OAB aprova parecer que considera PL do aborto inconstitucional

O projeto de lei que iguala o aborto ao crime de homicídio após a 22ª semana, inclusive nos casos em que a prática é legalmente garantida, é inconstitucional e inconvencional. Esta é a conclusão de uma comissão de juristas mulheres da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em um parecer aprovado nesta segunda-feira pela entidade. Segundo Sílvia Souza, presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) da ordem, as advogadas não discutiram o mérito da prática do aborto, mas os aspectos jurídicos do projeto, cuja urgência foi aprovada pela Câmara em rito sumário. “O texto grosseiro e desconexo da realidade expresso no Projeto de Lei 1904/2024, que tem por escopo a equiparação do aborto de gestação acima de 22 anos ao homicídio, denota o mais completo distanciamento de seus propositores às fissuras sociais do Brasil, além de simplesmente ignorar aspectos psicológicos; particularidades orgânicas, inclusive, acerca da fisiologia corporal da menor vítima de estupro; da saúde clínica da mulher que corre risco de vida em prosseguir com a gestação e da saúde mental das mulheres que carregam no ventre um anencéfalo”, diz o documento. (g1)

Maioria é contra prisão para mulheres que abortam

Na contramão do projeto de lei que iguala o aborto ao homicídio, a maioria da população brasileira é contrária à prisão de mulheres que interrompem a gravidez. A conclusão está na pesquisa A Cara da Democracia, feita anualmente desde 2018 pelo Instituto da Democracia (INCT-IDDC). Segundo o último dado disponível, de 2023, 59% dos entrevistados são contra a prisão de mulheres que abortam, contra 28% a favor e 8% que acreditam depender de cada situação. O resultado, porém, não significa que a maioria é a favor da prática do aborto. Nos últimos 15 anos, pesquisas de opinião com metodologia científica indicaram que o percentual de brasileiros contrários ao aborto oscila entre 70% e 80%. (Globo)

Tony Awards premia os melhores espetáculos de teatro dos Estados Unidos

A atriz e cantora Maleah Joi Moon venceu como melhor atriz de musical em sua estreia na Broadway

Foi noite de festa no Lincoln Center, em Nova York, na cerimônia do 77º Tony Awards, o grande prêmio de teatro dos Estados Unidos, neste domingo. “Stereophonic”, que fala sobre uma banda de rock e a tensão entre arte e show business, venceu como melhor peça, e “The outsiders”, adaptação de um romance da escritora S.E. Hinton sobre um grupo de adolescentes briguentos de Oklahoma, conquistou a estatueta mais desejada da Broadway como melhor musical. Veja a lista completa de premiados.

Lula deve indicar em agosto novo presidente do BC e Galípolo é favorito

Favorito para lugar de Campos Neto, Gabriel Galípolo deve ser indicado em agosto à presidência do BC

Brasília e a Avenida Faria Lima já sabem que o preferido do presidente Lula para substituir Roberto Campos Neto no Banco Central é o economista Gabriel Galípolo. A novidade é que Lula deve indicá-lo em agosto, quatro meses antes do fim do mandato de Campos Neto, por sugestão do próprio presidente do BC. Acordada entre Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a indicação antecipada seria uma forma de facilitar a transição de poder. Ex-braço direito de Haddad na Fazenda, Galípolo é o atual diretor de Política Monetária do Banco Central. Como integrante do Comitê de Política Monetária (Copom), terá uma prova de fogo esta semana nas reuniões que definirão a Selic, principal instrumento do BC para cumprir a meta de inflação. Ex-presidente do Banco Fator, Galípolo acompanhou os votos de Campos Neto no Copom em todas as reuniões com exceção da última, e é lembrado no Congresso como um bom articulador quando atuava no ministério. (Veja e Globo)

Netanyahu dissolve gabinete de guerra

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu dissolveu nesta segunda-feira o gabinete de guerra, uma semana após o líder oposicionista Benny Gantz deixar o órgão em protesto contra a falta de uma estratégia clara para o futuro da Faixa de Gaza. O gabinete de guerra foi formado em 12 de outubro, cinco dias após os atentados terroristas do Hamas em Israel, com a função de coordenar a reação ao ataque, incluindo a invasão da Faixa de Gaza, e a presença de Gantz era vista como um sinal de união nacional no conflito. Segundo fontes no governo, Netanyahu fará “reuniões menores para tratar de assuntos sensíveis” da guerra. A dissolução do gabinete foi uma forma de o premiê driblar os ministros da ala de ultradireita do governo, que exigiam integrar o colegiado. (CNN)

Brasil, 2024

Bancada evangélica recua e fala em adiar PL do aborto

O fim de semana foi marcado por protestos em diversas capitais contra a proposta que equipara o aborto ao homicídio e estabelece um limite de 22 semanas de gestação para a prática nos casos já autorizados em lei. No G7, Lula volta a defender Haddad, enquanto o ministro diz que o Brasil é uma “encrenca”, “um negócio difícil de administrar”. Homenagens marcam os 80 anos de Chico Buarque. E a Apple busca evitar tropeços com seus novos recursos de IA.

Netanyahu quer ‘aniquilar’ os palestinos, diz Lula

No sul da Itália, o presidente Lula criticou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dizendo que o líder israelense não quer “resolver o problema”, mas 'aniquilar os palestinos'. Confira neste episódio.

Valdemar diz que Bolsonaro definirá candidatura do PL em 2026

No programa político do PL exibido na noite de sábado, o presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro é quem decidirá os candidatos a presidente e vice de seu partido em 2026. “Nós queremos o Bolsonaro candidato a presidente do Brasil pelo PL. Agora, se ele não for, quem decide quem vai ser o candidato a presidente é o Bolsonaro. Quem decide quem vai ser o candidato a vice-presidente é o Bolsonaro”, disse Costa Neto. “Devemos isso a ele, é ele quem tem os votos".

Apenas 4 das 20 metas do PNE foram cumpridas ao menos parcialmente em 10 anos

Das 20 metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE) até o final de 2024, apenas quatro foram cumpridas pelo menos parcialmente. Sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT), em 2014, a lei estabelece uma série de metas a cumprir nos diversos níveis de educação, do ensino infantil à pós-graduação. Um relatório da Campanha Nacional pelo Direito à Educação mostrou que, entre avanços e retrocessos, as gestões públicas não conseguiram sequer atingir progresso suficiente para que ao menos uma meta seja considerada alcançada. O governo federal ainda terá um novo desafio neste ano, quando deverá formular um novo plano que oriente as políticas educacionais da próxima década. (Folha)