco cai 21% em 2023

O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 2,878 bilhões no quarto trimestre de 2023. O resultado representa uma queda de 37,7% ante o terceiro trimestre e alta de 80,4% na comparação com o mesmo período de 2022. O lucro também ficou abaixo das projeções do mercado, que apontavam ganho de R$ 4,647 bilhões. Em 2023, o lucro anual foi de R$ 16,297 bilhões, um recuo de 21,2% comparado a 2022. O balanço é o primeiro divulgado pelo banco sob a gestão de Marcelo Noronha, que assumiu a presidência em novembro do ano passado. A instituição financeira deve anunciar nesta quarta-feira um novo plano estratégico. O novo CEO do banco afirmou que 2024 será um "ano de transição" e que a melhora mais evidente virá apenas em 2025. Além disso, o Bradesco planeja a retirada da Cielo da Bolsa, o que deve movimentar R$ 5,9 bilhões. A decisão foi tomada de comum acordo com o sócio Banco do Brasil, que também controla a Cielo. (Valor)

A luta do ano

Nomeação de Aloysio Nunes por Lula abre crise no PSDB

A nomeação pelo presidente Lula do ex-senador e ex-chanceler Aloysio Nunes (PSDB-SP) para o escritório da Apex em Bruxelas abriu uma crise entre os tucanos, conta o Painel. Integrantes da cúpula do partido defendem que ele se licencie para não abrir um precedente para outros filiados atuarem na gestão petista. Nunes resiste e diz que o pedido é “um estratagema de um oportunismo de direita que está muito presente no PSDB”. Assim como outros fundadores do partido ligados à social-democracia, o ex-chanceler apoiou Lula no segundo turno, contrariando a corrente conservadora hoje dominante na legenda. “Será que pediram que o líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas (DF), se licenciasse após visitar os bolsonaristas presos do 8 de Janeiro na Papuda?”, provoca Nunes. (Folha)

Gonet contesta perdão de Toffoli a multas

PGR recorre da anulação da dívida de R$ 10,3 bilhões da J&S dizendo não haver provas de coação a empresários e vai fazer o mesmo em relação à Novonor, antiga Odebrecht. Receita vê indícios de fraude em programa defendido por Arthur Lira. Na Argentina, o pacote econômico de Javier Milei volta à estaca zero. Considerado o melhor álbum brasileiro, Clube da Esquina ganha um documentário. E o Brasil tem recorde nos casos de pornografia infantil online.

PGR contesta decisão de Toffoli que suspendeu multa bilionária da J&F; entenda

Ilações, conjecturas abstratas, sem provas. É assim que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, avalia a suposta coação dos empresários Joesley e Wesley Batista, que serviu para justificar a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, de suspender a multa de R$ 10,3 bilhões do acordo de leniência da J&F. Entenda neste episódio a polêmica que envolve o jurista.

Justiça manda governo de SP retomar cirurgias de prótese mamária para pessoas trans

O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o governo deve retomar imediatamente as cirurgias de próteses mamárias de silicone em pessoas transexuais e travestis nos hospitais da rede estadual. A medida atende a uma ação apresentada pela codeputada estadual Carolina Iara (PSOL) e cabe recurso. O procedimento deixou de ser realizado em 2020 devido às paralisações de cirurgias eletivas durante a pandemia de covid. Na decisão, o juiz Luis Manuel Fonseca Pires afirma que a suspensão das operações “viola o direito à saúde das pessoas transexuais e travestis, pois impede o acesso a um procedimento essencial para a sua saúde física e mental, para a promoção da dignidade da pessoa humana”. (Folha)

UE pretende reduzir em 90% emissão de CO2 na atmosfera até 2040

Com o objetivo de ser o primeiro continente a ter impacto neutro do clima, a União Europeia anunciou a intenção de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 90% até 2040. A meta foi divulgada nesta terça-feira no Parlamento Europeu. Entre 1990 e 2021, os 27 Estados-Membros reduziram as suas emissões de CO2 em apenas 30%, de acordo com a Agência Europeia do Ambiente. O bloco acelerou sua transição energética nos últimos anos com a adoção de energias renováveis, como turbinas eólicas e painéis solares. A nova proposta prevê redução de 80% no uso de combustíveis fósseis no setor energético até 2040. (Guardian)

Denúncias de imagens de abuso sexual infantil batem recorde em 2023

As denúncias de imagens de abuso e exploração sexual infantil na internet bateram o recorde da série histórica, segundo relatório divulgado pela Safernet nesta terça-feira. Foram mais de 71,8 mil ocorrências em 2023, maior marca desde 2008, quando houve mais de 56 mil registros. De acordo com a ONG, contribuíram para o crescimento de casos o uso de inteligência artificial para criação de conteúdos, a maior venda de pacotes com imagens de nudez e sexo feita por adolescentes, além das demissões em massa das plataformas em áreas de segurança e moderação. Entre os crimes de ódio, a xenofobia cresceu 250% em relação a 2022. Em compensação, os casos de LGBTfobia e misoginia caíram 60% cada, além da queda de 20% no racismo. (CNN Brasil)