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O relatório Focus desta semana mostrou que os analistas consultados pelo Banco Central elevaram as perspectivas para a inflação e para o dólar. O levantamento, que capta a percepção semanal do mercado para indicadores econômicos, apontou que as expectativas para a alta do IPCA subiram a 3,98% e 3,85% em relação aos anos de 2024 e 2025, respectivamente. Na semana anterior, as contas estavam em 3,96% e 3,80%. Com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos, o centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,0%. Já o dólar teve perspectiva de 5,15 reais, subindo 2 centavos em relação à semana anterior, após a moeda ter acumulado alta de 1,12% na semana passada e alcançado 12,15% de elevação em 2024. O boletim projeta o dólar a 5,15 reais (5,10 na semana anterior). Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano teve ajuste para cima de 0,01 ponto percentual, chegando a 2,09%. Para o ano que vem, a estimativa se mantém em expansão de 2,0%. A centena de economistas ouvidos no relatório estima que a Selic terminará o ano em 10,5%, e que o BC voltará a reduzi-la até 9.5% no fim de 2025. (CNN Brasil)

Uma pesquisa do instituto Ipsos, encomendada pelo jornal Le Parisien e pela Radio France, mediu intenções de voto para as eleições gerais da França, no próximo dia 30, convocadas pelo presidente Emmanuel Macron após a ultradireita vencer os governistas na eleição do Parlamento Europeu. O partido de ultradireita RN (Reunião Nacional), de Marine Le Pen, está na liderança, com 35,5% da expectativa de votos. Mesmo que saia vitoriosa, a ultradireita não deve conquistar maioria absoluta no parlamento francês, pois a aliança de esquerda Nova Frente Popular aparece em segundo lugar, com 29,5% dos votos, seguida pelo grupo governista de centro, com 19,5%. A coalizão de esquerda contrariou os planos de Macron, que pretendia construir uma frente ampla para vencer a disputa. (Folha)

Após se arrastar por mais de dois meses, greve nas universidades e institutos federais chega ao fim. Sete deputados federais podem ter seus mandatos cassados pelo Supremo Tribunal Federal. Nos Estados Unidos, Meta é acusada de viciar crianças e adolescentes em suas redes sociais e enfrenta ações em 45 estados. E a animação Divertida Mente 2 bate recordes mundiais de bilheteria.

A Justiça Federal em São Paulo autorizou, no domingo, a extradição do palestino Muslim Abuumar, que veio ao Brasil com a esposa, o filho e a sogra. Eles desembarcaram em São Paulo na sexta-feira, mas logo foram abordados e retidos pela Polícia Federal do aeroporto de Guarulhos, por suspeita de que o pai seja da frente internacional do Hamas. De acordo com a decisão, o nome de Abuumar consta em lista de terroristas internacionais. Segundo a defesa, Muslim foi interrogado sem direito a tradutor ou contato com um advogado. O episódio de hoje também traz a decisão do STF que pode encerrar mandatos na Câmara e o fim da greve dos professores universitários.

A Justiça Federal de SP determinou no domingo (23) a repatriação de Muslim Abuumar, da mulher dele, grávida de 7 meses, do filho de seis anos e da sogra de 69 anos. A família foi detida no aeroporto de Guarulhos ao chegar da Malásia, na sexta-feira (21) sob a alegação de que Abuumar seria ligado ao grupo extremista Hamas, responsável por ataques contra israelenses. O deputado João Daniel (PT-SE) pediu explicações sobre a "real situação" da família e o advogado de defesa deles conseguiu uma liminar para impedir uma repatriação imediata. O embate se estendeu durante o final de semana. A defesa de Abuumar alegou que a PF agiu por discriminação e o Instituto Brasil-Palestina disse que a retenção era absurda. Mas a juíza Milenna Marjorie Fonseca revogou a primeira liminar e determinou a repatriação da família. (UOL, O Globo e CNN)

A greve dos professores das universidades federais chegou ao fim após 69 dias. Em assembleia realizada neste domingo (23), o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) comunicou que a maioria de suas instituições filiadas optou pelo término da paralisação. Foram 33 votos a favor do encerramento do movimento e 22 contrários. O principal argumento para a decisão foi a "intransigência" do governo Lula (PT) nas negociações salariais. Segundo os docentes, Brasília não atenderia ao pedido de reajuste para este ano, e manter a greve apenas prejudicaria os estudantes. Agora, o sindicato deve notificar o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos sobre sua deliberação e assinar um acordo nos próximos dias. Na última semana, parte dos servidores das universidades já havia decidido encerrar a greve. Até a noite de sexta-feira (21), docentes de instituições como a UnB (Universidade de Brasília), UFPR (Universidade Federal do Paraná), UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), UFMA (Universidade Federal do Maranhão) e Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) decidiram retornar às aulas. (Folha)

No Diálogos com a Inteligência desta semana, o cientista político Christian Lynch recebe o antropólogo e escritor Luiz Eduardo Soares, um dos maiores especialistas de segurança pública do Brasil. Soares defende a legalização das drogas, a unificação das polícias militar e civil e o fim do encarceramento em massa. Assista!

O projeto de lei 2034/2033, aprovado na CCJ do Senado na quarta-feira (19), deve ir ao plenário da casa nos próximos dias. Além da liberação de locais que explorem jogos de cassino, bingos e jogo do bicho, o PL prega a volta dos fumódromos. Desde 2014, as áreas destinadas exclusivamente para fumar são proibidas no país, uma medida considerada importante para especialistas em saúde pública. Caso seja aprovado pelo conjunto dos senadores, o PL segue para sanção do presidente da República. Lula já declarou que, se o Congresso aprovar o projeto, ele sancionará a proposta. (Senado e g1)

O Supremo Tribunal Federal segue discutindo se o porte de maconha para consumo pessoal deve ou não deixar de ser crime no Brasil. O julgamento já tem cinco votos para descriminalizar o porte da droga para consumo próprio. Faltam os votos dos ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia. O debate, cujo início foi em 2015, foi retomado no ano passado e está na pauta da próxima sessão do plenário, na terça-feira (25).  Até agora, os ministros se dividiram em três correntes diferentes para tratar do assunto: descriminalizar, manter a prática como crime ou considerar a posse da droga para uso como um ato ilícito administrativo, mas não penal. Além disso, o tribunal deve fixar, em relação a uma ou mais substâncias, a quantidade considerada como de uso individual. (CNN e g1)

O Ministério da Saúde ampliou o público-alvo da vacinação contra a dengue para evitar a perda de vacinas próximas ao vencimento. As doses que vencem até 30 de junho e 31 de julho agora podem ser aplicadas preferencialmente em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos, ao invés de apenas 10 a 14 anos. A orientação é para que os Estados com municípios ainda não contemplados pela vacina remanejem as doses para essas áreas. Nas cidades que já receberam a vacina, a aplicação pode ser feita na faixa etária de 6 a 16 anos. Se essas medidas não forem suficientes para utilizar todas as doses próximas do vencimento, a vacinação pode ser estendida, a critério dos gestores municipais, a pessoas de 4 a 59 anos, conforme a bula do imunizante Qdenga. Para garantir a segunda dose, que deve ser aplicada com intervalo de 90 dias, estados e municípios devem oficializar suas estratégias pelos e-mails fornecidos pelo ministério. Essa estratégia é temporária e excepcional, válida apenas para vacinas com vencimento até 30 de junho e 31 de julho de 2024. (CNN Brasil e g1)