Lira prevê votação da reforma tributária na primeira quinzena de julho

O presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que a reforma tributária deve ser votada na primeira quinzena de julho

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse hoje que a reforma tributária deve ser votada em julho. Lira está em Portugal como convidado do 12º Fórum de Lisboa, organizado pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. “Recebi ontem um relatório do grupo de trabalho e já tinham quase 140 horas cronometradas de audiências, mesas bilaterais, conversas com todas as entidades, quase 30 audiências públicas, mais de 400 entidades recebidas pela comissão. Então o trabalho está acontecendo diuturnamente”, disse o deputado. “Na segunda semana de julho, entre 10, 11 e 12, nós estaremos votando a Lei Complementar, se todos os deputados estiverem convencidos de que ela está madura para isso.” Lira falou também sobre a economia do país, que ganhou os holofotes após entrevistas do presidente Lula e a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros em 10,5% ao ano. “É uma economia forte, a macroeconomia vai bem. Nós precisamos de alguns posicionamentos que indiquem que o Brasil vai cumprir o arcabouço fiscal, vai cumprir suas metas, vai discutir alguns cortes de gastos, vai discutir segurança jurídica e previsibilidade para que os reais investidores do Brasil, internacionais, que abastecem os fundos privados, possam ter condição de saber que vão investir e vão ter retorno.” (Correio Braziliense)

Inflação medida pelo IPCA-15 desacelera a 0,39% em junho, diz IBGE

A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) desacelerou a 0,39% em junho, segundo o IBGE, após marcar 0,44% em maio. O resultado, divulgado hoje, é inferior ao que esperava o mercado financeiro, que projetava o mesmo aumento do mês anterior. O índice abaixo do projetado surpreende em um mês de alta em sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. A maior aceleração foi na alimentação e bebidas, puxada por condições climáticas que provocaram a tragédia no Rio Grande do Sul e reduziram a produção do campo nesta e em outras regiões. Apenas neste ramo, o percentual saltou de 0,26% para 0,98%, causando o principal impacto no IPCA-15. Batata inglesa (24,18%), leite longa vida (8,84%), tomate (6,32%) e arroz (4,20%) também registraram alta. Do lado das quedas, destacam-se o feijão carioca (-4,69%), a cebola (-2,52%) e as frutas (-2,28%). Em 12 meses, o valor acumulado do IPCA-15 é de 4,06%, de acordo com o IBGE. (Folha)

Saiba como ajudar para a reconstrução do Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul está em processo de reconstrução após enfrentar a maior catástrofe ambiental de sua história devido às fortes chuvas que causaram estragos e inundaram centenas de cidades. Conforme a Defesa Civil do Estado, foram 478 municípios afetados, mais de 388 mil pessoas desalojadas e mais de 2 milhões de habitantes impactados. Até esta quarta-feira (26/06), seguem contabilizadas 178 mortes e 34 pessoas desaparecidas.

Críticas ao mercado, bênção a Haddad e aceno a Tarcísio: os destaques da entrevista de Lula

O presidente Lula deu entrevista ao UOL sobre assuntos como gastos do governo, relação com o Congresso e sucessão no BC

O presidente Lula falou durante uma hora e dez minutos com jornalistas do UOL, em Brasília, sobre assuntos como a taxa básica de juros, os gastos do governo, sua confiança no ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sua relação com Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo e possível adversário nas eleições presidenciais de 2026. Disse que escolherá um presidente do Banco Central para o Brasil, não para o mercado financeiro. Prometeu afastar Juscelino Filho do ministério das Comunicações se a denúncia de corrupção que pesa sobre ele levá-lo a ser indiciado na Justiça. Defendeu as alianças de seu governo no Congresso e cobrou pedido de desculpas de Javier Milei, presidente da Argentina, pelas “bobagens” que disse. Lula questionou a necessidade de cortar gastos, o que fez o dólar comercial subir para R$ 5,52 imediatamente, com alta de 1,13%, maior cotação desde janeiro de 2022. Leia a seguir trechos da entrevista.

Maestro João Carlos Martins: música e matemática, espiritismo e biografia

No Conversas com o Meio desta semana, o maestro João Carlos Martins fala com os jornalistas Guilherme Werneck e Myrian Clark sobre sua biografia, escrita pelo jornalista Jamil Chade e lançada pela editora Record. No papo, o concerto de lançamento do livro na Sala São Paulo com a Filarmônica Bachiana Sesi, as 29 cirurgias para tentar recuperar o movimento das mãos, a doença cerebral que o acometeu, a ligação com a música de Bach, os erros na política, a família espírita e o telefonema do ex-professor de música que o salvou no momento em que ele se preparava para cometer suicídio, aos 29 anos.

A religião como arma política e a radicalização de um dos polos

A religião parece brotar do chão cada vez que se analisa política no Brasil hoje. Seja na cobertura sobre eleições ou no que tem acontecido no Congresso Nacional, não conseguimos ficar um dia sem falar sobre como estão as intenções de voto no segmento evangélico ou sobre o posicionamento do deputado a, b ou c que destacou suas referências religiosas para justificar seu voto ou sua nova proposta de lei. Mas o que aconteceu? Por que vemos mais religião na política? Sempre esteve ali e nós é que não estávamos prestando atenção ou falando sobre o assunto? Por que não é mais possível falar sobre eleições e política no Brasil e não ter algum pontinho de religião ali querendo aparecer?

‘Gilmarpalooza’ terá 160 autoridades brasileiras de governos, Justiça e Congresso

Gilmar Mendes é o anfitrião do "Gilmarpalooza", que levará 160 autoridades brasileiras para evento além-mar

Apelidado de "Gilmarpalooza" por ter como anfitrião o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal – e tantos convidados que até parece um festival de música, como o Lollapalooza –, o 12º Fórum de Lisboa, entre hoje e sexta-feira, levará à Portugal pelo menos 160 autoridades da Justiça, de governos estaduais, dos ministérios do presidente Lula e de outros órgãos. Cinco ministros do STF e cinco do governo federal participarão da conferência, que também terá 12 ministros do STJ, dois do TCU, um do TSE, cinco senadores e seis deputados federais, entre eles Arthur Lira (PP-AL). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e os governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Ronaldo Caiado (Goiás) confirmaram presença. Em 2023, o gasto público com diárias e passagens relacionadas ao evento ultrapassou R$ 1 milhão. Nem todos terão despesas pagas com dinheiro público, mas dados de portais da transparência apontam gastos já realizados de R$ 450 mil para levar 30 dessas autoridades à capital portuguesa, e ainda há pagamentos a computar após a viagem. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, terá despesas bancadas pela organização do encontro. O STF, o STJ e o CNJ afirmaram que também não desembolsaram recursos. (Folha)

De volta aos bons e velhos anos 60

STF decide que usuário de maconha não é mais criminoso

O STF formou maioria para descriminalizar o porte de maconha, e o julgamento continua hoje com a definição da quantidade máxima para diferenciar usuários e traficantes. Os irmãos Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS, negociam novo acordo de leniência com a CGU. Oito brasileiros são convidados para integrar Academia do Oscar. E a China perde fôlego na corrida de chips após proibições dos Estados Unidos.

STF descriminaliza porte de maconha para consumo; Congresso deve reagir

O Supremo Tribunal Federal deu fim, ontem, a um julgamento que já durava nove anos.O placar ficou em 6 x 2 x 3. Gilmar Mendes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Cármen Lúcia votaram a favor da descriminalização. Dias Toffoli e Luiz Fux votaram no sentido de que a lei atual já não criminalizaria o usuário, de forma que a punição prevista nela não seria de natureza penal e deveria ser mantida. Já os ministros Cristiano Zanin, Nunes Marques e André Mendonça votaram para que o consumo continue a ser criminalizado.