Governo reduz meta fiscal e projeta salário mínimo de R$ 1.502 para 2025

O governo enviou ontem ao Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, propondo redução nas metas fiscais dos próximos anos. Com a queda, a necessidade de receita adicional também cai e o governo pode destinar cerca de R$ 161 bilhões aos gastos públicos. A medida, no entanto, também impacta o mercado -- que reagiu negativamente à peça. Confira neste episódio.

145 mil doses de vacina contra a dengue perdem validade no final do mês

O governo tem até o final deste mês para aplicar cerca de 145 mil doses de vacina contra a dengue distribuídas pelo Ministério da Saúde a seis estados que vencem no próximo dia 30. O público-alvo são crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, que concentra a maior parcela de internados pela doença. Para evitar a perda dos imunizantes, a ministra Nísia Trindade havia anunciado em março a redistribuição entre estados e municípios, mas a adesão não tem sido suficiente para zerar os estoques. No Amapá, por exemplo, apenas cerca de mil das 22.376 doses recebidas foram aplicadas, segundo dados preliminares da pasta. O ministério aposta que conseguirá aplicar todas as vacinas a tempo e não tem um plano B para evitar um possível desperdício. (Globo)

Um isentão e um esquerdista entram no bar

Olha, a gente precisa ter um freio de arrumação na maneira como conversamos. E, nos últimos dias, me toquei de que há uma conversa que precisamos ter com urgência. Há uma certa sensação, no ar, de que não aprendemos nada nesses últimos dez anos. Mas a gente devia ter aprendido algumas coisas.

Meta vai interromper Threads na Turquia no final de abril

A Meta disse hoje que planeja encerrar “temporariamente” o Threads na Turquia a partir de 29 de abril, em resposta à uma liminar imposta pela autoridade de concorrência turca no mês passado. Segundo o órgão, conhecido como Rekabet Kurumu, a Meta estava abusando de sua posição dominante no mercado ao combinar dados de usuários que criam perfis do Threads com informações do Instagram, sem dar o direito de escolha. “Discordamos da ordem provisória, acreditamos que cumprimos todos os requisitos legais turcos e iremos recorrer”, disse a empresa, em seu blog. Em 2022, o país já havia imposto uma multa de US$ 18,6 milhões à companhia por combinar dados de usuários do Facebook, Instagram e WhatsApp. (TechCrunch)

Elon Musk planeja cobrar taxa para postagem de novos usuários no X

Elon Musk está planejando cobrar uma pequena taxa de novos usuários para postar no X, como forma de reduzir o problema dos bots na rede social. Em resposta a uma conta, ele disse que a medida seria a “única maneira” de impedir o “ataque de bots”. “A IA atual (e as fazendas de trolls) podem passar ‘você é um bot’ com facilidade”, disse o dono da plataforma, se referindo às ferramentas, como captcha. A outro usuário, Musk disse que essas novas contas poderiam fazer postagens sem necessidade de pagamento após três meses de criação. Ainda não há informações sobre quando e quanto seria cobrado com a nova política. No ano passado, a rede começou a cobrar US$ 1 por ano de novas contas não verificadas na Nova Zelândia e nas Filipinas. Os novos usuários gratuitos desses países poderiam ler posts, mas para interagirem, como curtir ou compartilhar, tinham de pagar uma taxa. (TechCrunch)

Hong Kong aprova ETFs de bitcoin e ethereum, diz jornal

A Comissão de Valores Mobiliários e Futuros (SFC) de Hong Kong aprovou nesta segunda-feira o lançamento de bitcoin e ethereum à vista em fundos negociados em bolsa (ETF), seguindo medida semelhante adotada pelos Estados Unidos em janeiro. O anúncio, segundo a CNBC, foi feito pelos três fundos aprovados: ChinaAMC, Harvest Global e Bosera International. A SFC não confirmou. Se a informação for confirmada, Hong Kong — que tem tentado se tornar um centro de criptomoedas regulamentado para competir com Dubai e Cingapura — vai se tornar um dos primeiros lugares do mundo a aprovar um ETF de ethereum. Na China, as negociações de critptomoedas foram proibidas em 2021 após uma forte repressão. E não está claro se os investidores chineses poderão investir por meio dos ETFs. (CNBC)

Ibovespa cai 0,49%, e dólar chega a R$ 5,18

O Ibovespa fechou em queda nesta segunda-feira pela quarta vez seguida. A baixa foi de 0,49%, aos 125.333 pontos. Wall Street também encerrou o dia com recuo: Dow Jones caiu 0,65%, S&P 500 perdeu 1,20% e Nasdaq teve desvalorização de 1,79%. Dados positivos do varejo americano, reforçando a perspectiva de juros altos por mais tempo, e o pessimismo com a redução da meta fiscal levaram o dólar a avançar 1,24%, encerrando o dia a R$ 5,185, maior patamar desde março do ano passado. (InfoMoney)

Greve de servidores já atinge ao menos 43 universidades e 51 institutos federais

A greve em unidades federais de educação ganhou força nesta segunda-feira, com ao menos 18 universidades, centros tecnológicos e institutos de tecnologia (IFs) aderindo às paralisações. Professores e outros servidores reivindicam reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas entre 2024 e 2026, além da equiparação dos benefícios e auxílios com os servidores do Legislativo e do Judiciário ainda este ano e a revogação de normas aprovadas em governos anteriores. De acordo com levantamento do g1, pelo menos 43 universidades, 51 institutos federais (IFs) e um campus do Colégio Pedro II estão em greve, com níveis de paralisações variando dependendo da instituição. Em nota, o Ministério da Educação disse que está “envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação” e que promoveu reajuste de 9% para todos os servidores no ano passado. (Globo e g1)

Governo revisa metas fiscais dos próximos anos, adiando ajuste

O governo federal enviou nesta segunda-feira ao Legislativo o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, propondo redução nas metas fiscais dos próximos anos. Ao apresentar o arcabouço fiscal no ano passado, a promessa era entregar um superávit de 0,5% do PIB no ano que vem e alcançar 1% em 2026, último ano de Lula. Agora, o governo propôs déficit zero no ano que vem e superávit de 0,50% no seguinte, reduzindo a velocidade do ajuste fiscal. Na prática, a meta zero de 2025 mantém a possibilidade de déficit, já que há uma margem de tolerância de 0,25% do PIB para mais ou menos. Para este ano, não houve mudança e a meta segue zerada, com as contas podendo fechar deficitárias ou superavitárias em até R$ 28,75 bilhões. Com a redução da meta fiscal, a necessidade de receita adicional cai substancialmente e o governo pode destinar cerca de R$ 161 bilhões aos gastos públicos nos próximos dois anos. Já a dívida bruta do setor público, indicador acompanhado com atenção pelo mercado financeiro, deve terminar o governo Lula em 79,1% do PIB, bem acima dos 74,4% do PIB do primeiro ano do governo do petista. Para serem alteradas, as metas precisam do aval do Congresso Nacional. (g1)

Justiça acata recurso e devolve mandato a conselheiro da Petrobras

O desembargador federal Marcelo Saraiva acatou nesta segunda-feira recurso da União e devolveu o mandato de conselheiro de administração da Petrobras a Sergio Rezende. A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal ainda deve analisar o caso para uma decisão definitiva. No último dia 8, a 21ª Vara Cível Federal de São Paulo suspendeu o mandato de Rezende em resposta a uma ação movida pelo deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP). Ex-ministro de Educação e de Ciência e Tecnologia nos governos Lula, ao ser indicado para o Conselho de Administração da Petrobras, Rezende era filiado ao PSB e participava da cúpula decisória do partido, o que é um impeditivo para assumir o cargo, conforme o estatuto social da estatal. O presidente do colegiado, Pietro Mendes, também foi afastado por decisão da Justiça e a União também recorreu. Ele é secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, pasta à qual a Petrobras está ligada. (g1)