Dólar acumula alta de 2% em junho, com 10,4% no ano

O dólar iniciou o mês em viés de alta e já tem 2% de valorização frente ao real desde o início de junho. No ano, o aumento é de 10,4%. De acordo com projeções, o dólar comercializado no patamar de R$ 5,30 gera uma carga inflacionária de 0,4 a 0,6 ponto percentual nos 12 meses subsequentes. Para o futuro, o clima é de pessimismo entre investidores. Sócio e diretor de investimentos da Armor Capital, Alfredo Menezes pontua que o dólar costuma ficar mais favorável nos primeiros meses do ano, mas que, em 2024, a desvalorização da moeda "ficou para trás e não trouxe apreciação para a moeda brasileira", acrescentando que a expectativa é que o dólar feche o ano em cerca de R$ 5,60. O setor ainda está em estado de espera pelas definições do Banco Central americano, o Fed, que começou os debates para definir a taxa básica de juros dos EUA, além de, também nesta semana, estar prevista a divulgação da inflação no país.

Disneyworld coloca princesa negra no lugar de atração considerada racista

Em uma renovação que muitos atribuem ao movimento politicamente correto, a Disneyworld, em Orlando, vai substituir ainda neste mês uma atração clássica, a Splash Mountain, hoje vista como tendo uma conotação racista, por outro brinquedo baseado em sua primeira protagonista negra, Tiana, da animação A Princesa e o Sapo, de 2009. A experiência é praticamente a mesma, um passeio de barco terminando numa queda para molhar os turistas, mas agora com música, bonecos e cenografia remetendo à Nova Orleans da década de 1920, onde passa a história de Tiana. A Splash Mountain é baseada no filme A Canção do Sul, de 1946, que misturava atores e animação mostrando uma visão idealizada da vida em um fazenda do Sul dos EUA logo após o fim da escravidão. Para muitos críticos, o longa mostra os personagens negros de forma estereotipada. (AP)

MPF investiga suspeita de fraudes em matrículas de EJA no Norte e no Nordeste

O Ministério Público Federal (MPF) está investigando suspeita de fraudes em matrículas no sistema de ensino de jovens e adultos (EJA) em municípios de dez estados das Regiões Norte e Nordeste. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), prefeituras inflam o número de pessoas matriculadas no EJA para aumentar o repasse de verbas federais ao programa e desviam os recursos. Em maio uma operação do gênero foi feita no Maranhão, sendo agora estendida a cidades na Bahia, Alagoas, Piauí, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Sergipe e Pará. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), o percentual máximo razoável da população matriculada no EJA, destinado a maiores de 15 anos que não cursaram o ensino regular, é de 9,2%, mas uma cidade no Piauí registrou a matrícula de 73% de seus habitantes. (UOL)

Governo busca se afastar de projeto sobre delação

O Palácio do Planalto quer distância do movimento na Câmara para aprovar um projeto que restringe a delação premiada por parte de presos e pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro. A avaliação é de que qualquer posicionamento tomado pelo Executivo terá repercussões negativas para o presidente Lula (PT). Se apoiar o projeto, passa à sociedade a imagem de cumplicidade com a impunidade; se agir ativamente contra, abre uma nova frente de confronto com o Congresso. A proposta, apresentada em 2016 e apensada com outros projetos desde, deve ter a urgência votada ainda nesta terça-feira. (Folha)

ONU aprova cessar-fogo, mas Israel diz que ação em Gaza continua

Diplomata israelense afirma no Conselho de Segurança que guerra seguirá enquanto o Hamas mantiver sua capacidade militar e que palestinos usam “negociações sem sentido” para ganhar tempo. Pacheco diz a Lula que o Senado está insatisfeito com PEC que muda regras do PIS/Cofins. Espanha condena torcedores por ofensas racistas a Vini Júnior. Fernanda Montenegro celebra 80 anos de carreira com leitura de Simone de Beauvoir. E a Apple apresenta novidades de inteligência artificial em seus produtos, para irritação de Elon Musk.

Conselho de Segurança da ONU aprova resolução para cessar-fogo em Gaza

Numa rara demonstração de consenso entre as grandes potências, o Conselho de Segurança da ONU aprovou ontem uma resolução que pede ao Hamas que concorde com um plano de três fases para libertação de reféns em troca de um cessar-fogo e o fim da guerra na Faixa de Gaza. Apenas a Rússia se absteve de votar o texto elaborado pelos Estados Unidos. Confira neste episódio.

Cidades fazem mudanças sustentáveis para conter aquecimento global

Com o objetivo de frear os piores impactos das mudanças climáticas, as cidades precisam reduzir suas emissões de gases do efeito estufa, causadores do aquecimento global. Algumas delas já começaram a fazer mudanças significativas em suas gestões para tornarem-se mais sustentáveis. Na Dinamarca, a capital Copenhague instalou telhados verdes e outras áreas de retenção de água das chuvas, adaptou seu sistema de drenagem e tem uma legislação rigorosa sobre seu planejamento urbano, prevendo que uma nova construção seja adaptada ao clima. A cidade indiana de Mumbai adotou a estratégia do orçamento climático, utilizada em outras metrópoles, como Londres e Miami. Mas o foco dos investimentos está nas soluções para o calor extremo, com aumento da cobertura de árvores e construção de áreas sombreadas em espaços abertos. (Estadão)

Eloy Casagrande conta sobre nova fase de criação no Slipknot

Após fazer história assumindo as baquetas do Sepultura, Eloy Casagrande começa uma nova fase na carreira como o mais novo mascarado da banda americana Slipknot. Mas, quem pensa que ele chega apenas para tocar, substituindo o antigo baterista Jay Weinberg, está enganado. Em dez dias que teve como período de teste, o músico participou da composição de novas canções, como Long May You Die, anunciada pela banda, sem previsão de lançamento. “Pelo que eu sinto, eles querem que eu traga o máximo de ideias possíveis. Seja uma mistura da música brasileira com metal, seja ritmos diferentes”, contou, em entrevista à Rolling Stone. Eleito duas vezes melhor do mundo pela Drumeo, Eloy ressalta que sua essência brasileira pesou na decisão por ser escolhido como novo membro. “Respeitaram isso desde o começo. Em nenhum momento eles chegaram para mim e falaram: ‘Você tem que tocar isso dessa forma, como foi gravado ou como a gente tocava ao vivo’. Não, eles me deixaram de uma forma muito livre”, conclui. (Rolling Stone)

Elon Musk ameaça banir dispositivos Apple após parceria com OpenAI

O bilionário Elon Musk ameaçou banir os dispositivos Apple de suas empresas, caso a integração com a OpenAI chegue ao nível do sistema operacional, fazendo com que os visitantes de suas companhias deixem seus telefones na porta. Em uma série de postagens em sua rede social X, ele chamou a integração de software com o ChatGPT de “uma violação de segurança inaceitável” e disse que a dona do iPhone “não tem ideia do que realmente está acontecendo”. O chatbot da OpenAI será utilizado, entre outras funções, em uma integração com a assistente de voz Siri, que ganha novos recursos de inteligência artificial. Musk se diz preocupado com a segurança das informações dos usuários no uso da tecnologia. “É evidentemente absurdo que a Apple não seja inteligente o suficiente para criar sua própria IA, mas seja de alguma forma capaz de garantir que a OpenAI protegerá sua segurança e privacidade!”, escreveu. (CNBC)

PF pede mais tempo para concluir inquéritos das fake news e milícias digitais

A Polícia Federal pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, mais tempo para concluir os inquéritos das fake news e das milícias digitais. Instaurado em 2021 e prorrogado diversas vezes, o inquérito das milícias digitais mira “a existência de uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, financiamento e político (…), com a nítida finalidade de atentar contra a democracia e o Estado de Direito”. Entre os principais desdobramentos estão investigações que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o esquema de desvio de joias, a falsificação de cartões de vacinação e trocas de mensagens de teor golpista. O das fake news, aberto em 2019, tinha o objetivo de investigar notícias fraudulentas, denunciações caluniosas e ameaças contra a Corte, seus ministros e parentes. A apuração também se converteu em dor de cabeça para Bolsonaro, incluído formalmente nesse inquérito em 2021, e vários de seus aliados. (Carta Capital)