Meio

O Supremo Tribunal de Israel ordenou nesta terça-feira que o governo convoque judeus ultraortodoxos para o serviço militar, desferindo um duro golpe no primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, com potencial de desfazer a sua coalizão de governo. A Corte também ordenou que o governo retire o financiamento de escolas religiosas cujos alunos não respondam à convocação militar. “O governo queria distinguir, no nível da aplicação da lei, indivíduos com base na sua afiliação de grupo”, afirmou o tribunal. “Determinou-se que, ao fazê-lo, o governo prejudicou gravemente o Estado de direito e o princípio segundo o qual todos os indivíduos são iguais perante a lei.” Os judeus ultraortodoxos têm sido isentos do serviço militar obrigatório nacional desde a fundação de Israel, sendo considerados como fundamentais para a preservação do judaísmo. Pesquisas de opinião mostram, no entanto, que a maioria dos israelenses acredita que os homens ultraortodoxos deveriam servir às Forças Armadas. Os partidos religiosos sempre se opuseram firmemente aos esforços para acabar com a isenção. E a frágil coalizão de Netanyahu depende de dois desses partidos. (CNN)

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood convidou 487 artistas e executivos para ingressar na instituição responsável pela organização e votação do Oscar. Entre eles, estão oito brasileiros: a atriz Maeve Jinkings; os diretores Carlos Segundo, Juliana Rojas, José Joffily e Jorge Bodanzky; o músico Plínio Profeta; e as produtoras Renata de Almeida Magalhães e Tatiana Leite. Outras personalidades famosas de Hollywood também foram chamadas para a Academia, como Lily Gladstone, indicada ao Oscar de melhor atriz por Assassinos da Lua das Flores, e Justine Triet, vencedora do Oscar de melhor roteiro original por Anatomia de uma Queda. A lista abrange 57 países e conta com 44% de mulheres, 41% de minorias étnicas e raciais e 56% de profissionais fora de Hollywood. (Globo)

Diante da proposta do Brasil de criar um imposto sobre grandes fortunas, um estudo encomendado pelo G20 mostra que, se cada um dos 3 mil super-ricos do mundo fosse taxado em 2%, isso geraria uma renda extra aos cofres públicos de US$ 250 bilhões por ano, conta Jamil Chade. Esses ricaços detêm um total de US$ 14,2 trilhões, mas representam, na maioria dos países, apenas 0,0001% da população. No Brasil, cerca de 50 pessoas se encaixariam nesse grupo. Preparado pelo economista francês Gabriel Zucman, o documento concluiu que se houver um imposto para fortunas acima de US$ 100 milhões, a arrecadação anual poderia somar mais US$ 140 bilhões. No mundo, 65 mil adultos contam com patrimônio de mais de US$ 100 milhões e controlam US$ 16,9 trilhões. O G20 se reúne em julho para tentar fazer avançar a proposta e a ideia inicial é começar com imposto sobre 3 mil indivíduos com fortuna acima de US$ 1 bilhão. O G7 já indicou que está disposto a trabalhar com a ideia. (UOL)

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu na semana passada de forma unânime manter os juros em 10,50% ao ano, foi divulgada nesta terça-feira. Segundo ata do Copom (íntegra), a pausa no ciclo de queda dos juros se deve à avaliação de que a política monetária deve se manter contracionista “por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”. “O Comitê se manterá vigilante e relembra, como usual, que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta.” Apesar de citar fatores externos, o Comitê reiterou que não há relação mecânica entre a condução dos juros americanos e a determinação da taxa básica doméstica. Com relação à piora do cenário fiscal, o Copom diz que “monitora com atenção” e que “uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”. (Bloomberg Línea)

A sonda chinesa Chang’e-6 completou com sucesso uma missão histórica nesta terça-feira, ao ser o primeiro programa espacial a trazer para a Terra amostras da face oculta da Lua. Segundo a emissora estatal CCTV, o módulo pousou na região norte da Mongólia, no Norte da China, pouco depois das 14h do horário local. Espera-se que a Chang’e-6 tenha retornado com até 2kg de poeira e rochas lunares de uma região jamais vista da Terra, e que serão analisadas por pesquisadores chineses. Os resultados poderão ajudar a compreender a evolução da Lua, da Terra e do Sistema Solar. O êxito na missão é um passo fundamental para a China, que pretende se estabelecer como uma potência espacial enviando astronautas à Lua até 2030 e construindo uma base de investigação no Polo Sul lunar onde acredita-se ter água congelada. (CNN Brasil)

O Departamento de Comércio dos Estados Unidos tem pressionado fabricantes americanos de equipamentos de chips e seus fornecedores para eles pararem de vender para a Huawei Technologies, principal designer de chips da China, e para a empresa que fabrica para a Huawei. Com isso, a companhia baseada em Shenzhen está lutando para aumentar a produção do seu Ascend AI, principal alternativa do país ao A100 da Nvidia, que não está disponível para compradores chineses devido às restrições comerciais dos Estados Unidos. A decisão da administração Biden ameaça a capacidade da China de produzir alternativas aos chips de inteligência artificial da Nvidia. As restrições começaram depois que a empresa chocou funcionários do governo americano, no ano passado, ao produzir um modelo avançado diferente para smartphones, apesar das sanções destinadas a impedir esse desenvolvimento. Os Estados Unidos proibiram a Nvidia de vender o A100 em solo chinês com a justificativa de que isso acabaria fortalecendo os militares daquele país, o que fez empresas chinesas passarem a comprar equipamentos Nvidia menos desenvolvidos, ou usarem uma brecha para obter acesso aos chips nos Estados Unidos. (The Information)

O economista Gabriel Galípolo continua sendo o preferido do presidente Lula para substituir Roberto Campos Neto no comando do Banco Central (BC). Na manhã desta terça-feira, o diretor de Política Monetária do BC participou de uma live na qual mostrou um lado descontraído, além de comentar a decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) pela manutenção da taxa básica de juros em 10,5%, na semana passada. “Você já é presidente lá na Austrália?”, perguntou o também economista Felipe Salto, dando como certa a indicação de Galípolo à presidência do BC. “O presidente é o Roberto. Eu estou feliz aqui, tenho aprendido muito, tem sido bastante divertido, uma experiência única, não posso me queixar”, esquivou-se, na live da Warren Investimento.

A Meta, dona do Facebook e Instagram, mudou seus termos de serviço e avisou que os posts que seus usuários postam nas redes sociais serão usados para treinar a sua plataforma de inteligência artificial. Essa medida cria uma série de questões sobre privacidade. Pedro Doria e Cora Rónai analisam o caso nesse episódio imperdível de Pedro+Cora. Vem!

Na noite de quinta-feira, milhões de pessoas no mundo inteiro irão assistir ao primeiro debate entre o democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump. Apenas nos Estados Unidos, 73 milhões de espectadores viram os dois frente a frente antes do primeiro turno de 2020. Com 10% de eleitores ainda indecisos em uma eleição que, segundo pesquisas e analistas, será decidida por um ou dois pontos percentuais, há enorme expectativa pelo desempenho do presidente e de seu antecessor. Alguns debates entraram para a história do país por terem sido decisivos. O primeiro transmitido nacionalmente foi entre John F. Kennedy e Richard Nixon, em 1960 - um encontro significativo por consolidar a ideia de que a aparência é fundamental nas campanhas, e o maquiado Kennedy entendeu isso melhor. Nas eleições de 2000, decididas pela Suprema Corte, Al Gore parecia ter vencido os confrontos com George W. Bush, que tropeçava nas palavras e era corrigido pelo então vice-presidente. Mas Bush sorria diante de um adversário que revirava os olhos e suspirava alto, passando a liderar as pesquisas na reta final. (Time)

Para economizar com auxílios pagos indevidamente, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) prevê realizar até 800 mil perícias presenciais até dezembro. Os cortes serão feitos entre as pessoas que recebem o Benefício por Incapacidade Temporária, antigo auxílio-doença, e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), destinado a idosos e pessoas de baixa renda ou com deficiência. O INSS quer atender exigências do Tribunal de Contas da União (TCU), que vem cobrando do governo a realização de revisões periódicas, bem como contribuir para a agenda de redução de gastos. A pressão sobre o governo Lula para corte de gastos públicos e o debate a respeito da sustentabilidade de despesas com benefícios previdenciários e assistenciais ganharam força nas últimas semanas após os sinais de esgotamento das medidas de arrecadação. (Estadão)