Conselheiros derrubam restrição para governo ou acionistas indicarem presidente da Vale

O substituto de Eduardo Bartolomeo na presidência da Vale pode ser ligado a acionistas representativos da mineradora. No encontro do Conselho no último dia 8, foi derrubada a condição para que o nome do indicado não tivesse conexão com o governo ou com outros grandes investidores. Na mesma reunião, decidiu-se pela troca do comando da empresa. Essa determinação foi uma condição imposta por um acionista e criou um impasse em uma reunião anterior. Uma pessoa ligada ao conselho espera que o Comitê de Pessoas e Remuneração faça a seleção das consultorias internacionais de recrutamento até o fim do mês. A escolha dos candidatos pela consultoria seria finalizada até o início de maio, um mês antes do prazo definido na reunião do conselho. A entrega da lista tríplice ocorreria até dois meses e meio após iniciado esse trabalho para que o novo CEO seja definido até o fim de julho, assumindo em seguida e não em janeiro. Outra fonte, no entanto, não acredita em antecipação de datas. A Vale não comentou. (Estadão)

9 em cada 10 escolas públicas não abordam o tema racial em sala, diz pesquisa

Mais de 20 anos após a promulgação da lei que estabelece a inclusão de história e cultura africanas no currículo escolar, nove em cada dez instituições de ensino ainda não abordam o tema racial em sala de aula. Um estudo realizado com 3.467 turmas em creches e escolas de Educação Infantil da rede pública de 12 cidades, incluindo nove capitais, em 2021, mostra que 89,8% delas não tiveram educação étnico-racial em sua grade. O levantamento foi realizado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Itaú Social e Laboratório de Estudos e Pesquisas em Economia Social da Universidade de São Paulo (USP). Para Karina Fasson, gerente de Conhecimento Aplicado da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, “uma escola que não trabalha a educação para as relações étnico-raciais, que não possui materiais que reflitam a diversidade, acaba reproduzindo o racismo”. (Estadão)

Presidente do PL diz que foi pressionado por Bolsonaro a acionar TSE contra urnas

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou à Polícia Federal que foi pressionado por Jair Bolsonaro (PL) e parlamentares da legenda para acionar o Tribunal Superior Eleitoral por suspeitas sobre a confiabilidade das urnas nas eleições de 2022. “Quando houve o vazamento do relatório do IVL (Instituto Voto Legal), os deputados do PL e o então presidente Bolsonaro o pressionaram para ajuizar tal ação no TSE”, disse Valdemar em depoimento no dia 22 de fevereiro. O IVL foi contratado pelo partido para verificar as urnas durante as eleições de 2022. Segundo Valdemar, a contratação, no valor de R$ 1 milhão, ocorreu por indicação do hoje senador Marcos Pontes. O instituto e o advogado que ajuizou a ação foram pagos com recursos da sigla. (Veja)

‘Não deixem Bolsonaro na mão’, disse Zambelli, conta ex-chefe da Aeronáutica

Carlos Batista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, afirmou à Polícia Federal que a deputada Carla Zambelli (PL-SP) pediu sua ajuda para reverter o resultado das eleições de 2022. Em depoimento em fevereiro passado, ele disse que foi abordado pela parlamentar após uma formatura militar em Pirassununga (SP) em dezembro de 2022, um mês após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas urnas. “Brigadeiro, o senhor não pode deixar o presidente Bolsonaro na mão”, disse Zambelli, segundo o relato do militar, que respondeu: “Deputada, entendi o que a senhora está falando e não admito que a senhora proponha qualquer ilegalidade”. De acordo com Baptista, Zambelli fez o mesmo pedido ao general Paulo Sérgio de Oliveira, então ministro da Defesa. A deputada afirmou não se lembrar da conversa com Baptista. Em nota, sua defesa afirmou que ela jamais pediria algo ilícito e “se, porventura, pediu acolhimento, o fez por causa da derrota nas eleições”. (UOL)

Honda e Nissan anunciam aliança para desenvolver carros elétricos

As gigantes automotivas japonesas Honda e Nissan anunciaram uma parceria para desenvolver tecnologia para carros elétricos. As empresas vão trabalhar juntas para fazer baterias, softwares e outras tecnologias para esse tipo de veículo. As fabricantes têm enfrentado forte concorrência com a rápida ascensão da China na corrida pela transição energética, forçando outras montadoras a reduzirem sua produção ou sair do mercado chinês. "Novos players estão surgindo no mercado e percebemos que as empresas que não conseguem lidar com eles não sobreviverão", afirmou o presidente da Honda, Toshihiro Mibe. "As duas empresas chegaram a um entendimento baseado na convicção de que é necessário combinar os seus pontos fortes e explorar a possibilidade de colaborações futuras", disseram as companhias em comunicado. A Honda, segunda maior montadora do Japão, tem como objetivo vender apenas carros eletrificados até 2040 e alcançar neutralidade de carbono até 2050. A Nissan também estabeleceu como objetivo se tornar neutra em carbono ao longo do ciclo de vida de seus produtos até o ano fiscal de 2050. (O Globo e Bloomberg Línea)

Moraes retira sigilo de depoimentos sobre tentativa de golpe

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes retirou o sigilo sobre os depoimentos tomados pela Polícia Federal na investigação sobre o suposto planejamento de um golpe de Estado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus auxiliares. A decisão foi motivada pelo vazamento pela imprensa de trechos das oitivas, em particular do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e do brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior, que ocupava o comando da FAB. A maior parte dos depoentes, a começar por Bolsonaro, usou o direito de ficar em silêncio para não se incriminar. Os depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid, que fez um acordo de delação premiada, não estão entre os liberados. (UOL)

Setor de serviços cresce 0,7% em janeiro

O setor de serviços no Brasil cresceu 0,7% em janeiro ante dezembro, segundo o IBGE. O resultado representa a terceira alta mensal consecutiva do indicador, que acumula alta de 1,9% nos meses de novembro, dezembro e janeiro. O setor está 13,5% acima do nível pré-pandemia e 0,7% abaixo de dezembro de 2022, que foi o pico da série histórica, iniciada em 2011. Segundo o IBGE, houve alta e 4 das 5 atividades de serviços em janeiro ante dezembro, com destaque para o setor de informação e comunicação. A única atividade a registrar queda foi a de serviços prestados às famílias. (Poder360)

Hamas propõe trégua de seis semanas em troca de mais reféns

O grupo terrorista Hamas propôs a mediadores internacionais, segundo fontes da própria organização, uma trégua de seis semanas no conflito com Israel na Faixa de Gaza em troca da devolução de 42 dos mais de cem reféns que ainda mantém desde os atentados de 7 de outubro. Em troca, o grupo extremista quer a libertação de 20 a 50 palestinos em prisões israelenses para cada refém e uma negociação que leve à retirada de Israel da Faixa de Gaza. A proposta representa um recuo, já que o Hamas exigia que as tropas israelenses deixassem o território palestino como pré-condição para a soltura de reféns. O governo de Tel Aviv não mandou representantes para as negociações no Cairo, mediadas por Egito, Catar e EUA. (Barron’s)

Brasil cria 180,4 mil empregos formais em janeiro

A economia brasileira gerou 180,4 mil empregos com carteira assinada em janeiro, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo o governo federal, foram registradas 2,07 milhões de contratações e 1,89 milhão de demissões. O resultado representa um aumento de 100,3% em relação a janeiro do ano passado, quando foram criados 90 mil empregos formais. Ou seja, a criação de empregos formais dobrou frente ao mesmo mês de 2023. De acordo com a pasta, a geração de vagas com carteira assinada é a maior para o mês de janeiro desde 2021. O setor de serviços puxou a alta de contratações, enquanto o comércio registrou queda. (g1)

O que acontece quando hackers desbloqueiam PCs usados em prisões?

Quem diria, quem diria que daria ruim vender notebooks 100% seguros para prisioneiros estudarem?