Focus: mercado prevê mais crescimento e inflação para 2024

O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central toda segunda-feira, continua projetando uma inflação maior para o Brasil este ano (leia aqui). Na semana passada, o mercado esperava 4% de inflação, hoje já são 4,02%. Para 2025, houve pequena alta na previsão também, de 3,87% para 3,88%. A atividade econômica, porém, deve ficar levemente mais forte, com crescimento projetado de 2,10% este ano, vindo de 2,09% na semana passada. Mas a estimativa para o crescimento no ano que vem foi de 1,98% para 1,97%. Já a taxa Selic, taxa básica de juros da economia, não deve ser reduzida segundo os agentes financeiros, permanecendo em 10,50% ao ano em 2024. Para o ano que vem, ficaria em 9,50%. O câmbio (dólar) permaneceu com previsão de R$ 5,20 para 2024 e alcançou o mesmo patamar para 2025. O Focus é uma das variáveis observadas pelo Banco Central para a tomada de decisão sobre a política monetária. (Meio)

Macron recusa renúncia do primeiro-ministro

Macron não aceitou renúncia do primeiro-ministro, Gabriel Attal (foto), após vitória da frente de esquerda

Diante da incerteza deixada pelas eleições legislativas de domingo, o presidente francês Emmanuel Macron rejeitou, na manhã desta segunda-feira, a renúncia do primeiro-ministro Gabriel Attal e pediu que ele permaneça temporariamente no cargo para “manter a estabilidade do país”. Embora a coalizão de esquerda Nova Frente Popular tenha vencido as eleições, seguida pelo partido centrista de Macron e pela Reunião Nacional, de extrema direita, nenhum dos grupos chegou perto da maioria necessária para formar um governo, o que pode mergulhar o país em um impasse. O líder da NFP, Jean-Luc Mélenchon, diz que seu grupo está pronto para assumir o governo, mas precisa do apoio dos centristas, que discordam da maior parte de seu programa – aumento de gastos públicos, endurecimento na relação com Israel etc. (AP)

Oposição quer votar PEC das Drogas antes das eleições

A comissão especial que irá analisar a chamada PEC das Drogas está sendo instalada na Câmara dos Deputados por determinação do presidente da casa, Arthur Lira (PP-AL). A iniciativa é mais um capítulo da briga entre a Câmara e o Supremo Tribunal Federal, que descriminalizou o porte de maconha para uso pessoal. Na direção oposta, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) prevê criminalizar o uso de qualquer droga. Ela terá 68 parlamentares - 34 titulares e 34 suplentes. Ainda não se sabe quem será o presidente e nem os integrantes, mas as indicações dos partidos serão proporcionais à representação na casa. Ao final de 40 sessões, a PEC será analisada e votada, mas os deputados só podem propor emendas até a décima sessão. Embora a oposição queira acelerar os trâmites e instalar o grupo antes do recesso - para a tramitação chegar ao plenário até as eleições -, parlamentares ouvidos pelo UOL afirmam que a proposta está perdendo força entre os deputados. Segundo o diretor da Plataforma Justa, Cristiano Maronna, parlamentares estarão envolvidos nos próximos meses em agendas municipais em suas bases eleitorais, o que pode atrasar a tramitação. (UOL)

Senado e CNJ votam amanhã regulamentação de uso de IA na Justiça

Está prevista para amanhã (09) a votação no Senado de um projeto de lei da Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial no Brasil, que regulamenta o uso de IA na Justiça. O projeto recomenda cautela e até veda o uso da ferramenta em alguns casos, como no caso de flagrantes ou de análise de antecedente criminal. Ficaria proibido o uso do ChatGPT na fundamentação de decisões ou elaboração de processos. O próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é autor de um dos dez projetos analisado pela Comissão. Segundo pesquisa de 2022 da Fundação Getúlio Vargas, quase metade dos tribunais de Justiça do país já utilizavam algum nível de Inteligência Artificial (leia o estudo). No STF, inclusive, já está em estudo uma ferramenta que resuma os processos da Suprema Corte. (UOL)

Foi por pouco

França diz não à extrema direita

Após vencer o primeiro turno das eleições legislativas, partido de Marine Le Pen acaba em terceiro. Frente de esquerda vai indicar novo primeiro-ministro, mas, sem maioria, precisará dos centristas de Macron. No Brasil Milei evita falar de Lula e diz que Bolsonaro sofre “perseguição do Judiciário”. Ranking aponta cidadezinha no interior de São Paulo como melhor lugar para se viver no país. Mussum, o Filmis, e O Sequestro do Voo 375 dominam as indicações ao Prêmio Grande Otelo. E, sob ameaça de processo, Apple aceita loja de aplicativos da Epic Games na União Europeia.

Em virada surpreendente, extrema direita é derrotada na França

Os franceses disseram não à extrema direita. Em um resultado surpreendente, o bloco de esquerda Nova Frente Popular obteve a vitória no segundo turno das eleições legislativas, superando o grupo do presidente Emmanuel Macron e a Reunião Nacional, de Marine Le Pen.

No Brasil, Milei afirma que Bolsonaro é vítima de perseguição judicial

Sem citar nominalmente Lula, o presidente da Argentina, Javier Milei, discursou no encerramento do CPAC, evento conservador que acontece em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Para o chefe do executivo argentino, a América Latina teria tido "governos socialistas" nos últimos 20 anos, que, na avaliação dele, só buscam "o poder pelo poder". Se Milei não falou do presidente brasileiro, o público recepcionou o argentino aos gritos de "viva la libertad, carajo", um dos slogans do mandatário, e "Lula ladrão, seu lugar é na prisão". Ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello e do deputado federal Eduardo Bolsonaro, os três do PL, o presidente da Argentina disse que Bolsonaro sofreria uma perseguição da Justiça e que haveria uma ameaça à liberdade de expressão no Brasil. (Estadão)

Rosiska Darcy: Etarismo, feminismo e a construção da democracia

O cientista político Christian Lynch entrevista a ocupante da cadeira de número 10 da Academia Brasileira de Letras, Rosiska Darcy. A jornalista, escritora e acadêmica publicou diversas obras e ensaios que tratam de temas como etarismo, feminismo, educação e comportamento.

Lula e Tarcísio têm 34% de aprovação por paulistanos, diz Datafolha

Na cidade de São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), têm o mesmo percentual de aprovação, segundo última pesquisa do Datafolha. 34% dos moradores da capital paulista avaliam o trabalho de Lula e Tarcísio como ótimo ou bom. A diferença reside na rejeição: enquanto 35% entendem que o governador faz um trabalho regular e 31% tem o mesmo entendimento sobre o presidente, 27% avaliam Tarcísio como ruim, contra 34% de Lula, uma estabilidade com relação à última pesquisa do instituto. A margem de erro é de três pontos percentuais. Há algum tempo, Tarcísio é cotado como um dos possíveis candidatos a fazer frente a um eventual quarto mandato de Lula, e a relação dos dois ficou estremecida na semana passada, quando o petista criticou o opositor por não comparecer a um anúncio de expansão da linha 5 - lilás - do metrô de São Paulo. (Folha)