SP diminui homicídios, mas tem aumento de roubos e estupros na periferia

Apesar da queda no número de homicídios no ano passado em relação a 2022 (11,5% a menos), a cidade de São Paulo bateu recorde nos índices de furtos, e as incidências de estupro, com 3.037 casos, representam o maior número do crime para a capital paulista desde 2002. Os números são da Secretaria municipal de Segurança Pública (SSP), que também aponta declínio nos registros de latrocínios – roubo seguido por morte. As se concentram na periferia da maior cidade latino-americana. Na Zona Leste, por exemplo, foram 697 ocorrências de violência sexual em 2023. 

Brasil chega a 500 mil casos de dengue em meio a colapso de hospitais e poucas vacinas

O Brasil bateu a marca de meio milhão de casos de dengue registrados em 2024, segundo o Ministério da Saúde. Apesar de significativa, a marca não é exatamente acurada, pois o número atualizado pela pasta soma diagnósticos efetivos e quadros suspeitos, que não necessariamente se confirmam. Por outro lado, há uma possível subnotificação de registros, em função do período de Carnaval e também da superlotação de unidades de saúde – como no Distrito Federal.  Já são 75 mortes relacionadas à doença neste ano, mas outras 217 estão sob investigação. O DF lidera as estatísticas da doença, seguido por Minas Gerais, Acre, Paraná, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro. 

Sindicato de delegados critica Vai-Vai por representar policiais como demônios em desfile

O Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo (Sindsesp) emitiu nota de repúdio às alegorias da Vai-Vai sobre a violência policial e sobre a atuação das forças de segurança no estado. A escola, que abriu os desfiles do sábado de Carnaval em São Paulo com uma homenagem ao maior grupo de rap brasileiro, dedicou uma ala à crítica costumaz que os Racionais MC’s fazem às polícias, com fantasias da tropa de choque da PM paulista, só que com chifres e asas de fogo, representando o diabo cristão. A entidade considerou uma “afronta” a caracterizalçai dos integrantes. 

Investigações quebram argumento de ‘espontaneidade’ do 8 de janeiro

As argumentações de defesa dos investigados pelas cenas de vandalismo e tentativa de abolição do Estado democrático de 8 de janeiro sempre gira em torno da espontaneidade do movimento golpista. Após as operações autorizadas pelo STF, porém, as provas colhidas pela Polícia Federal apontam para um incitamento da turba – inclusive de pessoas no entorno mais íntimo do ex-presidente Jair Bolsonaro. É o caso, por exemplo, das conversas travadas entre o major Rafael de Oliveira e o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante-de-ordens da Presidência. Oliveira chega a pedir R$ 100 mil a Cid para a organização dos acampamentos e para deslocamento dos manifestantes até Brasília. 

Bolsonaro convoca manifestação em seu apoio para dia 25

Em um vídeo que vem sendo distribuído por correligionários e aliados nas redes sociais, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) convocou uma manifestação de apoiadores “em defesa do Estado Democrático de Direito” para dia 25 de fevereiro, na Avenida Paulista. Ele pede que o público vá de verde e amarelo e não leve faixas ou cartazes “contra quem quer que seja”. “Nesse evento eu quero me defender de todas as acusações que vêm sendo imputadas à minha pessoa nos últimos meses”, diz Bolsonaro. O ex-presidente diz que, mais do que um discurso, está interessado na “fotografia” de quem comparecer, para mostrar ao mundo o grau de apoio que tem — numa manobra arriscada, que lembra o movimento feito por Fernando Collor de Mello em seu momento mais vulnerável. (Meio)

Exército vai esperar fim das investigações para punir eventuais transgressões de militares

O comando do Exército decidiu esperar o término das investigações da Polícia Federal contra militares suspeitos de envolvimento na trama golpista no fim do governo Jair Bolsonaro (PL) para abrir processos administrativos sobre possíveis transgressões às regras das Forças Armadas. Uma nota divulgada nesta segunda-feira diz que “o Exército, enquanto instituição que prima pela legalidade e pela harmonia entre os demais entes da República, vem colaborando com as autoridades policiais nas investigações conduzidas. As providências, quando necessárias, serão tomadas em conformidade com as decisões jurídicas acerca do assunto”. O Código Penal Militar prevê, no artigo 99, que o militar condenado a pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos deverá perder o posto e a patente. A depender do crime, ele ainda pode ser considerado indigno para o oficialato. Se for muito longa, a espera pelos julgamentos no Supremo Tribunal Federal pode criar distorções na carreira dos investigados e possibilitar promoções de suspeitos para altas patentes. (Folha)

Toffoli pede vista em julgamento que pode levar Collor à prisão

Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal, suspendeu o julgamento que pode levar o ex-presidente e ex-senador Fernando Collor à prisão por crimes envolvendo a BR Distribuidora. Toffoli pediu vista e agora tem até 90 dias para devolver o caso. O julgamento foi liberado para votação na sexta-feira, dia 9, no plenário virtual da Corte. Na modalidade, os ministros depositam seus votos e não há discussão. O ministro Alexandre de Moraes foi o único a votar antes de Toffoli pedir vista e foi a favor de manter a condenação de Collor a 8 anos e 10 meses de prisão. A defesa de Collor pede que a pena seja reduzida para 4 anos em razão de problemas na contagem e na prescrição dos crimes. (Poder360)

PL vai se reunir para contornar estrago de operação da PF nas eleições municipais

O Partido Liberal (PL) deve reunir, na semana que vem, integrantes da cúpula e das bancadas no Congresso na próxima semana para avaliar os estragos depois da operação Tempus Veritatis e a situação dos palanques municipais. A legenda tenta se reorganizar depois da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de proibir que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro Walter Braga Netto conversem entre si. Um dos deputados ouvidos pela colunista Basília Rodrigues disse que uma das principais dúvidas é saber como Valdemar fará para não conversar com Bolsonaro na sede do PL. (CNN Brasil)

Os números que fazem do Kansas City Chiefs a quarta dinastia da NFL

Com a vitória sobre o San Francisco 49ers, o Kansas City Chiefs se torna a quarta dinastia da NFL da era do Super Bowl. Eles se juntaram ao New England Patriots pós-2000, ao San Francisco 49ers dos anos 1980 e ao Pittsburgh Steelers dos anos 1970 em uma classe à parte de todas as outras. A dinastia deles está em andamento — talvez esteja apenas começando. Essa é a conclusão geral da vitória dos Chiefs por 25-22 na prorrogação sobre os 49ers no Super Bowl LVIII, que rendeu a Kansas City seu terceiro Troféu Lombardi em cinco temporadas. É a quarta vitória da franquia Chiefs no Super Bowl e a terceira do time comandado pelo técnico Andy Reid, que se junta a Bill Walsh e Joe Gibbs em um empate pelo terceiro maior número de todos os tempos. Apenas Bill Belichick (seis) e Chuck Noll (quatro) têm mais. A vitória de domingo, como os dois últimos Super Bowls vencidos por Kansas City e seu quarterback superstar Patrick Mahomes, veio com uma reviravolta emocionante no segundo tempo e com alguns atos heróicos na prorrogação. Mahomes, seis anos de carreira, eleva-se a uma companhia de elite: ele é agora um dos cinco quarterbacks na história da liga a vencer pelo menos três Super Bowls, juntando-se a Brady (sete), Montana (quatro), Terry Bradshaw (quatro) e Troy Aikman (três). Ah, sim, parece que uma tal de Taylor Swift estava lá, dando sorte para seu namorado dos Chiefs. (The Athletic)

Como bilionários estão remodelando a política de São Francisco

Para ler com calma. Uma investigação do Guardian e do Mission Local expõe como bilionários da tecnologia e das finanças estão cooptando políticos e políticas públicas para tirar das mãos de figuras progressistas os rumos da cidade de São Francisco. Alguns dos nomes apontados são do os do gestor de hedge funds William Oberndorf; o investidor bilionário Michael Moritz; o imperador da criptomoeda, Chris Larsen; o cofundador do PayPal David Sacks; o CEO da Y Combinator, Garry Tan; e o CEO da Pantheon, Zachary Rosen. Nos últimos seis anos, eles investiram o menos US$ 5,7 milhões na reformulação das políticas de São Francisco, de acordo com uma análise de dados públicos. O grupo de bilionários sustenta que São Francisco precisa de uma abordagem mais dura contra os problemas dos sem-teto e das drogas, mais punitiva ao crime e de um clima mais favorável às empresas e à construção de habitações. Alguns pedem a centralização de mais poder no gabinete do prefeito. Para atingir esses objetivos, eles criaram uma rede de organizações sem fins lucrativos interligadas e comitês de ação política para obscurecer a verdadeira escala do seu envolvimento. Os três principais grupos dessa rede — NeighboursSF, TogetherSF e GrowSF — arrecadaram mais de US$ 26 milhões em contribuições desde 2020, de acordo com o financiamento de campanha e registros fiscais, dos quais mais de US$ 21 milhões foram gastos em questões políticas diversas. (Guardian)