Governo Lula cria secretaria extraordinária para coordenar preparação da COP30

O governo Lula criou uma secretaria extraordinária para coordenar os preparativos da Cúpula do Clima da ONU (COP30), que será realizada em Belém do Pará em novembro de 2025. Um decreto publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira estabelece que a pasta ficará subordinada à Casa Civil e atuará até 30 de junho de 2026. Segundo a Folha, a publicação ocorre em meio a avaliação do governo em transferir parte da programação da COP de Belém para outras cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, com receio de que a capacidade hoteleira e a infraestrutura da capital paraense não fiquem prontas a tempo para atender às necessidades de um evento dessa magnitude. O Planalto nega. (Folha)

Após homologação de delação premiada, defesa de Ronnie Lessa abandona o caso

A defesa de Ronnie Lessa anunciou nesta quarta-feira que está deixando o caso. A decisão ocorre no dia seguinte à homologação da delação premiada do ex-policial militar pelo Supremo Tribunal Federal nas investigações da morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Os advogados Fernando Santana e Bruno Castro representavam Lessa em 12 processos. “Por ideologia jurídica, nosso escritório não atua para delatores”, afirmam em nota. “Desde o primeiro contato, deixamos claro que ele não poderia contar com o escritório caso tivesse interesse em fechar um acordo de delação premiada. Talvez, não por outro motivo que nós não fomos chamados por ele para participar do processo de delação firmado.” Acusado de ser um dos executores do crime, Lessa está preso desde 2019. (g1)

Governo lança programa para atrair mais voos internacionais

O governo Lula lançou um novo programa para atrair novos voos internacionais para o Brasil. A iniciativa é executada pela Embratur em parceria com Ministério do Turismo e o Ministério de Portos e Aeroportos e com recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC). O projeto prevê que as companhias de aviação e aeroportos poderão promover, em parceria, as rotas aéreas estreantes em campanhas de publicidade e outras ações. A Embratur afirma que a finalidade do programa será “ampliar a conectividade aérea internacional do Brasil e garantir uma melhor experiência do turista estrangeiro nos aeroportos brasileiros”. A primeira fase do projeto prevê até R$ 3,3 milhões para a aplicação em projetos de aumento de voos e promoção do Brasil. (Folha)

Empresa nega vazamento de chaves Pix e rescinde contrato com cliente

Após o Banco Central (BC) divulgar o vazamento de 46 mil chaves Pix de clientes da Fidúcia Sociedade de Crédito ao Microempreendedor, a empresa negou que os dados tenham sido divulgados. Em nota, a instituição financeira afirmou que um cliente pediu informações em grande escala, mas foi bloqueado. A Fidúcia ressaltou que não houve nenhum vazamento de nenhum dado bancário, informações cadastrais ou chaves Pix. A empresa também disse ter tomado providências preventivas para impedir novas consultas indevidas e que o cliente autor da tentativa de consulta ilegal teve seu contrato rescindido com a financeira. (Poder360)

Inovação alcança 68% da indústria, diz IBGE

Quase sete em cada dez indústrias brasileiras de médio e grande porte (68%) promoveram inovações em produtos ou processos produtivos em 2022, mas apenas um terço das companhias (34%) investiu em pesquisa e desenvolvimento. Em 2022, os investimentos em P&D somaram R$ 36,9 bilhões, com destaque para as indústrias extrativas. Os dados fazem parte da Pintec Semestral, a Pesquisa de Inovação Semestral do IBGE. De acordo com o estudo, os principais entraves à inovação apontados foram a instabilidade econômica no ano em questão, o acirramento da concorrência e a capacidade limitada dos recursos da própria companhia. As empresas também citaram a falta de apoio público: 61% das indústrias que implementaram inovações não recorreram à políticas públicas em 2022. (Folha)

O civilista

Quando Ruy Barbosa chegou à Câmara Municipal de Salvador, no princípio da tarde de 19 de janeiro, em 1910, estava mexido. Carregava uma tristeza em si. Ainda assim é possível imaginá-lo sorrindo quando viu a Praça Tomé de Souza, onde só décadas depois seria erguido o Elevador Lacerda, lotada de pessoas. Uma multidão que gritava seu nome. Ele era um homem baixo — menos de 1m60 —, muito magro — mal chegava aos 60kg —, sua coluna meio curvada à frente. O que o marcava, fazia dele alguém que os brasileiros reconheciam de longe e com o qual caricaturistas diversos se divertiram muito, era o bigode espesso, já muito branco àquela altura, ondulado, que quase ultrapassava o rosto. Mas era um pop star como nenhum político havia sido até ali no Brasil. Imensamente popular. Quando falava, as praças enchiam, os auditórios, os coretos, não importa onde. Aquele discurso que faria na Câmara era só mais um no ritmo que havia tomado de discursos quase diários, enquanto circulava pelo Brasil.

Coletiva de Lewandowski incomoda viúva de Mairelle

Ao saber que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, convocara uma coletiva para falar do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, Monica Benício acreditou que o mandante da morte de sua esposa seria finalmente revelado. Mas se irritou ao ver que o ministro apenas anunciou a homologação pelo STF da delação do autor do crime, o ex-PM Ronnie Lessa. “Esse pronunciamento do ministro em nada colabora com a esperança, apenas aumenta as especulações e uma disputa de protagonismo público que não honram as duas pessoas assassinadas”, escreveu Monica em redes sociais. Já a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, defendeu o colega. “O anúncio do ministro Lewandowski a partir do diálogo com o ministro Alexandre de Moraes é uma demonstração ao Brasil de que as instituições de Justiça seguem comprometidas com a resolução do caso”, disse. (Folha)

Vale enfrenta processo na Holanda por tragédia de Mariana e sofre bloqueio de ações

A Vale está prestes a enfrentar mais uma embate legal devido ao colapso da barragem em Mariana (MG). Milhares de vítimas estão processando a mineradora brasileira em um tribunal holandês, em uma ação que poderá custar 3 bilhões de libras (US$ 3,8 bilhões) à companhia. A ação iniciada na Holanda contra a Vale e Samarco foi movida por sete municípios brasileiros, 77 mil vítimas e quase 1 mil empresas e associações afetadas pelo rompimento da barragem. Os proponentes cobram cerca de R$ 18 bilhões (3 bilhões de euros) em indenizações. Por conta da ação, a Justiça da Holanda decidiu pelo bloqueio de ações da subsidiária local da Vale, como forma de garantir 920 milhões de euros (cerca de US$ 5 bilhões) para eventuais indenizações. "As ações que estão sendo movidas na Holanda contra a Vale e a Samarco Iron Ore Europe BV por seu papel no desastre mostram que atrasar a justiça e fazer ofertas de baixo valor no Brasil não vão impedir as vítimas de exigirem justiça", afirma o advogado Tom Goodhead. (Bloomberg Línea e Seu Dinheiro)

França multa Google em 250 milhões de euros

A França multou o Google nesta quarta-feira em 250 milhões de euros (US$ 271,73 milhões) por violações de regras de propriedade intelectual na União Europeia. Segundo o órgão de fiscalização francês, o Bard, chatbot de inteligência artificial do Google - agora chamado Gemini - foi treinado com base em conteúdos de editores de agências de notícias sem consentimento. Algumas das maiores organizações de notícias do país, como a Agence France-Presse (AFP), se manifestaram contra o uso de notícias para alimentar bots de IA. A França também alegou que o Google violou uma série de acordos firmados em 2022, que incluíam negociações com editores de notícias e transparência no uso de conteúdo. Sobre a multa, o Google informou que aceitou o acordo e propôs uma série de medidas para se adequar às leis. (Reuters)

Mercado financeiro vê Lula de forma negativa, mas aprova Haddad

A avaliação negativa do governo Lula entre o mercado financeiro disparou entre novembro do ano passado e março, conforme indica pesquisa da Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira. A parcela de agentes desse setor – economistas, gestores, traders etc. – que vê o governo de forma saltou de 52% para 64%, enquanto a avaliação positiva recuou de 9% para 6%. A opinião “regular” também caiu, de 39% para 30%. Já a avaliação positiva do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, subiu de 43% para 50%, com a negativa despencando de 24% para 12%. Apesar disso, 71% dos agentes do mercado ouvidos avaliam que a economia está “na direção errada”, 99% duvidam que a meta de déficit zero em 2024 será cumprida. (UOL)