Campos Neto descarta “superapp” do BC para substituir serviços dos bancos

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira que a autoridade monetária não planeja lançar um ‘superaplicativo’ para agregar os serviços de instituições financeiras no Brasil. “O Banco Central não terá um superapp. Não é função do BC fazer marketplace de finanças. A nossa função é colocar todas as ferramentas e todos os processos à disposição para que o mundo privado desenvolva os seus superapps”, declarou Campos Neto em São Paulo. Segundo ele, a função de criar o app unificado é dos bancos. Apesar do avanço do Open Finance e o projeto Drex, o real digital, o presidente do BC afirmou que uma das maiores prioridades para o desenvolvimento da moeda é evoluir na privacidade dos usuários. O chefe da autarquia também falou sobre as expectativas para a economia brasileira. O presidente do BC disse que o PIB pode ultrapassar a casa dos 2% em 2024, a depender dos fatores externos e internos, como o controle da inflação e a evolução da economia chinesa. (Poder360)

Dívida bruta do Brasil sobe para 74,3% do PIB em 2023

A dívida bruta do Brasil fechou o ano de 2023 em 74,34% do PIB, segundo o Banco Central (BC). O resultado representa um aumento de 2,66 percentuais em relação a 2022, quando estava em 71,68% do PIB. Em valores nominais, a dívida corresponde a R$ 8,1 trilhões. A dívida bruta do país vem aumentando desde julho do ano passado. De acordo com o Banco Central, a alta na dívida em 2023 se deve, sobretudo, à incorporação de juros nominais, emissões líquidas, efeito da valorização cambial acumulada no ano e crescimento do PIB nominal. Já o setor público consolidado - que é o saldo das receitas contra as despesas, incluindo o pagamento dos juros da dívida - registrou déficit de R$ 967,4 bilhões, ou 8,9% do PIB em 2023. O rombo mais que dobrou em relação a 2022, quando o déficit foi de R$ 460,4 bilhões. (Poder360)

Após seca, Rio Negro volta a subir e devolve a vida à Amazônia

Em outubro do ano passado, a imagem do Rio Negro e de outros grandes rios da Bacia Amazônica praticamente secos chocou o mundo e expôs a crise climática na região. Agora, com o pior da estiagem para trás, o Negro se recupera e já se aproxima do nível que apresentava há um ano. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), na última terça-feira o rio atingiu 21,46m, quase o dobro dos 12,7m registrados em 26 de outubro do ano passado, o pior nível desde que a medição começou a ser feita, em 1902. Tanto quanto a recuperação do meio ambiente, a normalização do Rio Negro reacende setores da economia que dependem do transporte fluvial. (g1)

“Temos que focar em reduzir as internações”, diz dra. Isabella Ballalai

No Conversas com o Meio desta semana, o editor-executivo Leonardo Pimentel recebe a medica pediatra Isabella Ballalai, uma das maiores especialistas em imunização do país. No papo, ela explica o papel que as mudanças climáticas cumprem na atual explosão de casos de dengue no Brasil, assim como os caminhos da vacinação com a QDenga, a vacina desenvolvida por um laboratório japonês que, espera-se, vai diminuir os efeitos da doença em pessoas imunizadas, derrubando também os números das UTIs.

Vendas no varejo caem 1,3% em dezembro

As vendas do comércio varejista restrito caíram 1,3% em dezembro ante novembro, segundo o IBGE. Com isso, o varejo encerrou 2023 com alta de 1,7% nas vendas. O resultado ficou bem abaixo da estimativa mais pessimista do mercado: queda de 0,6% em dezembro. Segundo o IBGE, seis das oito atividades pesquisadas tiveram queda, com destaque para os equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que recuaram 13,1%. Assim, apenas dois dos oito grupamentos pesquisados tiveram alta: "Combustíveis e lubrificantes", com avanço de 1,5% e "Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo", que subiu 0,8%. Já no comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, material de construção, entre outros, o volume de vendas caiu 1,1% em dezembro, segundo o IBGE. (Valor Investe)

Sobrinho-neto de Marina Silva é assassinado no Acre

A ministra do Meio-Ambiente, Marina Silva, informou na noite de terça-feira que seu sobrinho-neto Cauã Nascimento Silva, de 19 anos, foi assassinado em Rio Branco (AC). Segundo a polícia, dois homens invadiram a casa, atingiram o jovem com três tiros e fugiram em uma moto. “Cauã foi vítima da criminalidade que destrói vidas principalmente de jovens de bairros da periferia do nosso país. Que Deus sustente e console nossa família”, escreveu a ministra no X. O presidente Lula e outra autoridades também usaram as redes para prestas condolências a Marina. (Folha)

Surto de dengue deve superar em fevereiro o pico de 2023

Confirmando a gravidade do surto de dengue que atinge o país, epidemiologistas preveem que o Brasil deve superar ainda em fevereiro o pico de registros diários da doença em 2023, que só foi atingido em abril. Na semana passada, a quarta de medição deste surto, foram registrados 105.875 casos prováveis em todo o país, e a perspectiva é de crescimento. No ano passado, o pico, com 111.840 casos, foi registrado na 15ª semana, em abril. Para piorar, os especialistas dizem que a dengue este ano deve ultrapassar esse patamar. “Teremos um grande pico em março e abril, e a partir de maio, quando começar a esfriar, os casos passarão a diminuir”, diz Eduardo Medeiros, professor de infectologia da Escola Paulista de Medicina da Unifesp. (UOL)

Sem Trump na cédula, Haley perde para ‘nenhum desses candidatos’ em Nevada

O Partido Republicano realizou na terça sua primária em Nevada, e a ex-governadora Nikki Haley amargou mais uma vez a segunda colocação, como em Iowa e New Hampshire. A derrota desta vez, porém, foi mais humilhante. Como os delegados à convenção republicana serão distribuídos em um caucus (assembleias locais) nesta quinta-feira, Donald Trump não concorreu às primárias, e Haley perdeu para a opção “nenhum desses candidatos”. Dizendo que o processo estava “viciado” em favor do adversário, ela não fez campanha em Nevada, focando as atenções na Carolina do Sul, estado que já governou e cujas primárias no dia 24 são sua última chance de mostrar alguma condição de enfrentar Trump. (AP)

O parlamentarismo bastardo em xeque

O projeto de afirmação da independência de um Congresso dominado pelo Centrão, que assumisse a primazia sobre os demais poderes, foi originalmente formulado por Eduardo Cunha em 2015. Era uma reação da classe política centrônica contra a operação Lava Jato, que avançava com o beneplácito do Supremo Tribunal Federal. O Executivo, que a cooptava desde o governo FHC para sua agenda de governo em troca de benefícios de cargos e verbas (o famoso “presidencialismo de coalizão”), revelava-se incapaz de protegê-la de Sergio Moro. Urgia mudar um modelo de governança que deixava o Legislativo refém do Executivo e sujeito aos ímpetos de um Judiciário poderoso. Surgiu assim, nas ruínas do presidencialismo de coalizão, o “parlamentarismo bastardo” do Centrão, desculpado com a promessa de um dia se converter formalmente em semipresencialismo.

WhatsApp vai permitir interoperabilidade com outros aplicativos de mensagens

Em breve, usuários poderão enviar mensagens de outros aplicativos para o WhatsApp. A mudança tem como objetivo cumprir a nova Lei dos Mercados Digitais (DMA) da União Europeia. A legislação vai permitir a interoperabilidade entre plataformas de mensagens para a troca de mensagens de texto, imagens, mensagens de voz, vídeos e arquivos. Na prática, isso significa que será possível conversar com pessoas no WhatsApp por meio de aplicativos de terceiros, como iMessage, Telegram, Google Messages e Signal. No entanto, a medida depende da adesão de outras empresas, uma vez que a Meta, controladora do WhatsApp, quer garantir seus padrões de criptografia mesmo em outros serviços. A Meta está entre as principais companhias pressionadas a seguir o DMA, que tem como missão promover a concorrência entre diferentes serviços digitais. A lei entrou oficialmente em vigor no ano passado, mas as empresas devem cumprir até março. (TechCrunch)