Meio

A maior seca da história do Brasil já afeta o país de forma generalizada, segundo análise do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). A única exceção é o Rio Grande do Sul. A estiagem mais severa até então havia sido registrada em 2015, quando a falta de chuva atingiu apenas uma parte das regiões. A previsão indica um cenário climático preocupante: historicamente, o mês de setembro traz consigo uma combinação de temperaturas elevadas e precipitação abaixo da média. O país não deve ter alívio até novembro, e os impactos podem se estender para diversos setores, incluindo saúde, energia e agricultura. Um exemplo é a situação de importantes áreas agrícolas que sofrem, de maio até agora, o clima mais seco desde 1981, de acordo com o Cemaden. As próximas duas semanas seriam um período em que os cafeeiros costumavam florescer e os produtores começavam a plantar soja. Com a estiagem, as plantações estão ameaçadas.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou uma nota pública na noite de sexta-feira sobre a decisão do Ministro do STF, Alexandre de Moraes, de bloquear a plataforma X, ex-Twitter, e que impôs multa a quem utilizasse o VPN ou outros mecanismos para acessar a rede social. A nota, assinada pelo presidente nacional da entidade, Beto Simonetti, ressalta que a aplicação de multa ou qualquer sanção só pode ocorrer depois de assegurados "o contraditório e a ampla defesa – jamais de forma prévia e sumária". O ministro Alexandre de Moraes decidiu aplicar multa diária de R$ 50 mil a internautas ou empresas que usarem subterfúgios tecnológicos, como o VPN, para acessar o X, driblando a decisão do Supremo. A rede social do bilionário Elon Musk está suspensa no Brasil por ordem de Moraes, depois da empresa se recusar a cumprir a determinação de indicar um representante legal no país.

Há um novo brasileiro na rua. Se antes a salvação católica servia de consolo para a dureza da vida, isto mudou. No mundo da Teologia da Prosperidade, ascensão social é mostra de bênção divina. Quem não a conquista é porque não foi abençoado. Quem não a conquista tem raiva. No mundo das redes, nos celulares, a propaganda é constante. E não é como aquela propaganda antiga, distante, das TVs e do rádio. É uma propaganda que se impõe, precisamente individualizada, que atiça aquilo que cada um deseja mais avidamente. Esse novo brasileiro quer prosperar com todas suas forças. Quase sempre, não consegue. E se ressente. É com ele que fala Pablo Marçal. É ele que a esquerda tradicional não consegue mais atingir.

Dono da marca de pães Pullman, o grupo mexicano Bimbo anunciou nesta sexta-feira um acordo de compra da brasileira Wickbold. O valor da operação não foi divulgado. “Essa empresa familiar complementa nosso portfólio com marcas que os consumidores amam e nos melhor posiciona na região Sul do Brasil”, afirma em nota Rafael Pamias, diretor-presidente do Grupo Bimbo. O negócio inclui as marcas Wickbold, Seven Boys, entre outras, além de quatro fábricas no Sul e no Sudeste. Fundada em 1938 pela família Wickbold em São Paulo, a empresa tem hoje 2,5 mil funcionários. A conclusão do acordo depende do aval das autoridades reguladoras. (Valor)

O Museu Nacional lançou uma campanha de financiamento coletivo para reconstruir o esqueleto do Maxakalisaurus topai, o maior dinossauro já encontrado no Brasil. A meta inicial é arrecadar R$ 105 mil, dos quais foram obtidos R$ 5.135 até agora. O objetivo é produzir e expor o crânio do "Dinoprata", marcando um símbolo de renovação após o incêndio de 2018, que destruiu grande parte do acervo, incluindo a réplica do dinossauro. Descoberto em 1998, o Maxakalisaurus topai é um titanossauro de 13 metros de comprimento, exibido pela primeira vez em 2006 no Museu Nacional. A campanha visa também metas adicionais para a reconstrução completa do esqueleto, com parceiros comprometidos a contribuir com R$ 200 mil para finalizar a réplica. A situação financeira do Museu Nacional permanece precária, com apenas 30% das obras de restauração concluídas e a reabertura completa prevista para 2028. (Globo)

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira que, “se e quando houver um ciclo de ajuste nos juros, esse ciclo será gradual”. A declaração foi interpretada pelo mercado como sinal de que o Comitê de Política Monetária (Copom) elevará a Selic em 0,25 ponto percentual em setembro, passando de 10,5% para 10,75% ao ano. Ele também reforçou algumas mensagens da ata do Copom, destacando que ajustes futuros na taxa de juros “serão ditados pelo firme compromisso de convergência para a meta” e que a autoridade monetária fará o que for necessário para levar a inflação para a meta. O presidente do BC também disse que há uma percepção de que o mundo vai entrar em um período de desaceleração e que os Estados Unidos têm comunicado isso. Segundo ele, o mundo está se preparando para a queda de juros nos EUA e há dados importantes até a decisão do Fed. Pela precificação, o mercado espera que o ciclo se inicie em setembro com queda de 0,25 ponto percentual “ou até uma queda maior” e que vai depender dos dados “como foi reforçado pelo Fed”. (Valor)

O festival Primavera Sound São Paulo 2024 foi cancelado. Previsto para os dias 30 de novembro e 1º de dezembro no Autódromo de Interlagos, segundo o anúncio feito nas redes sociais do evento o cancelamento ocorreu devido a dificuldades externas que impediram a realização do festival na América Latina - as edições que aconteceriam na Argentina, Uruguai e Paraguai também foram canceladas. A programação do evento não havia sido divulgada até então, gerando questionamentos do público. Alfonso Lanza, diretor do festival, afirmou que a decisão foi tomada após meses de tentativas de viabilizar o evento, dadas as atuais dificuldades da indústria musical. Os detalhes para reembolso dos ingressos estão disponíveis no site oficial, e os reembolsos serão processados em até 30 dias úteis. (g1)

Conforme já havia sido antecipado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo federal encaminhou nesta sexta-feira ao Congresso um projeto de lei que eleva a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), cobrada das empresas, e a do Imposto de Renda sobre os Juros sobre Capital Próprio (JCP), tipo de remuneração paga a acionistas. O objetivo é arrecadar R$ 21 bilhões em 2025, quando a meta fiscal é de déficit zero. O aumento da CSLL será restrito ao ano que vem, enquanto a alteração no JCP será permanente. Entre as empresas, a medida tributária será sentida principalmente pelos bancos, que terão uma elevação de dois pontos porcentuais na CSLL, a 22%. Já a cobrança para empresas financeiras não bancárias será elevada em um ponto porcentual (a 16%), assim como a das demais companhias (a 10%). A expectativa é que isso gere R$ 14,9 bilhões em 2025 e R$ 1,3 bilhão em 2026. Quanto ao JCP, a proposta do governo é de que a alíquota do IR suba de 15% para 20%, gerando R$ 6 bilhões em 2025, R$ 4,99 bilhões em 2026 e R$ 5,3 bilhões em 2027. O projeto foi enviado em regime de urgência, dando ao Congresso 45 dias para a deliberação da proposta, sob pena de trancamento da pauta. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 também será encaminhado nesta sexta-feira ao Congresso. A entrevista coletiva para detalhar o texto só ocorrerá na segunda-feira, às 11h. (Estadão)

O Ibovespa encerrou praticamente estável, com leve queda de 0,03%, aos 136.004,01 pontos. Na semana, a quarta seguida no azul, acumulou alta de 0,29%. Com isso, fechou agosto com avanço de 6,54%, o melhor resultado do ano, além de ser o terceiro mês consecutivo no azul e o quarto de 2024 com ganhos. Já o dólar comercial registrou a quinta alta seguida, de 0,17%, a R$ 5,633. Nem a atuação do Banco Central freou o câmbio. Na semana, a moeda americana acumulou alta de 2,86% Em Nova York, os índices oscilaram durante o dia, mas acabaram positivos. O Nasdaq fechou com alta de 1,13%, Dow Jones ganhou 0,55% e S&P 500 teve variação de 1,01%. (InfoMoney)