Supremo forma maioria contra tese de intervenção militar

Seis ministros já votaram, determinando que o polêmico artigo 142 da Constituição não dá à Forças Armadas “poder moderador” sobre as demais instituições. No TRE-PR, relator rechaça argumentos do PT e do PL e vota contra a cassação de Sérgio Moro. Mortes por PMs crescem quase 70% em São Paulo. SP-Arte celebra 20 anos de difusão da cultura. E o ChatGPT deixa de exigir uma conta para uso.

Supremo forma maioria contra tese de intervenção militar

Com o voto do ministro Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria ontem ao registrar seis votos estabelecendo que a Constituição não possibilita uma “intervenção militar constitucional”. Entenda neste episódio.

STF forma maioria contra tese de ‘intervenção militar constitucional’

Com o voto do ministro Gilmar Mendes, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta segunda-feira ao registrar seis votos estabelecendo que a Constituição não possibilita uma “intervenção militar constitucional”. A questão chegou ao Supremo em ação apresentada pelo PDT, em 2020, questionando o emprego das Forças Armadas pelo presidente da República, sobretudo com base no artigo 142 da Constituição, destinando-se “à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. “Diante de tudo o que temos observado nesses últimos anos, todavia, faz-se necessária a intervenção do Supremo Tribunal Federal para reafirmar o que deveria ser óbvio: o silogismo de que a nossa Constituição não admite soluções de força”, afirmou o decano da Corte em um voto de 12 páginas. Os ministros Edson Fachin e André Mendonça também acompanharam o relator Luiz Fux, que afirmou que “inexiste” no sistema constitucional brasileiro a função de poder moderador das Forças Armadas, uma vez que a Constituição instituiu o “pétreo princípio da separação dos poderes e seus mecanismos de realização”. No domingo, Flávio Dino também votou com o relator, assim como presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso. A votação no plenário virtual da ação que trata sobre os limites constitucionais da atuação das Forças Armadas e sua hierarquia em relação aos Três Poderes vai até o dia 8. (Globo)

Janja cruzou a linha feio

A notícia é do jornalista Lauro Jardim, ele a deu ontem, no domingo dia 31. A primeira-dama, Janja Lula da Silva, pressionou o procurador da República Francisco Falcão. Ela o pressionou para que pedisse à Justiça que o jogador Robinho, condenado por estupro na Itália, cumprisse a pena aqui no Brasil.

Google concorda em destruir dados coletados em guia anônima do Chrome

O Google concordou em destruir ou desidentificar bilhões de dados de navegação coletados quando os usuários estavam navegando na guia anônima do Chrome. O acordo foi apresentado nesta segunda-feira no caso de uma ação coletiva de 2020 movida por titulares de contas que acusam a empresa de rastrear seu comportamento online mesmo estando no modo de privacidade. O acordo ainda inclui uma maior transparência da companhia sobre como coleta informações na guia anônima e colocará limites na coleta futura de dados. Se aprovada por um juiz federal da Califórnia, a proposta, avaliada em US$ 5 bilhões, poderá ser aplicada a 136 milhões de usuários. (The Verge)

Mortes causadas por PMs de SP crescem 69,8% no 1º trimestre de 2024

As mortes causadas por PMs no estado de São Paulo cresceram 69,8% nos primeiros três meses deste ano frente ao mesmo período de 2023, segundo um relatório do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público. Foram 177 óbitos por policiais militares no primeiro trimestre de 2024, contra 116 no mesmo intervalo do ano passado. O aumento se deve às operações policiais na Baixada Santista, onde 79 pessoas já morreram entre janeiro e março. Na mesma época de 2023, 15 pessoas foram mortas pelos agentes na região. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo diz que os casos são investigados com acompanhamento da corregedoria. (CNN Brasil)

Pacheco desidrata MP de Haddad, desonerando prefeituras

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deixou caducar o trecho de uma medida provisória do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que previa a reoneração da folha de pagamento de prefeituras. Ele prorrogou a vigência da MP em 60 dias, mas determinou a derrubada da parte que trata da reoneração 8% para 20%. Pacheco afirmou em nota que “a decisão significa que a discussão sobre o tema da desoneração da folha de pagamento e seu eventual novo modelo devem ser tratados integralmente por projeto de lei, não por MP”. E ainda criticou o ato do governo, considerando que o Congresso já havia decidido pela desoneração dos municípios. “Uma MP não pode revogar uma lei promulgada no dia anterior, como se fosse mais um turno do processo legislativo”, afirmou. (Folha)

Ibovespa cai 0,87%, e dólar salta a R$ 5,0591

O Ibovespa encerrou a primeira sessão de abril com forte queda de 0,87%, aos 126.990 pontos. Já o dólar comercial avançou 0,87%, a R$ 5,0591, maior valor desde 13 de outubro. O motivo para o desânimo veio dos Estados Unidos: o índice de atividade industrial mostrou uma força ainda consistente da economia americana, sugerindo que o Federal Reserve pode adiar o começo do corte de juros. Em Wall Street, Dow Jones recuou 0,60%, SP&500 caiu 0,20%, enquanto Nasdaq subiu 0,11%. (InfoMoney)

Zambelli aciona MPF por suposta interferência de Janja no caso Robinho

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) acionou o Ministério Público Federal (MPF) para que a primeira-dama Rosângela Lula da Silva seja investigada por coação no curso de processo e tráfico de influência no caso do jogador Robinho. Segundo a parlamentar, Janja teria pressionado o relator do caso, Francisco Falcão, para que o ex-atleta fosse preso no Brasil. A suposta interferência foi revelada por Lauro Jardim, que publicou em sua coluna que Janja ligou para o relator do caso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para pressioná-lo. Ele e mais oito ministros votaram a favor do cumprimento no Brasil a pena de nove anos por estupro à qual o ex-jogador foi condenado na Itália. Dois votos foram contrários. (Globo)

Crianças estão ficando mais altas e mais obesas, diz estudo da Fiocruz

Um estudo da Fiocruz publicado na revista científica The Lancet em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a University College London, nesta segunda-feira, mostra que as crianças brasileiras estão mais altas e acima do peso. Com base nas mudanças de índice de massa corporal (IMC) de 5,7 milhões de crianças brasileiras entre três e dez anos, os pesquisadores identificaram o aumento médio de um centímetro nos pequenos, mas também a elevação dos índices daqueles que estão com excesso de peso ou obesidade. A taxa subiu de 26,8% para 30% entre os meninos e de 23,9% para 26,6% entre as meninas. Enquanto o ganho de altura é explicado pela melhoria na saúde e na alimentação, o crescimento da obesidade se deve ao consumo cada vez maior de ultraprocessados e aumento do sedentarismo entre o grupo estudado. (Metrópoles)