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O Fim das Certezas é o tema da 7ª edição do Festival Futuros Possíveis, que acontece nesta sexta e sábado na Casa Firjan, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O que a arte pode nos ensinar sobre os limites da máquina? Vamos controlar dispositivos com a mente? Só os humanos pensam? É possível viver para sempre? Como preservar a nossa humanidade na era das máquinas? Essas são algumas das questões que especialistas brasileiros e estrangeiros de diferentes áreas abordarão, levando os participantes a refletir sobre as mudanças que desafiam as certezas que tínhamos sobre o mundo. Os ingressos, a partir de R$ 180 para os dois dias, estão à venda no site do evento.

Em meio a afirmações de que o Brics ganhou um caráter antiocidental com a ampliação iniciada no ano passado, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, negou que o grupo tenha essa característica. “O Brasil, até onde sei, é um país do Ocidente”, disse a jornalistas em Kazan. Na cúpula passada, na África do Sul, a inclusão de última hora do Irã foi vista como uma instrumentalização política do Brics. “Há uma visão negativa do Brics”, disse o ministro das Relações Exteriores, citando a percepção americana e europeia de que o grupo busca se contrapor à atual ordem mundial. Mas o Brasil concorda com parte dessa agenda, cobrando, por exemplo, a reforma do Conselho de Segurança. Ao mesmo tempo, busca manter distância do caráter autoritário dos parceiros como China e Rússia. “O Brics não é contra ninguém. Ele é a favor dos membros, é uma plataforma de conversas”, afirmou Vieira. (Folha)

Desafiado a conquistar o eleitor do candidato de Pablo Marçal para vencer Ricardo Nunes, o psolista Guilherme Boulos parece repetir no segundo turno estratégias do candidato derrotado do PRTB. No dia seguinte à apuração da primeira rodada das eleições, a equipe de marketing de Boulos definiu como tática prospectar os eleitores de Marçal, sobretudo aqueles espalhados pelas regiões periféricas de São Paulo, para entrevistá-los e descobrir suas aspirações. Baseado nessas pesquisas, a rota foi recalculada e Boulos tem investido nos eleitores autônomos, empreendedores das periferias, motoristas de aplicativos, taxistas e motoboys. Ele mirou nesses segmentos inclusive quando leu a Carta ao Povo de São Paulo e tem direcionado parte de suas propostas. Além disso, tem anunciado que divulgará denúncias graves relacionadas ao candidato à reeleição do MDB, uma tática bastante usada por Marçal no primeiro turno. (Folha)

O teólogo peruano Gustavo Gutiérrez, considerado o pai da Teologia da Libertação, morreu na madrugada de terça para quarta-feira, aos 96 anos. Gutiérrez foi uma figura de enorme influência na história da Igreja Católica latino-americana, defendendo uma fé centrada na justiça social e no cuidado com os pobres. Seu livro Teologia da Libertação. Perspectivas (1971) propôs uma abordagem cristã para enfrentar a pobreza como uma violação à dignidade humana. Embora tenha sido alvo de críticas de setores conservadores, o teólogo sempre afirmou que sua teologia estava alinhada à doutrina social da Igreja. Ele trabalhou por mais de duas décadas em uma paróquia de um bairro pobre de Lima e recebeu homenagens no Vaticano, incluindo reconhecimento do Papa Francisco, que elogiou sua dedicação aos marginalizados. (g1)

O TikTok anunciou nesta quarta-feira a expansão de seu feed STEM, agora disponível por padrão para todos os usuários nos Estados Unidos, Reino Unido e Irlanda. O feed, que anteriormente era ativado automaticamente apenas para menores de 18 anos, busca facilitar o acesso a conteúdos educacionais dentro da plataforma. Embora esteja habilitado por padrão, os usuários podem desativar a função nas configurações do aplicativo. A criação do feed STEM foi uma resposta às críticas de legisladores e grupos de direitos humanos, que alegaram que o TikTok prejudicava a saúde mental dos adolescentes. Desde seu lançamento, o conteúdo educacional aumentou em 18%, com mais de 200 milhões de visualizações. (TechCrunch)

O diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central, Paulo Picchetti, disse estar preocupado com o aumento das expectativas de inflação no Brasil, que estão se distanciando da meta de 3% estabelecida pela autoridade monetária. Durante uma reunião com investidores organizada pela XP nos Estados Unidos, Picchetti destacou que as previsões de mercado para a inflação em 2025 estão se aproximando do teto da meta, o que agrava as preocupações do BC e a inflação de serviços, que segue em níveis acima da meta, foi apontada como um dos principais focos de preocupação. O Brasil, que se antecipou a outras economias ao iniciar seu ciclo de alta de juros, ainda enfrenta pressões inflacionárias, especialmente por conta de surpresas positivas na atividade econômica e no mercado de trabalho. O diretor também alertou para o impacto das mudanças climáticas nos preços e na política monetária, afirmando que eventos climáticos não podem mais ser tratados como aleatórios ou transitórios. (InfoMoney e Reuters)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou suas projeções para o déficit primário e a trajetória da dívida pública do Brasil. O equilíbrio das contas públicas, a partir do déficit zero, inicialmente previsto para 2026, foi adiado para 2027. A previsão de déficit para 2024 foi levemente melhorada, passando de 0,6% para 0,5% do PIB, mas o déficit para 2025 foi revisado para 0,7%. O FMI também projeta um crescimento da dívida pública brasileira, que deve atingir 92% do PIB em 2025 e 97,6% até 2029. O fundo defende a necessidade de ajustes fiscais nos países, e no caso do Brasil, sugere aumento de receita com impostos indiretos e melhora na gestão de despesas. (Folha)

O escritor carioca Antonio Cicero, um dos mais célebres poetas do país, morreu hoje aos 79 anos. A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras, que ele passou a integrar em 2017. Cicero foi diagnosticado com Alzheimer há poucos anos. Ele vivia com seu companheiro, Marcelo Pies, na Suíça, um dos poucos países onde o suicídio assistido é legalizado. Após estudar filosofia no Rio de Janeiro e em Londres, tornou-se um poeta reconhecido e grande letrista. Compôs algumas das principais canções de Marina Lima, sua irmã dez anos mais nova, como Fullgás e Pra Começar, em parceria com ela. Também fez músicas com Waly Salomão, João Bosco, Lulu Santos e Adriana Calcanhotto, e lançou três livros de poemas e quatro de ensaios filosóficos. Cicero deixou uma carta aos seus amigos, na qual diz estar se esquecendo de pessoas e de episódios remotos e recentes, e que sua vida se tornou insuportável. “Não consigo mais escrever bons poemas nem bons ensaios de filosofia. Não consigo me concentrar nem mesmo para ler, que era a coisa de que eu mais gostava no mundo. (...) Tenho consciência de que quem decide se minha vida vale a pena ou não sou eu mesmo. Espero ter vivido com dignidade e espero morrer com dignidade.” (Folha)

O Governo Federal, por meio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, lançou a Plataforma de Investimentos em Transformação Climática e Ecológica (BIP), uma iniciativa destinada a atrair investimentos internacionais e nacionais para apoiar a transição energética e o desenvolvimento sustentável. A plataforma também pretende mobilizar capital para financiar projetos em setores como bioeconomia, energia renovável e descarbonização industrial. Com um potencial inicial de US$ 10,8 bilhões em investimentos, a BIP busca viabilizar iniciativas alinhadas às metas do Plano de Transformação Ecológica, que inclui a redução de emissões de carbono em 53% até 2030. A BIP também foi vista como fundamental para preparar o Brasil para eventos internacionais como a COP30, no próximo ano, em Belém, posicionando o país como um líder potencial na transição ecológica. (Valor Econômico)

John Kelly sabe como Donald Trump governa. O general da Marinha na reserva foi seu chefe de gabinete na Casa Branca entre 2017 e 2019. Ontem, Kelly disse que o ex-presidente se encaixa “na definição de fascista” e desejava o “tipo de generais que Hitler tinha”. A duas semanas da eleição, são os comentários mais recentes de uma série de advertências de ex-assessores sobre como o republicano poderia exercer um segundo mandato. Kelly também disse ao New York Times que o ex-presidente “governaria como um ditador se fosse permitido” e que não tinha “nenhuma compreensão da Constituição ou do conceito de Estado de Direito”. Segundo Kelly, seu ex-chefe lhe confessou que gostaria que seus militares demonstrassem a mesma deferência que os generais nazistas demonstraram ao ditador alemão durante a Segunda Guerra Mundial, e relatou como teria sido a conversa. “‘Você quer dizer os generais de Bismarck?’”, Kelly teria perguntado. “Quer dizer, eu sabia que ele não sabia quem era Bismarck, ou sobre a Guerra Franco-Prussiana. Eu disse: ‘Você quer dizer os generais do kaiser?’ E ele disse: ‘Sim, sim, os generais de Hitler.’” A campanha de Trump disse que o diálogo é falso. (CNN)