Cresce a taxa de mulheres responsáveis pelo lar no Brasil, diz Censo do IBGE
Os novos dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE mostram que, pela primeira vez, há mais mulheres na posição de comando das casas brasileiras do que como esposa do responsável. São 34,1% as responsáveis pelo lar ante 25% apontadas como cônjuge. No Censo de 2010, eram 22,9% e 29,7%, respectivamente. A taxa de domicílios comandados por elas também cresceu, enquanto a de homens reduziu, ficando mais próxima de um equilíbrio. Eles passaram de 61% para 51% entre os responsáveis, enquanto elas saíram de 39% para 49% entre as pesquisas de 2010 e 2022. De acordo com o gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Minamiguchi, o aumento da independência econômica das mulheres e da renda acompanhada da elevação da presença feminina no mercado de trabalho contribuem para a identificação como responsáveis pela residência. (g1)
‘Washington Post’, de Jeff Bezos, anuncia que não apoiará mais candidatos à Casa Branca
O presidente executivo do Washington Post, Will Lewis, anunciou à redação e em editorial publicado nesta sexta-feira que o jornal não apoiará mais candidatos à presidência, rompendo décadas de tradição. “O Washington Post não apoiará um candidato presidencial nesta eleição”, escreveu. “Nem em qualquer eleição presidencial futura. Estamos voltando às nossas raízes de não apoiar candidatos presidenciais.” Desde 1976, o Post apoia candidatos presidenciais. Naquele ano, chancelou o democrata Jimmy Carter, que venceu as eleições. Antes disso, geralmente, não endossava candidatos, embora tenha aberto uma exceção em 1952 para apoiar Dwight Eisenhower.
Harris e Trump seguem em empatados, segundo pesquisa final NYT/Siena National
Kamala Harris e Donald Trump estão empatados no voto popular, com 48% para cada um, segundo a última pesquisa nacional antes das eleições feita pelo New York Times e do Siena College. O resultado, que chega menos de duas semanas antes do dia do pleito e após milhões de americanos já terem votado antecipadamente, não é encorajador para a vice-presidente. Em eleições recentes, os democratas tiveram obtiveram vantagem no voto popular, mesmo quando perderam o Colégio Eleitoral e, portanto, a Casa Branca. Além disso, no levantamento anterior ela tinha 49% e o republicano, 46%. A mudança está dentro da margem de erro, mas a média nacional de sondagens acompanhadas pelo NYT também registrou uma diminuição da diferença entre os dois candidatos. Mais relevante que a intenção de votos em nível nacional é a decisão nas urnas de sete estados, aos quais Harris e Trump têm dedicado a maior parte de seu tempo e recursos. A maioria das pesquisas nesses estados – Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvânia, Wisconsin – também sugerem que a disputa está igualmente acirrada. (New York Times)
Era mais barato ter evitado a desgraça, diz Lula sobre acordo pela tragédia em Mariana
O presidente Lula afirmou nesta sexta-feira que o acordo de reparação pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), serve como uma lição para as mineradoras, pois sairia mais “barato” evitar a “desgraça” do que pagar as indenizações. Vale, BHP, Samarco, autoridades federais e estaduais assinaram um novo compromisso para compensação dos danos causados pela tragédia. Homologado pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Tribunal Regional Federal da 6ª Região e pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o acordo prevê R$ 170 bilhões em medidas reparatórias e compensatórias. “Ficaria muito mais barato ter evitado o que aconteceu. Infinitamente mais barato. Certamente, não custaria R$ 20 bilhões evitar a desgraça que aconteceu”, afirmou Lula na cerimônia no Palácio do Planalto. Ele também disse que a tragédia não foi evitada “por irresponsabilidade e ganância” das empresas envolvidas e destacou que o episódio não teve relação com questões climáticas. A barragem de Fundão rompeu em 5 de novembro de 2015, despejando 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração sobre comunidades, contaminando o Rio Doce e afluentes e chegando ao Oceano Atlântico, no Espírito Santo. Ao todo, 49 municípios foram atingidos direta ou indiretamente e 19 pessoas morreram. (g1)
Em busca do eleitorado de Marçal, Boulos participa de sabatina e defende diálogo
O candidato à prefeitura de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, participou nesta sexta-feira de uma sabatina promovida pelo ex-candidato Pablo Marçal (PRTB), um dos seus principais críticos no primeiro turno. Boulos destacou que não guarda mágoas e que está disposto a governar para todos os paulistanos, inclusive os que votaram em Marçal, que obteve cerca de 1,7 milhão de votos. O candidato do PSOL defendeu o empreendedorismo e afirmou que promoverá uma política de moradia eficiente para garantir que não haverá novas ocupações. Boulos criticou seu oponente no segundo turno, Ricardo Nunes (MDB), por não ir à sabatina e disse entender que o voto em Marçal significava o voto para uma mudança em São Paulo. Marçal, no entanto, disse que “jamais votaria na esquerda”, mas que está em Roma, na Itália, e não sabe ainda se volta à capital paulista para votar. No final da live ele ainda disse ter ligado para Ricardo Nunes, mas o prefeito não o atendeu. (Globo)
Brasil registra 831 casos de assédio eleitoral desde agosto
Desde o início das campanhas municipais, em agosto de 2024, o Brasil registrou uma média superior a 11 denúncias diárias de assédio eleitoral, totalizando 831 casos até o momento, segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT). O Estado de São Paulo lidera o número de denúncias (107), seguido por Bahia (98) e Ceará (51). O assédio eleitoral ocorre quando superiores hierárquicos tentam influenciar a votação ou manifestação política de seus subordinados. O MPT já firmou 42 TACs (Termos de Ajustamento de Conduta), negociações nas quais os empregadores públicos ou privados se comprometem a cessar a prática sob pena de serem multados, e moveu 28 ações judiciais para combater essa prática. Embora altos, os números são menores do que os das eleições de 2022, quando houve mais de 3,6 mil denúncias. (UOL)
Arábia Saudita quer construir maior arranha-céu do mundo
A Arábia Saudita deu início à construção do Mukaab, uma torre projetada para ser o maior edifício do mundo, situada no centro de Nova Murabba, cidade futurista em Riad. Com 400 metros de altura e 360 de largura, a megaestrutura utilizará tecnologia de realidade virtual e hologramas para criar ambientes imersivos, com vistas projetadas que se adaptam. Apesar da promessa de modernidade e inovação, o projeto vem sendo alvo de críticas entre grupos religiosos, que alegam que o prédio será uma réplica e portanto um desrespeito ao principal símbolo do Islã, o Caaba, santuário em Meca. Além disso, organizações de direitos humanos denunciam o deslocamento forçado de comunidades e registros de repressão e abusos de trabalhadores imigrantes. Em Jeddah, demolições também têm sido associadas à expansão do projeto. O arranha-céu deve ficar pronto até 2030. (Globo)
Operação da PF investiga desvio de verbas e emendas parlamentares por Gustavo Gayer
Em uma operação da Polícia Federal, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) tornou-se alvo de mandados de busca e apreensão por suspeita de desvio de verbas parlamentares para financiar suas empresas privadas, incluindo uma escola de inglês e uma loja de camisas. Durante as buscas em Brasília e cidades de Goiás, a PF apreendeu o celular do deputado e mais de R$ 70 mil na casa de um assessor. Além de ser suspeito de desviar recursos públicos para suas empresas, Gayer é apontado pela investigação como líder de um esquema que usava entidades de fachada para desviar verbas por meio de emendas parlamentares. O deputado nega envolvimento em qualquer esquema ilícito e alega que as ações judiciais interferem no processo eleitoral, já que ele atua na campanha de um candidato à prefeitura de Goiânia. A operação, denominada “Discalculia”, também investiga crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e peculato. (g1)
Pobreza triplica chances de transtornos mentais, revela ONU
O relator especial da ONU para Pobreza Extrema e Direitos Humanos da ONU, Olivier De Schutter, apresentou um estudo à Assembleia Geral em que alerta para a relação direta entre pobreza e o aumento de transtornos mentais. Segundo o documento, a precariedade no trabalho triplica a probabilidade de pessoas de baixa renda desenvolverem transtornos como depressão e ansiedade. O relatório destaca que esses problemas constituem um círculo vicioso, tornando a ascensão social ainda mais difícil. Além do sofrimento humano, os transtornos mentais geram prejuízos econômicos anuais superiores a um trilhão de dólares. O documento enfatiza que fatores como a insegurança no trabalho, salários insuficientes e uma economia que busca crescimento constante estão aumentando a incidência desses problemas. Schutter sugere que governos implementem proteções legais para garantir trabalho e salários dignos, ampliem a proteção social e proporcionem acesso a espaços verdes como medida de reconexão com a natureza. (Globo e AFP)