Meio

Governo federal tenta reagir a incêndios e Mato Grosso do Sul declara emergência. Em São Paulo, presidente Lula visita FHC, Chomsky e Raduan Nassar. Apple é a primeira empresa acusada de violar regras de concorrência digital na Europa. E Paul McCartney volta ao Brasil em outubro para dois shows da turnê "Got Back".

Neste primeiro semestre de 2024, o Pantanal, uma área alagadiça, registrou a maior quantidade de focos de incêndio da história, segundo o Inpe. São 3.262 focos entre 1º de janeiro e 23 de junho, número 22 vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2023, sendo que as queimadas no bioma são registradas desde 1988. Também ultrapassou os números do primeiro semestre de 2020, quando houve 2.534 focos, período que até então possuía o recorde de queimadas. A ministra Marina Silva veio a público dizer que a situação “é uma das piores já vistas”. Ontem, Marina ainda participou de uma reunião de emergência com os ministros Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional, e Simone Tebet, do Planejamento, para estudar uma ampliação nos recursos para combate aos incêndios no bioma.

Quais são as grandes pautas políticas desses últimos dias? Teve o PL do Aborto, evidentemente. Houve o presidente Lula reclamando do tamanho da renúncia fiscal à qual o governo se submete. E, claro, vamos jogar na colcha de retalhos o fim da greve das universidades federais. Vamos amarrar as três numa só?

Ao menos 80 cidades gaúchas voltaram a apresentar algum tipo de transtorno pelas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o último dia 14. Desde sábado, 24 municípios relataram algum dano por queda de granizo, temporais e alagamentos. Em Porto Alegre, três comportas do sistema de proteção tiveram de ser fechadas por prevenção. O nível do Guaíba chegou a 3,39 metros, de acordo com medição feita na Usina do Gasômetro, pelo Serviço Geológico do Brasil (SGV), acima da cota de alerta, de 3,15 metros. A Defesa Civil da capital emitiu alerta preventivo válido até esta quarta-feira por conta dos riscos de novos incidentes. Apesar de serem menos intensos do que as chuvas de maio, os novos temporais têm causado diferentes prejuízos pelo estado. (Folha)

O romance de Machado de Assis Dom Casmurro é o tema do primeiro encontro do Leitura com Bial, novo projeto online do jornalista, apresentador e escritor Pedro Bial, que vai debater grandes obras literárias sob diferentes aspectos, que vão do texto aos sentidos ocultos, passando pela biografia dos autores a novos olhares que os clássicos são capazes de oferecer. A aula inaugural, Quem és tu, Capitu, pretende ir além do interminável debate sobre se houve ou não traição da esposa de Bentinho, com um debate entre Bial e os convidados Sérgio Rodrigues, autor de livros como O Drible e A Vida Futura, e a jornalista e roteirista Camila Moraes. O encontro ocorre no próximo dia 30 de junho em live gratuita. Para se inscrever, clique aqui. (Meio)

O Google anunciou hoje que está trazendo o Gemini, seu modelo de inteligência artificial, para as contas escolares, após oferecer o serviço para adolescentes em contas pessoais. De acordo com a companhia, estudantes e professores terão acesso à ferramenta, que poderá ajudar os jovens a adquirir habilidades necessárias para um mundo habituado à IA generativa. O Google afirma que não usará os chats dos alunos para treinar ou melhorar seus modelos de IA e disse ter tomado medidas para garantir que a tecnologia chegue às escolas com responsabilidade, como filtros de proteção que impeça respostas inadequadas. O Gemini também vai recomendar que os jovens usem seu recurso de dupla verificação para auxiliar no desenvolvimento de alfabetização informacional e pensamento crítico. (TechCrunch)

Para ler com calma. Desde 1998, a Roman Shoe Repair of New York abre sua loja em Wall Street às 7h. Numa sexta-feira, porém, recebeu seu primeiro cliente só três horas depois. O tradicional negócio de engraxar sapatos enfrenta dificuldades devido à mudança de hábitos em relação às roupas de trabalho, uma vez que o conforto superou a formalidade. Essa tendência se acelerou depois da pandemia, com as pessoas trabalhando em casa de chinelo e moletom. Para se adaptar, algumas lojas de engraxate passaram a oferecer serviços de limpeza de tênis. O afastamento dos clientes passa também pela alta no custo do serviço. E alguns sapateiros dizem que o ofício está em risco de extinção à medida que menos jovens entram no ramo. (Bloomberg Línea)

Gravadoras americanas estão processando as startups de inteligência artificial Suno e Udio por violação de direitos autorais, ao explorar obras de seus artistas, que vão de Chuck Berry a Mariah Carey, sem a devida autorização. De acordo com a Recording Industry Association of America (RIAA), o processo envolve gigantes do setor, entre elas, Sony Music Entertainment, Universal Music Group e Warner Records. O CEO da RIAA, Mitch Glazier, disse em um comunicado que o uso do trabalho de um artista sem consentimento ou pagamento “prejudica a promessa de uma IA genuinamente inovadora para todos nós”. O CEO da Suno AI, Mikey Shulman, alega que a tecnologia utilizada é “projetada para gerar resultados completamente novos” não permitindo que os usuários façam referências diretas a um cantor. A Udio não se manifestou. (AP)

O Ibovespa engatou a quinta alta seguida ao encerrar a sessão desta segunda-feira com avanço de 1,07%, aos 122.636,96 pontos. Com isso, o mês de junho virou para positivo, com alta de 0,44%. O dólar também deu um alívio e recuou 0,92%, a R$ 5,39, mas ainda longe da mínima do ano, de R$ 4,85. Em Nova York, o resultado foi misto: Dow Jones subiu 0,67%, S&P 500 recuou 0,31% e Nasdaq caiu 1,09%. (InfoMoney)

Ao menos 15 policiais e cinco civis, incluindo um padre, foram mortos em ataques coordenados a duas igrejas ortodoxas e duas sinagogas na república russa do Daguestão, no norte do Cáucaso, na noite do último domingo, feriado na Igreja Ortodoxa Russa. Autoridades russas consideraram os ataques como “atos de terror”. Esse é o mais recente incidente envolvendo a república de maioria muçulmana após o massacre de 145 pessoas em uma casa de espetáculos nos arredores de Moscou, em março passado, que foi parcialmente perpetrado por cidadãos do Daguestão e reivindicado pelo grupo Estado Islâmico. Homens armados lançaram os ataques quase simultaneamente em Derbent, na costa do Mar Cáspio, e em Makhachkala, capital do Daguestão. (Moscow Times)