Aliança do premiê indiano vence eleições gerais, segundo pesquisas de boca de urna

A aliança liderada pelo partido Bharatiya Janata (BJP), do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, deve conquistar com folga a maioria nas eleições gerais que terminaram neste sábado, após seis semanas de votação. Pesquisas de boca de urna indicam que o desempenho do grupo governista pode ser melhor do que o esperado pelos analistas. As pesquisas projetam que a Aliança Democrática Nacional (NDA), no poder, deve obter dois terços na câmara baixa do Parlamento, composta por 543 membros. As previsões sugerem que a NDA pode ganhar entre 355 e 380 cadeiras. Nas eleições gerais de 2019, conquistou 353 assentos, dos quais o BJP foi responsável por 303. Já a aliança de oposição liderada pelo Partido do Congresso, de Rahul Gandhi, deve ficar com entre 125 e 165 assentos. “Posso dizer com confiança que o povo da Índia votou em números recorde para reeleger o governo da NDA”, afirmou Modi, que está no poder desde 2014, após o fim da votação. (Guardian)

Arminio diz que Lula corre risco de fiasco político se errar no BC

Ex-presidente do Banco Central e um dos primeiros economistas de renome a declarar apoio a Lula no segundo turno das últimas eleições presidenciais, Arminio Fraga vê com pessimismo um governo que “comete velhos erros”. Investidas sobre a governança de estatais, como a Petrobras, tentativa de interferir em empresas privadas, como a Vale, iniciativas para ressuscitar a indústria naval e renacionalizar refinarias estão entre as críticas. O que mais preocupa, no entanto, é o desequilíbrio nas contas públicas e a pressão sobre as decisões do BC em relação à Selic, hoje em 10,5% ao ano. “Se quem entrar se meter a besta, a inflação começar a subir e o mercado perder a confiança, vai ser um grande fiasco político, inclusive, e rápido”, diz Arminio. “É uma tristeza ver como a coisa está sendo conduzida, as pressões políticas explícitas, os ataques ao BC, a ideia de que responsabilidade fiscal é uma grande maldade.” (Folha)

O que torna Virginia Wolf necessária

O que faz de Virginia Wolf, autora britânica que cometeu suicídio em 1941, necessária para os nossos tempos? A atriz Claudia Abreu, que já levou mais de 35 mil pessoas ao teatro desde 2022 com o monólogo Virginia, argumenta que "ela é uma feminista importante do século 20. As discussões atuais reverberam essas questões porque não evoluíram tanto assim." Uma série de lançamentos do mercado editorial  demonstram esse interesse. Um é  Virgínia – Um Inventário Íntimo, versão em livro do monólogo de Claudia Abreu, outro é a biografia A Medida da Vida: os últimos anos de Virginia Wolf, de Herbet Marber, e um terceiro é a coletânea Ensaios Seletos.  (Valor Econômico)

Livraria de Porto Alegre perde 100 mil livros

Com nove unidades em Porto Alegre, a rede de livrarias Cameron, estima ter perdido mais de 100 mil exemplares de livros, o que corresponde aproximadamente a metade de seu estoque, um prejuízo estimado em R$ 2,2 milhões somente em produtos. Para superar a crise, a livraria reabre suas portas em unidades pop-up, que apresentam um conceito aberto, dentro de shoppings e galerias. (Estadão)

Ativista climática é presa após atacar quadro de Monet em Paris

Uma ativista climática foi presa em Paris por colar um adesivo em uma pintura de Monet no Museu d'Orsay, como forma de protesto contra o aquecimento global. O grupo ao qual ela pertence, Riposte Alimentaire, tem realizado uma série de protestos semelhantes em diversas partes da França, incluindo ataques a obras de arte famosas. Embora a pintura não tenha sofrido danos permanentes, o incidente destaca a crescente preocupação com a crise climática entre os ativistas. O grupo se autodenomina um "movimento de resistência civil" e alega buscar uma mudança social radical para proteger o meio ambiente. Este não é o primeiro incidente desse tipo, e outros artistas e obras também têm sido alvo de protestos semelhantes em diferentes partes do mundo. (DW)

África do Sul rejeita nas urnas partido que libertou o país do apartheid

O Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) perdeu o monopólio político na África do Sul depois dos resultados das eleições deste sábado mostrarem que, com quase todos os votos contados, o partido ficou com apenas cerca de 40% dos eleitores, longe da maioria absoluta pela primeira vez desde que, há 30 anos, derrotou o apartheid. Com os sul-africanos enfrentando uma das maiores taxas de desemprego do mundo, escassez de eletricidade e de água, e criminalidade desenfreada, o partido governista ainda conseguiu superar seus concorrentes, mas ficou longe dos quase 58% dos votos que obteve nas últimas eleições, em 2019. A queda vertiginosa do movimento de libertação mais antigo de África colocou um dos países mais estáveis do continente e a sua grande economia num rumo difícil e desconhecido. O partido, que alcançou fama internacional graças a Nelson Mandela, terá agora duas semanas para formar um governo por meio de coalizões com um ou mais partidos rivais que o ridicularizaram como corrupto e prometeram nunca formar uma aliança. “Na verdade, estou chocado”, disse Maropene Ramokgopa, um dos principais responsáveis do ANC. “Isso abriu nossos olhos para dizer: ‘Olha, está faltando alguma coisa em algum lugar’”. (New York Times)

PP, Republicanos e União se afastam do PT nas capitais e optam pelo PL

Apesar de estarem à frente de cinco ministérios, PP, Republicanos e União Brasil apoiarão candidatos a prefeito que concorrem com o PT nas capitais e integrarão a aliança do PL, de Jair Bolsonaro, em municípios considerados prioritários pelo partido do presidente Lula. Em dez cidades, incluindo São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, pelo menos um dos três partidos estará em uma frente de bolsonaristas contra petistas. O inverso, apoio desses partidos a petistas em vez de bolsonaristas, só está previsto no Rio, em Fortaleza e no Recife. Nas demais cidades, há indefinição de cenário ou as legendas do Centrão estarão em alianças opostas às siglas do ex e do atual presidente. (Globo)

Imposto de Renda: Receita recebe 42,4 milhões de declarações

A Receita Federal recebeu até as 23h59 de 31 de maio, prazo final para envio, 42.421.153 declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2024. Esse número supera o de 2023, quando 41.151.515 contribuintes fizeram o ajuste de contas. O supervisor nacional do programa do IRPF, José Carlos Fonseca, afirmou que o processo de entrega do documento ao Fisco foi tranquilo, sem problemas técnicos para o preenchimento e o envio. “Não tivemos nenhum problema tecnológico, não tivemos nenhuma sobrecarga, nenhuma indisponibilidade. Foi um dos anos que temos somente que nos orgulhar, isso mostra a estabilidade de todo o processo que construímos até agora”, afirmou. Os contribuintes que moram no Rio Grande do Sul têm até 30 de agosto de 2024 para enviar a declaração devido às enchentes que assolaram o estado. (Globo)

Live Nation confirma vazamento de dados da Ticketmaster

A Live Nation Entertainment confirmou uma violação de dados da Ticketmaster, onde informações de mais de 500 milhões de clientes foram roubadas e oferecidas à venda na dark web. A empresa afirmou que o problema não afetou significativamente as operações ou finanças e que está trabalhando para remediar a situação. O Departamento de Justiça dos EUA entrou com uma ação antitruste contra a Live Nation. (Variety)

Nível do Guaíba cai e fica abaixo da cota de inundação

Na madrugada desta sábado, o nível do lago Guaíba em Porto Alegre caiu e está abaixo da cota de inundação. O lago não transborda mais e retornou ao seu leito normal após um mês. Às 6h15, o nível do lago estava em 3,57 metros, marcando a primeira vez desde 2 de maio que ficou abaixo da cota de inundação, quando atingiu 3,69 metros. Em maio, o nível do Guaíba alcançou níveis históricos devido aos temporais no Rio Grande do Sul, com um recorde de 5,35 metros em 5 de maio. A tragédia climática resultou em 171 mortes, 43 desaparecidos, 806 feridos e mais de 617,9 mil desabrigados. Além disso, 473 das 497 cidades do estado sofreram danos, acumulando bilhões de reais em prejuízos. (G1)