Meio

Um tribunal de Moscou ordenou nesta terça-feira a prisão à revelia de Yulia Navalnaya, viúva do mais destacado líder da oposição Alexey Navalny, morto em fevereiro passado. Segundo a porta-voz de Yulia, o Tribunal Distrital de Basmanny, em Moscou, acusou-a de “participação em organização extremista”. Ela, que não vive mais na Rússia, também foi incluída em uma lista internacional de procurados, segundo a agência de notícias estatal russa RIA Novosti. O tempo de detenção será calculado a partir do momento de uma possível extradição para o território russo ou a partir de sua prisão no país. Alexey Navalny morreu em 16 de fevereiro em uma prisão na Sibéria, onde cumpria uma pena de 19 anos por criar um grupo extremista, financiar ativistas e outros crimes. Ele já cumpria 11 anos e meio de prisão por fraude e outras acusações, que sempre negou e alegou terem motivação política. Yulia responsabilizou o presidente Vladimir Putin pela morte de seu marido. (CNN)

Um levantamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em parceria com o Movimento Profissão Docente mostra que 63% das cidades brasileiras estão há mais de cinco anos sem abrir concurso público para contratar professores na rede municipal. Em alguns municípios de Minas Gerais, Paraná e interior da Bahia, as prefeituras estão há mais de 20 anos sem realizar a seleção de novos docentes. A baixa frequência de concursos faz com que o país tenha mais profissionais temporários do que efetivos em escolas públicas. Para os pesquisadores, o elevado número de contratos temporários faz com que os professores trabalhem em condições precárias, impactando negativamente o aprendizado dos estudantes. As más condições de trabalho também fazem com que o ensino público perca bons professores para a rede privada. (Folha)

Jair Bolsonaro e seu partido, o PL, pretendem montar uma tropa de choque familiar no Senado, conta Monica Bergamo. Embora o partido tenha pesquisas mostrando um bom potencial da ex-primeira-dama Michelle numa disputa presidencial, o marido quer que ela concorra ao Senado pelo Distrito Federal. Além da candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no Rio, o clã pretende lançar o hoje deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao Senado por São Paulo. Há ainda a possibilidade de o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) também concorrer a senador, não a deputado, como previsto. Para não disputar votos com o irmão mais velho, o Zero Dois transferiria seu domicílio eleitoral para algum estado com forte presença bolsonarista, como Santa Catarina ou Mato Grosso. (Folha)

A Russell Reynolds, consultoria contratada pela Vale para o processo de seleção do nome do próximo presidente da mineradora, entregou ao conselho de administração uma lista com 15 possíveis sucessores de Eduardo Bartolomeo. Entre eles estão CEOs de grandes empresas, como Francisco Gomes Neto (Embraer), Gustavo Werneck (Gerdau), Carlos Piani (Equatorial), Cristiano Teixeira (Klabin), Maurício Bhar (Engie) e Antonio Maciel Neto (Caoa), conta Lauro Jardim. A seleção também inclui o ex-ministro e ex-presidente da Petrobras Pedro Parente, o presidente da Volks nos Estados Unidos, Pablo Di Si, e os executivos do setor de mineração Ruben Marcos Fernandes (Anglo American) e Marcelo Bastos (BHP). Desde o ano passado, o conselho está dividido, dificultando prever quem deve ser o escolhido. Além disso, a lista ainda pode ser alterada e há chances de a empresa optar por uma solução interna, o que pode levar ao nome do vice-presidente Gustavo Pimenta. Uma lista tríplice deve ser definida pelo conselho no fim de setembro e a decisão deve ser anunciada no mês seguinte. (Globo)

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu jogar mais alinhado ao Palácio do Planalto e não pretende pautar para a votação em plenário a proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia a autonomia do Banco Central, dando à instituição independência orçamentária e financeira. Hoje, em entrevista coletiva, Pacheco disse que ainda faltam elementos para se concluir se a autonomia já dada à instituição por meio de outra emenda, aprovada no ano passado, “rendeu bons frutos” para o país e se foi vista como positiva pela sociedade.

O presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou nesta terça-feira (9) um projeto para renegociar as dívidas dos estados com o Governo Federal, que já passam de R$ 700 bilhões. O valor das dívidas é acrescido da inflação oficial do país +4% ou + a Taxa Selic, a taxa básica de juros da economia, sendo escolhido o que for menor. Quatro estados lideram entre os mais devedores, são eles: Goiás, Minas Gerais (estado de Pacheco), Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Pacheco propõe, então, parcelar os valores em 30 anos, congelar o valor atual, abater o valor dos juros por meio de negociações com o Governo Federal, a partir da Federalização de ativos, por exemplo, além de criar um Fundo para atender os estados. O texto começará tramitando no Senado, antes de ir para Câmara e Sanção Presidencial, no caso de aprovação. (g1)

O presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos), Jerome Powell, esteve nesta terça-feira no Senado do país - o que é rotineiro - para falar sobre a política monetária. Em discurso lido (leia na íntegra), Powell adotou um tom neutro, isto é, nem muito duro, nem muito frouxo, com relação aos juros do país, hoje em patamares históricos de 5,25% e 5,50% (nos EUA, os juros são um intervalo entre dois pontos, e não um número fixo, como no Brasil). Ele citou uma expansão sólida da economia norte-americana, mas com um crescimento moderado do PIB no primeiro semestre de 2024. O presidente do Fed ressaltou a diminuição da inflação, mas que o indicador permanece acima da meta de 2%, e que o mercado de trabalho está voltando aos níveis pré-pandemia. Jerome Powell reafirmou que a política monetária restritiva vem ajudando a equilibrar a demanda, descartando, no entanto, definir uma data prévia para início do ciclo de cortes de juros. Hoje, agentes de mercado apostam majoritariamente em corte em setembro, segundo a ferramenta Fed Watch, do CME Group.

No Pedro+Cora desta terça-feira (8), Pedro Doria e Cora Rónai mostram o novo aparelho portátil Boox Palma. Um e-reader, do mesmo tamanho de um celular, que é perfeito para aqueles que adoram ler. O Boox Palma virou uma febre no Vale do Silício e está chegando aqui no Brasil, sendo apontado como concorrente do Kindle. Venha conferir!

A Promotoria de Paris revelou estar investigando suspeitas de financiamento ilegal da campanha de Marine Le Pen para a corrida presidencial de 2022, não dizendo respeito, portanto, à corrida pelo Parlamento que finalizou no último domingo (7). A Justiça francesa apura suposto peculato, falsificação, fraude e até um episódio de empréstimo de outra candidata, o que é vedado pela lei. O partido Reunião Nacional e a líder de extrema-direita negam qualquer irregularidade. A investigação foi aberta oficialmente em 2 de julho e segue um relatório do ano passado de um órgão do Ministério Público que investiga as despesas e financiamento eleitoral dos candidatos. (CNN)

Josh Liss, ex-funcionário do Google, e o documentarista Rob Bralver, lançaram neste terça (9) a DreamFlare IA, startup que funcionará como um estúdio, onde os criadores de conteúdo trabalharão com contadores de histórias profissionais para criar vídeos usando ferramentas de IA de terceiros. Os vídeos produzidos serão disponibilizados em um serviço de assinatura, no qual os lucros serão repartidos entre a empresa e os criadores. Além das assinaturas, a DreamFlare terá anúncios de publicidade e o público poderá enviar apoio financeiro aos responsáveis pelas produções. Segundo os criadores, haverá rigorosa revisão para evitar que a IA desrespeite os direitos autorais. Haverá dois tipos de conteúdo: as animações convencionais feitas pela Inteligência Artificial e o conteúdo interativo, no qual o público vai escolhendo o destino dos personagens para criar múltiplas possibilidades. (TecCrunch)